Cobrança deve ser mais inteligente
VALOR ECONÔMICO - ESPECIAL TELECOMUNICAÇÕES - SÃO PAULO - 24/06/09 - Pg. F6 |
para o Valor, de São Paulo
Mercado convergente e redes de dados em expansão são ingredientes que trazem desafios para os fabricantes de sistemas de bilhetagem (ou billing como são conhecidos no setor de telecomunicações). Estes softwares são responsáveis por tarifar todos os serviços utilizados pelo consumidor e resumi-los em uma conta. O processo é complexo, acompanha cada chamada realizada na comunicação de voz e todos os recursos disponíveis no tráfego de dados. Entramos em uma nova fase. As operadoras precisam ampliar a receita oferecendo mais opções aos clientes. Cobrar da forma correta é fundamental para garantir as estratégias de negócios, sentencia Thais Marca, gerente-geral de operações da Convergys para a América Latina, empresa que entre os clientes tem a Telefônica e a Vivo.
Elia San Miguel, analista de telecomunicações do Gartner Group, afirma que as operadoras terão de ser mais eficientes nas ofertas combinadas. Por isso buscam a consolidação dos sistemas de billing, que vão acompanhar a aglutinação de empresas. Com portfólio complexo, vão integrar voz, dados e vídeo. A estimativa é que até 2013 a receita com dados e conexão à internet chegue perto da receita dos serviços de voz na América Latina. O trabalho será intenso para adaptar operadoras aos desejos de seus clientes, comenta.
Entre as demandas, Thais enxerga a necessidade de os sistemas responderem de forma rápida ao avanço das promoções e à diversidade de pacotes. O modelo de billing no Brasil ainda está focado na rede, em seu uso e seus recursos. As operadoras têm transferido o foco para os clientes, trazendo complexidade aos negócios. Ela explica que, com a oferta de serviços convergentes, as operadoras precisam enviar em uma mesma fatura os valores relativos ao telefone, banda larga, serviços de TV a cabo e conteúdo. Se mal feito, o billing pode causar sérios problemas. Vale lembrar que o número de reclamações sobre contas indevidas é um dos indicadores de qualidade utilizados pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e as operadoras perseguem baixíssimas taxas de erro.
Na nova geração de sistemas, Thais destaca a possibilidade de ofertas inovadoras, cobrando somente o que o consumidor utilizar. É possível, por exemplo, vender um pacote convergente de R$ 200,00 e deixar que o usuário compartilhe dele em soluções de voz (fixa e móvel), acesso a banda larga, TV por assinatura e compra de conteúdo. O sistema desconta deste montante o valor referente a cada serviço utilizado. É comum termos um pacote fechado para cada serviço. Mas quanto usufruímos do tempo de TV a cabo que compramos? Atualmente, usando ou não, o cliente paga, avalia.
As demandas do mercado corporativo já começam a pressionar as operadoras a migrarem seus sistemas para versões mais modernas. Esta é a opinião de Sandra Arruda Fortes, analista de negócios do CPqD, que desenvolve soluções de billing no Brasil para empresas como Oi e CTBC Telecom. Nesse segmento, as necessidades dos clientes têm de ser entendidas pelas operadoras, o que dificulta a inclusão deles em pacotes pré-determinados. Para conquistar e manter este tipo de usuário, as companhias telefônicas precisam criar condições especiais em cada contrato. É como ter um sistema de cobrança para cada um deles.
Aprendendo com o mercado corporativo, será possível transferir o conceito de condições especialíssimas a alguns consumidores finais, criando formas de fidelizar os de maior valor. Para isso, as soluções de tarifação e cobrança terão de ser cada vez mais flexíveis. Os sistemas de billing também oferecem às operadoras uma visão completa do hábito de consumo dos clientes. Informações valiosas que podem ser utilizadas pelas áreas de marketing e promoções, avisa Sandra.
Na opinião das especialistas, a integração entre os sistemas de billing e de inteligência de negócios (ou business intelligence) será cada vez mais intensa.
Mercado convergente e redes de dados em expansão são ingredientes que trazem desafios para os fabricantes de sistemas de bilhetagem (ou billing como são conhecidos no setor de telecomunicações). Estes softwares são responsáveis por tarifar todos os serviços utilizados pelo consumidor e resumi-los em uma conta. O processo é complexo, acompanha cada chamada realizada na comunicação de voz e todos os recursos disponíveis no tráfego de dados. Entramos em uma nova fase. As operadoras precisam ampliar a receita oferecendo mais opções aos clientes. Cobrar da forma correta é fundamental para garantir as estratégias de negócios, sentencia Thais Marca, gerente-geral de operações da Convergys para a América Latina, empresa que entre os clientes tem a Telefônica e a Vivo.
Elia San Miguel, analista de telecomunicações do Gartner Group, afirma que as operadoras terão de ser mais eficientes nas ofertas combinadas. Por isso buscam a consolidação dos sistemas de billing, que vão acompanhar a aglutinação de empresas. Com portfólio complexo, vão integrar voz, dados e vídeo. A estimativa é que até 2013 a receita com dados e conexão à internet chegue perto da receita dos serviços de voz na América Latina. O trabalho será intenso para adaptar operadoras aos desejos de seus clientes, comenta.
Entre as demandas, Thais enxerga a necessidade de os sistemas responderem de forma rápida ao avanço das promoções e à diversidade de pacotes. O modelo de billing no Brasil ainda está focado na rede, em seu uso e seus recursos. As operadoras têm transferido o foco para os clientes, trazendo complexidade aos negócios. Ela explica que, com a oferta de serviços convergentes, as operadoras precisam enviar em uma mesma fatura os valores relativos ao telefone, banda larga, serviços de TV a cabo e conteúdo. Se mal feito, o billing pode causar sérios problemas. Vale lembrar que o número de reclamações sobre contas indevidas é um dos indicadores de qualidade utilizados pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e as operadoras perseguem baixíssimas taxas de erro.
Na nova geração de sistemas, Thais destaca a possibilidade de ofertas inovadoras, cobrando somente o que o consumidor utilizar. É possível, por exemplo, vender um pacote convergente de R$ 200,00 e deixar que o usuário compartilhe dele em soluções de voz (fixa e móvel), acesso a banda larga, TV por assinatura e compra de conteúdo. O sistema desconta deste montante o valor referente a cada serviço utilizado. É comum termos um pacote fechado para cada serviço. Mas quanto usufruímos do tempo de TV a cabo que compramos? Atualmente, usando ou não, o cliente paga, avalia.
As demandas do mercado corporativo já começam a pressionar as operadoras a migrarem seus sistemas para versões mais modernas. Esta é a opinião de Sandra Arruda Fortes, analista de negócios do CPqD, que desenvolve soluções de billing no Brasil para empresas como Oi e CTBC Telecom. Nesse segmento, as necessidades dos clientes têm de ser entendidas pelas operadoras, o que dificulta a inclusão deles em pacotes pré-determinados. Para conquistar e manter este tipo de usuário, as companhias telefônicas precisam criar condições especiais em cada contrato. É como ter um sistema de cobrança para cada um deles.
Aprendendo com o mercado corporativo, será possível transferir o conceito de condições especialíssimas a alguns consumidores finais, criando formas de fidelizar os de maior valor. Para isso, as soluções de tarifação e cobrança terão de ser cada vez mais flexíveis. Os sistemas de billing também oferecem às operadoras uma visão completa do hábito de consumo dos clientes. Informações valiosas que podem ser utilizadas pelas áreas de marketing e promoções, avisa Sandra.
Na opinião das especialistas, a integração entre os sistemas de billing e de inteligência de negócios (ou business intelligence) será cada vez mais intensa.
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