WiMax e IPTV continuam a ser promessas
| VALOR ECONÔMICO - ESPECIAL - SÃO PAULO - 24/06/09 - Pg. F7 |
No novo cenário das telecomunicações, a massificação de novas
tecnologias de banda larga sem fio com o WiMax (Worldwide Interoperability for
Microwave Access) e a oferta de TV por assinatura via IPTV (TV por protocolo IP)
ficaram apenas como promessas.
A liberação de licenças para a operação do WiMax na frequência de 2,5 GHz, hoje ocupada por empresas de MMDS (Serviço de Distribuição Multiponto Multicanal, que oferecem TV por microondas), continua em análise na Anatel. A outra faixa de frequência, a de 3,5 GHz, teve leilão suspenso em dezembro de 2006 pelo TCU e nunca foi retomado pela agência. A faixa é ambicionada tanto por empresas de telefonia fixa como pelas de telefonia móvel. Estas últimas não teriam tanta pressa: no final de 2007 fizeram grandes investimentos em frequências para o lançamento dos serviços 3G, destinado principalmente à banda larga móvel. Há controvérsias também se parte da frequência de 3,5 GHz deve ser destinada à chamada quarta geração da telefonia celular (4G) com tecnologia LTE (Long Term Evolution) e não para o WiMax.
As empresas de MMDS que hoje estão alocadas em parte da faixa de 2,5 GHz não têm equipamentos homologados para oferecer o serviço e reivindicam liberdade para oferecer banda larga com mobilidade restrita (serviço fixo, mas o usuário poderia movimentar a antena dentro da área cobertura), mais barata que a móvel.
Enquanto isso a tecnologia WiMax amadureceu mundialmente, com diversos fornecedores, e conta com operações pontuais no país, principalmente para o mercado corporativo. O Brasil está perdendo a chance de resolver o problema de falta de banda larga e deixou de receber grandes investimentos para a disseminação do acesso por meio do WiMax. , aponta José Geraldo Alves de Almeida, gerente de desenvolvimento de novos negócios da Motorola.
O serviço não se massificou, mas tem evoluído entre as concessionárias que contam com licenças. O principal foco é a complementação da oferta de banda larga, principalmente para o mercado corporativo. A Telefônica testou a tecnologia, Oi (por meio da Brasil Telecom) e Embratel têm operações comerciais e há outras operadoras, como a Neovia, com ofertas específicas para o mercado corporativo.
A Telefônica deu início em 2009 à segunda expansão de sua rede de fibra óptica e tem planos de usar o WiMax para complementar a oferta onde a rede não chega. Em 2006 a empresa iniciou uma operação piloto de banda larga com fibra óptica na região dos Jardins, em São Paulo que no fim de 2007 chegou a 370 mil domicílios. Neste ano nossa meta é migrar alguns clientes ADSL para a nova tecnologia , informa Marcio Fabbris, diretor de produtos do segmento residencial.
Segundo Fernando Freitas, diretor de relações institucionais da operadora, a Telefônica mantém os planos de explorar a tecnologia WiMax para complementar portfólio de tecnologias e levar banda larga a um maior número de domicílios. Com restrições regulatórias ou não, o apetite pela banda larga é grande. Onde o ADSL é restrito e a fibra não chegou, o WiMax seria a melhor solução , diz. A Telefônica acompanha com interesse a discussão sobre a destinação da frequência de 2,5 GHz devido à sua participação na TVA que ocupa a faixa de MMDS.
A GVT via o WiMax como grande promessa de acesso a altas velocidades de banda larga, testou equipamentos com velocidades de 100 Mbps, mas decidiu investir em ADSL e VDSL que entregam velocidades mais altas, sem compartilhar banda. Na competição entre as duas tecnologias, o WiMax não foi uma opção viável para a GVT , explica Celso Valério, gerente de tecnologia e produto. A empresa oferece banda larga a 79 cidades de sua área de cobertura.
A Embratel afirma ser a primeira operadora brasileira a oferecer o WiMax em grande escala, usando solução para oferta de voz e banda larga para a pequena e média empresa. Lançou um pacote para esse mercado em 2008 para 13 cidades e hoje alcança 144 municípios. Primeiro lançamos voz e banda larga integradas e neste ano, a pedido dos clientes, temos oferta de apenas banda larga , informa o diretor executivo da Embratel, Maurício Vergani. Hoje a empresa também oferece acesso à rede de dados via WiMax para clientes corporativos.
A liberação de licenças para a operação do WiMax na frequência de 2,5 GHz, hoje ocupada por empresas de MMDS (Serviço de Distribuição Multiponto Multicanal, que oferecem TV por microondas), continua em análise na Anatel. A outra faixa de frequência, a de 3,5 GHz, teve leilão suspenso em dezembro de 2006 pelo TCU e nunca foi retomado pela agência. A faixa é ambicionada tanto por empresas de telefonia fixa como pelas de telefonia móvel. Estas últimas não teriam tanta pressa: no final de 2007 fizeram grandes investimentos em frequências para o lançamento dos serviços 3G, destinado principalmente à banda larga móvel. Há controvérsias também se parte da frequência de 3,5 GHz deve ser destinada à chamada quarta geração da telefonia celular (4G) com tecnologia LTE (Long Term Evolution) e não para o WiMax.
As empresas de MMDS que hoje estão alocadas em parte da faixa de 2,5 GHz não têm equipamentos homologados para oferecer o serviço e reivindicam liberdade para oferecer banda larga com mobilidade restrita (serviço fixo, mas o usuário poderia movimentar a antena dentro da área cobertura), mais barata que a móvel.
Enquanto isso a tecnologia WiMax amadureceu mundialmente, com diversos fornecedores, e conta com operações pontuais no país, principalmente para o mercado corporativo. O Brasil está perdendo a chance de resolver o problema de falta de banda larga e deixou de receber grandes investimentos para a disseminação do acesso por meio do WiMax. , aponta José Geraldo Alves de Almeida, gerente de desenvolvimento de novos negócios da Motorola.
O serviço não se massificou, mas tem evoluído entre as concessionárias que contam com licenças. O principal foco é a complementação da oferta de banda larga, principalmente para o mercado corporativo. A Telefônica testou a tecnologia, Oi (por meio da Brasil Telecom) e Embratel têm operações comerciais e há outras operadoras, como a Neovia, com ofertas específicas para o mercado corporativo.
A Telefônica deu início em 2009 à segunda expansão de sua rede de fibra óptica e tem planos de usar o WiMax para complementar a oferta onde a rede não chega. Em 2006 a empresa iniciou uma operação piloto de banda larga com fibra óptica na região dos Jardins, em São Paulo que no fim de 2007 chegou a 370 mil domicílios. Neste ano nossa meta é migrar alguns clientes ADSL para a nova tecnologia , informa Marcio Fabbris, diretor de produtos do segmento residencial.
Segundo Fernando Freitas, diretor de relações institucionais da operadora, a Telefônica mantém os planos de explorar a tecnologia WiMax para complementar portfólio de tecnologias e levar banda larga a um maior número de domicílios. Com restrições regulatórias ou não, o apetite pela banda larga é grande. Onde o ADSL é restrito e a fibra não chegou, o WiMax seria a melhor solução , diz. A Telefônica acompanha com interesse a discussão sobre a destinação da frequência de 2,5 GHz devido à sua participação na TVA que ocupa a faixa de MMDS.
A GVT via o WiMax como grande promessa de acesso a altas velocidades de banda larga, testou equipamentos com velocidades de 100 Mbps, mas decidiu investir em ADSL e VDSL que entregam velocidades mais altas, sem compartilhar banda. Na competição entre as duas tecnologias, o WiMax não foi uma opção viável para a GVT , explica Celso Valério, gerente de tecnologia e produto. A empresa oferece banda larga a 79 cidades de sua área de cobertura.
A Embratel afirma ser a primeira operadora brasileira a oferecer o WiMax em grande escala, usando solução para oferta de voz e banda larga para a pequena e média empresa. Lançou um pacote para esse mercado em 2008 para 13 cidades e hoje alcança 144 municípios. Primeiro lançamos voz e banda larga integradas e neste ano, a pedido dos clientes, temos oferta de apenas banda larga , informa o diretor executivo da Embratel, Maurício Vergani. Hoje a empresa também oferece acesso à rede de dados via WiMax para clientes corporativos.
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