22 julho 2009

Anatel trabalha na revisão do regulamento de cobrança do PPDUR

TELECOM - WEB - 24/06/09
Ajustes independem da definição dos preços das licenças de MMDS, cujo processo está com a conselheira Emília Ribeiro.
A Anatel trabalha na revisão do regulamento de cobrança de preço público pelo direito de uso de radiofrequência (PPDUR), que disciplina o valor a ser pago pelo uso do espectro em uma série de aplicações, como ponto-a-ponto e ponto-multiponto. A ideia é ajustar a fórmula para que ela reflita o atual cenário de ocupação de espectro. Estabelecido em 2003, o regulamento aplica uma série de parâmetros que deixam mais caras as faixas até 1,5 GHz, que eram mais congestionadas e valorizadas à época. Com a evolução tecnológica e a ocupação cada vez maior das faixas mais altas, a metodologia perdeu a lógica, e agora começa a ser revisada pelo corpo técnico da Anatel.
A fórmula para cálculo do PPDUR considera um grupo de parâmetros, tais como fator de custo de radiofreqüência, largura da faixa autorizada, área na qual a freqüência será utilizada e tempo de utilização, entre outros.
A revisão, no entanto, não está atrelada à definição do preço a ser cobrado pelo uso do espectro das 11 operadoras de MMDS que tiveram suas licenças prorrogadas em fevereiro deste ano. No ato de prorrogação, a Anatel se comprometeu a definir os valores no prazo de 12 meses.
O assunto já chegou ao conselho diretor da agência está sob relatoria da conselheira Emília Ribeiro. Estou estudando o assunto junto com a Superintendência de Comunicação Multimídia , informou a conselheira na terça-feira, 23, durante participação em um evento em São Paulo. Segundo ela, os valores serão definidos a partir de parâmetros de mercado, e não pelo cálculo do PPDUR, considerado defasado para faixa tão nobre quanto a de 2,5 GHz. A faixa de 2,5 GHz é alvo de disputa entre as operadoras de MMDS e as celulares. As primeiras querem o espectro para a tecnologia WiMAX, que permitirá a oferta de triple play, enquanto as celulares enxergam no espectro o caminho evolutivo para a quarta geração.
As 11 empresas de MMDS que tiveram suas licenças prorrogadas até 16 de fevereiro de 2024, mas ainda não sabem quanto pagarão por isso, são: TV Filme Belém; TV Filme Brasília; TV Filme Goiânia; NET Recife; NET Paraná; TV Show Brasil; Horizonte Sul Comunicações; e a TVA, agora Telefônica, nos estados do Paraná, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e São Paulo.

14 julho 2009

Co-billing entre operadoras e prestadores de serviço de valor agregado ganha solução de gestão

Notícia enviada por Carvalho Comunicação
13/07/2009 às 15:46
Transparência, flexibilidade e bom relacionamento são fundamentais para uma parceria bem-sucedida. Quando o assunto é VAS (Value Added Service) e dados, a atenção é ainda maior. Quanto mais controle a operadora e seu parceiro possuem na trajetória do bilhete gerado, maior é a chance em reparar erros de maneira rápida e eficiente sem chegar ao cliente final. Nestes tempos de crise, a preocupação com a qualidade da gestão destas parcerias é enorme, já que qualquer erro na cadeia operacional significa perda de receita, tanto para a operadora quanto ao provedor do serviço.
Hoje, no Brasil, o mercado de VAS e dados está crescendo, mas ainda não se compara a lugares como Europa e Japão, onde o faturamento deste tipo de serviço representa de 30% a 40% da receita total das operadoras. Aqui, VAS e dados correspondem a apenas 15% do faturamento das operadoras, mas estima-se que em cinco anos, o País alcance os índices europeus. E se depender da Triad Systems, empresa brasileira especializada em desenvolver produtos e serviços sob medida aplicados à gestão inteligente de negócios, a estimativa deve se concretizar em menos tempo. A empresa lança no mercado a solução T-VAS, ferramenta que contempla o gerenciamento de todos os serviços e processos de negócios com os parceiros dos serviços de VAS das operadoras. “É impossível negar que cada vez mais, os serviços de voz tenham se tornado commoditie’. A partir de agora, cada vez mais as operadoras estarão focadas em VAS e dados. O nosso sistema de gestão de parceria permite à operadora acompanhar, em toda a extensão, a trajetória do bilhete gerado pelo serviço”, explica Flavia Pollo, gerente de Novos Negócios da Triad Systems.
A ferramenta é implantada em módulos e permite o controle operacional total, garantindo transparência na relação com os parceiros, que estarão inclusos em todo o processo, recebendo relatórios detalhados de toda a cadeia operacional pela qual cada bilhete gerado passa. “Isso aumenta muito a confiabilidade do parceiro na operadora e atrai novos negócios”, destaca Flávia.
A Triad Systems é especializada em desenvolver produtos e serviços sob medida aplicados à gestão inteligente de negócios. “A solução T-VAS corresponde às necessidades das operadoras junto à crise econômica, pois favorece a garantia de receita gerada por meio dos serviços de dados. Desde o auxílio à lista aos serviços de mensagens instantâneas, passando por portais de voz, acesso à Internet e download de sons e imagens”, finaliza Silvio Rodrigues, presidente da Triad Systems.

11 julho 2009

Leilão de WiMAX no Peru tem consórcio russo

TELECOM - WEB - 30/06/09
BWDC-Metsanco apresentou proposta para oferecer telefonia sem fio e banda larga em todo o país

O consórcio BWDC-Metsanco, com operações na Rússia, foi qualificado no processo de concessão de licenças para uso das faixas de 2.668 MHz a 2.692 MHz no Peru. Ele apresentou proposta para a prestação de serviço de telefonia sem fio e de acesso à Internet em todo o país, com o uso da plataforma WiMAX. Também compareceram no leilão promovido pela ProInversión, agência peruana de promoção de investimentos privados, a venezuelana Omnivisión e a Perusat. Mas ambas não conseguiram se qualificar.

Formado pelas empresas Bradband Wireless Development Corporation (atua nas Ilhas Virgens) e Metsanco Limited (Chipre), ambas do grupo Scartel, o consórcio BWDC-Metsanco tem operações importantes de telefonia sem fio na Rússia, onde atua com a marca Yotta. Em número dxe usuários, a Yotta conta mais de 50 mil assinantes de banda larga.

Oferta de banda larga móvel em SP pode atingir limite em 2 anos

ADNEWS - WEB - 26/06/09
As principais operadoras móveis do Brasil destacaram em um evento realizado nesta quinta-feira (25), em Brasília, a necessidade de mais espectros para atender à demanda de 3G nacional. Durante o "LTE: "Tecnologia e Mercado", foram apresentados dados que mostram que o mercado de SP começará a apresentar problemas a partir de 2012.

Segundo Janilson Bezerra, gerente de infraestrutura de inovação tecnológica da TIM, São Paulo terá cerca de 8,6 mi de usuários 3G daqui a dois anos. Se a atual estrutura for mantida, 4,3 mi destes não conseguirão navegar com velocidades maiores que 500 Kbps.

Uma das soluções propostas pelas operadoras é o aumento do espectro por meio da faixa de frequência de 2,5GHz. A faixa, que atualmente é usada pela operação MMDS (Serviço de Distribuição Multiponto Multicanal), poderia também ser explorada com a tecnologia LTE (Long Term Evolution).

De acordo com informações do ComputerWorld, as teles compartilhariam essa faixa com o MMDS e ficaria com 140 MHz do total de 190 MHz. Além de ficar com os 50MHz restantes, o MMDS poderia utilizar o WiMax.

Apesar de ambas serem tecnologias da quarta geração de telefonia móvel, o LTE é apoiado por diversos fabricantes, como Qualcomm, Nokia, Ericsson, Alcatel-Lucent e Nokia Siemens. Para o próximo ano, são esperadas ofertas de operadores em todo o mundo.

Luiz Otávio Marcondes, diretor de assuntos regulatórios da Claro, ressalta que as operadoras não esperam que o leilão da faixa seja realizado imediatamente. "Queremos que a regra do jogo seja clara. Pensamos em leilão em 2012 ou 2011".

Para José Augusto de Oliveira Neto, diretor de planejamento e tecnologia da Vivo, mesmo que o espectro seja necessário, é preciso planejar o processo com cuidado para que o preço das licenças de 4G e a recuperação dos investimentos seja adequado.

Redação Adnews

10 julho 2009

Smartphones: o que será do futuro?


IT WEB - WEB - 29/06/09

Moda, coqueluche do mercado, mal necessário: não importa a denominação, o fato é que os smartphones viraram realidade no dia-a-dia dos executivos e cada vez mais ganham espaço no mercado - não somente nas economias mais abastadas. Países como Chile, México, Argentina e Brasil assistem a um boom na adoção destes computadores de mão, o que tem forçado fabricantes a inovarem. Afinal de contas, a acirrada concorrência provoca uma corrida dos fornecedores por melhorias que vão desde o sistema operacional, browser, aumento de capacidade de processamento e vida mais longa para bateria até design, facilidade de uso, integração com variados softwares. Isto porque, atualmente, as empresas não buscam apenas um handset para leitura de e-mail. Elas querem integrar banco de dados, CRM, ERP e, assim, ampliar produtividade e dar mais agilidade aos funcionários.

Estudo realizado pela IDC, a pedido da Research In Motion (RIM), uma das líderes no mercado de smartphones, revelou que Chile e Colômbia são os países da América Latina mais adiantados na adoção da mobilidade corporativa. A mesma pesquisa mostrou que a conectividade em trabalhos externos é a funcionalidade número um para os trabalhadores móveis . Argentina e Chile estão na frente quando o assunto é integração de aplicativos como ERP, BI e CRM.

Aos poucos esse movimento ganha corpo no Brasil - impulsionado pelas multinacionais que utilizavam esses dispositivos em suas matrizes e passaram a exigi-los em suas subsidiárias. Há também no mercado brasileiro o nicho de profissionais liberais que descobriram nos aparelhos inteligentes uma forma de economizar recursos e levar o escritório para todos os lugares. Em linhas gerais, o levantamento da IDC mostrou que o País tem uma realidade muito próxima da do México e da Argentina.

Nos Estados Unidos, onde o mercado é mais consolidado, o debate está em questões do tipo: como prover acesso, de quem deveria conseguir acesso e em quais tipos de dispositivos. Pesquisa realizada pela InformationWeek EUA, com 412 profissionais de TI, revelou que dois terços das empresas utilizam ou planejam utilizar aplicativos móveis.

Embora a discussão seja mais aprofundada no mercado norte-americano, entre os latinos, não deixa de ser semelhante. É visível a necessidade de incluir um número maior de aplicativos nestes aparelhos - o que implica em um handset robusto, com alta capacidade de processamento e que, ao mesmo tempo, confira a segurança necessária, já que dados estratégicos trafegam nessa rede. Diante desta situação, a pergunta que a InformationWeek Brasil faz sai do mundo do software e entra no hardware. Como comportar tudo isso? O que será do smartphone no futuro?

Mundo inteligente

Acho que tudo será computação móvel. Para onde vai convergir eu não sei dizer. O futuro é uma tela, mas, se vai ser maior ou menor, no bolso ou na geladeira, será uma questão de escolha. O smartphone já traz na concepção a mobilidade. Não vislumbro uma solução definitiva , divagou Marcelo Zenga, diretor de marketing da Palm no Brasil, sobre o que se pode esperar deste mercado. A ideia de que a inteligência pautará os próximos dispositivos também está na mente de Adriano Lino, gerente de inteligência de mercado da RIM para América Latina. O celular tomou o papel do relógio e do despertador e tomará parte do papel do computador , dispara.

Contudo, nem todas as companhias apostam nesse rumo. A Motorola, por exemplo, entende que sempre haverá espaço para aqueles que apenas querem fazer ligações. A maioria dos entrevistados para esta reportagem concorda, entretanto, que o futuro está em balancear o processamento de informações com a durabilidade da bateria (ou um consumo de energia mais eficiente), permitindo atender a corporações e usuários de maneira mais adequada.

Prova disso é o grande investimento feito em chips para smartphones. A RIM utiliza em seu Bold um processador de 625 Megahertz, um dos mais rápidos do mercado, e a HTC equipa o Touch Pro com um de 528 Megahertz. E a Qualcomm já anunciou a chegada de um produto com velocidade de 1 Giga, mostrando a importância de dar agilidade aos aparelhos. Além disto, as companhias estão preocupadas com a segurança e com o bom uso da energia.

A Apple, com o seu hit iPhone, afirma que vem se preparando para este futuro e para o mundo empresarial desde a primeira versão do aparelho. Em entrevista exclusiva à InformationWeek Brasil, a companhia explicou que, antes de lançar a versão 3G do telefone, avaliou uma série de feedbacks de empresas que utilizaram o primeiro modelo e sugeriram alterações. Algumas se interessaram em testar e fizeram solicitações como suporte VPN e integração com Exchange e, para entrar no mercado corporativo, a Apple preencheu esta lista [de requisições] com o sistema operacional 2 , explicou a Apple. Sobre o processador, a companhia defende que a questão principal concentra-se em como as coisas estão integradas. E concorda que a combinação agilidade e bateria é fundamental.

Henrique Monteiro, gerente de produto da RIM para América Latina, garante que a demanda (por novidades e processamento) é sempre grande. A expectativa, segundo ele, é que o celular traga mobilidade total e em menor porte. Isto significa maior capacidade de processamento, maior banda e menor consumo de energia , diz, confirmando a tendência de balancear os pontos já citados. É preciso simplicidade, velocidade e confiabilidade , completou, ao se referir também à importância da segurança nos dispositivos.

Já na visão de Rodrigo Byrro, gerente de produto da HTC para América Latina, possuir um smartphone tem se tornado essencial. É a extensão da vida corporativa , resume. O executivo vê melhorias para o futuro e diz acreditar em uma integração hardware/software cada vez melhor. A avaliação de Byrro sobre o que vem pela frente passa por mais conectividade. Ele acredita que tudo será web e, assim, o desafio das fabricantes estará no browser e numa tela mais nítida - e não somente no hardware. O navegador já está melhor, mas não como o do PC , admite.

De fato, cada vez mais empresas têm investido em alcançar bons navegadores para que os usuários - corporativos ou finais - sintam-se bem em utilizar a web por meio de um celular inteligente. O popular Opera Mini aparece como um dos casos de sucesso. No entanto, há alguns que pecam pela funcionalidade.

Diversidade de plataformas

Outro ponto crucial no desenvolvimento (e expansão da base) dos smartphones é o sistema operacional (SO), que, muitas vezes, determina a opção de compra por parte do cliente. As apostas da Palm estão no sistema webOS, que deve chegar ao mercado junto com o modelo Pre. Haverá uma pressão maior sobre a conectividade , adianta Zenga. E, enquanto o produto não começa a ser vendido, a companhia, que já liderou este nicho (em 2005, seu sistema operacional detinha 20% do mercado e, em 2007, estava com apenas 12%, de acordo com o Gartner), tenta resgatar seu espaço e prestígio por meio de outras estratégias.

O modelo Treo Pro, por exemplo, voltado às corporações, abandona o sistema operacional Palm OS para adotar o Windows Mobile, algo impensável em companhias como Apple ou RIM. Os fãs da marca migraram para smartphones com Windows, para facilitar operações com os processos da empresa. A Palm entendeu que precisava se adequar a uma nova realidade , explica o diretor de marketing, demonstrando confiança na decisão da fabricante. A reportagem questionou como ficaria a questão do webOS, que tem despertado a curiosidade de muitas pessoas e poderia ser um concorrente do sistema da Microsoft. Hoje, nossa aposta é Windows para mercado corporativo e webOS para usuários finais , argumentou Zenga.

Trabalhar com uma diversidade de plataformas no mercado pouco atrai a Apple e a RIM. Ambas as companhias são focadas em oferecer uma solução integrada e, para isso, não abrem mão dos seus respectivos sistemas operacionais. Apenas observam as movimentações das concorrentes. A essência do BlackBerry está na solução integrada. Não somos hardware, mas fabricantes de soluções , explica Monteiro. Segundo o executivo, cada software lançado é pensado para ser 100% integrado aos demais aplicativos. Ele utilizou como exemplo o Windows Live Messenger, que está conectado à agenda. Queremos uma integração 360º com nossa solução. Não faz sentido fabricar só o aparelho , comenta.

Já no caso da Apple, risos tomaram conta da sala de reunião na sede da companhia em São Paulo, quando a reportagem questionou o uso de plataformas como Android. A resposta: funcionalidades serão contempladas na versão 3.0 do seu sistema operacional, a ser lançado ainda neste ano. Como exemplo, a fornecedora confirma a inclusão da função copiar/colar, um desejo antigo dos clientes. O atraso, justifica a Apple, ocorreu porque a ideia inicial era que as aplicações se conversassem, o que evitaria o copiar/colar. O teclado paisagem também será realidade, assim como uma ferramenta de buscas, por meio do qual, a partir da palavra digitada, o sistema buscará em todos os pontos (como arquivos, pastas e e-mail).

Outra mudança foi a ampliação do push notification. O aparelho não roda várias aplicações ao mesmo tempo, mas algumas precisam de alerta e poucas contavam com esta possibilidade - o que será ampliado. Um bom exemplo desta funcionalidade é o uso de CRM. Se o executivo estiver utilizando qualquer outro programa e houver alguma novidade no software de gerenciamento de clientes, o saberá por meio do alerta, sem necessidade de estar com o software aberto.

Tentando recuperar espaço, sobretudo nos Estados Unidos, a Motorola lançou recentemente um modelo touchscreen. Equipado com plataforma Windows Mobile e interface amigável, o aparelho batizado de Moto A3100 tem como objetivo competir com os hits do mercado. A empresa liderou o mercado de celulares em geral e hoje enfrenta a forte concorrência, segundo institutos como IDC e Gartner. Já sobre o Android, um dos focos da Motorola, Alexandre Giarolla, gerente de produto da fabricante no Brasil, limita-se a dizer que o sistema operacional do Google está alinhado com o que a Motorola colocou no caminho há vários anos , referindo-se ao código aberto.

Assim como a Motorola, a HTC está trabalhando com a plataforma open source do Google, colocando o Android como parte de um movimento estratégico para a fabricante. Mas o gerente de produto para América Latina, Byrro, ressalta que o acordo com a Microsoft se mantém forte e atende bem ao mercado empresarial. Não temos experiência corporativa com Android , assinalou.

Se, no futuro, telefones preparados somente para voz e mensagens de texto serão apenas peças de museus, ainda não há como prever. Afirma-se, entretanto, com precisão que a atenção especial para os celulares inteligentes não é à toa. Pesquisas de mercado, como da In-Stat, apontam que o market share desses equipamentos deve dobrar até 2013, chegando a 20%. E a ABI Research revelou que em 2008 foram embarcados mais de 171 milhões de smartphones. De olho nestes dados, fabricantes movimentam-se para apresentar novidades ao (insaciável) mercado consumidor - e os handsets inteligentes extrapolaram a barreira do corporativo, uma vez que os usuários finais têm se rendido às funcionalidades oferecidas pelos, cada vez mais potentes e atraentes, gadgets.

São Paulo e Salvador lideram pesquisa de cidades digitais

TELESINTESE - WEB - 29/06/09
As cidades de São Paulo e Salvador lideram o Ranking Motorola de Cidades Digitais, que analisou 150 prefeituras da América Latina inscritas no programa. Conforme a pesquisa, há uma grande disparidade no grau de digitalização desses municípios, cuja maioria ainda está em processo de digitalizaçã de suas atividades internas.

Em Salvador, 90% das secretarias estão conectadas em uma mesma rede e 100% delas dividem aplicação. O portal oferece interação entre o município e suas repartições públicas. É possível realizar diversas operações, obter status de solicitações e candidatar-se a concusros públicos, entre outros. Salvador também avança sobre a extensão do acesso por meio de redes sem-fio gratuitas.

Já São Paulo, conta com 99% das suas secretarias interconectadas em uma mesma rede, as quais dividem aplicações. A cidade usa intensivamente tecnologias como sistema de rastreamento, telemetria e transferência remota de dados. Seu website é um verdadeiro portal de interatividade com o município, incluindo opção para realização de operações e acesso a diversos tipos de informações.

As redes sem fio gratuitas da Sâo Paulo estão disponíveis em escolas, que ficam abertas nos finais de semana, além de museus e bibliotecas. Na área de telessaúde as instituições públicas paulistas possuem um sistema de agendamento de consultas (SIGA) que atende a 15 milhões de usuários e agenda 60 mil consultas por dia, das quais 12 mil são especializadas, com confirmação via celular.

Em geral, a pesquisa, realizada pela consultoria argentina Convergencia Research em 15 países da América Latina, demonstrou que os aspectos mais desenvolvidos na região são a digitalização interna: as aplicações administrativas. Entre as repartições públicas, 83% estão interconectadas na mesma rede, e 50% das cidades utilizam mais de uma tecnologia de acesso para conexão. No entanto, as áreas digitalizadas nos governos municipais mostram diferentes cenários. ( Da redação, com assessoria de imprensa)

Tribunal libera TIM de pagar ISS por software


VALOR ECONÔMICO - TRIBUTOS - SÃO PAULO - 29/06/09 - Pg. E2
A Tim Celular obteve no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) o direito de não recolher o Imposto Sobre Serviços (ISS) no pagamento efetuado a uma empresa estrangeira pelo direito ao uso do software blackberry. A ação foi movida pela empresa de telefonia contra o município do Rio de Janeiro pela cobrança do imposto. Da decisão de segunda instância, o município recorreu ao Superior Tribunal de Justiça (STJ). A corte superior, porém, não aceitou o recurso por entender que a questão envolveria o reexame de provas - o que é vedado nas instâncias superiores da Justiça. As discussões sobre esse tipo de questão, portanto, têm se encerrado nos tribunais de Justiça (TJs), com decisões muitas vezes favoráveis às empresas.

No caso da Tim, a Fazenda do município alegou que a alíquota de 5% do ISS deveria incidir sobre o valor do contrato de licenciamento do software, com base na Lei municipal nº 691, de 1984, que dispõe sobre o código tributário do município. Em primeira instância o pedido da empresa foi negado. O TJRJ, no entanto, reformou a sentença sob o argumento de que é inconstitucional a incidência de ISS sobre contratos de licenciamento de programas de computação. Segundo o acórdão do tribunal de Justiça, a jurisprudência do STJ estabelece que o ISS incide somente sobre aquilo que pode ser considerado como serviço, o que não incluiria o contrato de cessão de direitos da Tim, que trata apenas da cessão de um programa já elaborado.

O relator do caso no STJ, ministro Benedito Gonçalves, entendeu que no recurso teria de ser discutido se no contrato está ou não envolvida a prestação de serviço, ou seja, as provas. Para o advogado Luiz Gustavo Bichara, do escritório Bichara, Barata, Costa & Rocha Advogados, que defende a Tim, as leis municipais que determinam a incidência do ISS em contratos de licenciamentos são contrárias ao artigo 156 da Constituição Federal, que dispõe sobre o ISS. Segundo Bichara, em outros casos do tipo, o escritório obteve entendimentos idênticos em outros quatro tribunais de Justiça.

09 julho 2009

Banda larga móvel impulsionará receita de operadoras na AL

TI INSIDE - WEB - 29/06/09
A banda larga móvel será a principal impulsionadora da receita das operadoras de telefonia móvel na América Latina, de acordo com pesquisa da consultoria Pyramid Research.

Segundo César Jimenez, um dos analistas da consultoria e autor do relatório, o fenômeno acontecerá devido a três fatores. Um deles é que o uso de plataformas comuns permitirá às operadoras maior economia de escala, aumentando seus níveis de produção e oferta de serviços, sem elevar os custos, no momento da implantação de suas redes.

Em segundo lugar, a Pyramid acredita que, como as redes existentes continuarão sendo usadas e o sistema WiMax será um grande rival nesse mercado, o setor ficará mais competitivo. Com isso, a importância das receitas com banda larga será maior para as operadoras.

Por último, a consultoria calcula que as redes sem fio LTE (long term evolution), que começarão a ser implantadas dentro de três anos, tanto pelas operadoras já existentes quanto por novas empresas que entrarão no setor, proporcionarão maiores receitas.

Entre 2010 e 2017, a Pyramid calcula que os novos serviços impulsionarão a adoção de LTE no mundo numa taxa de crescimento anual de 216%, chegando a 137 milhões de usuários.

Da Redação

Oi escolhe Nokia Siemens para manutenção de rede

VALOR ECONÔMICO - EMPRESAS & TECNOLOGIA - SÃO PAULO - 30/06/09 - Pg. B3
Heloisa Magalhães, de São Paulo

A Nokia Siemens será a fornecedora exclusiva de serviços de operação e manutenção da planta interna da Oi, cobrindo a região da antiga Telemar e da Brasil Telecom (BrT). O contrato, anunciado ontem, entrará em vigor em julho de 2009 e terá validade de cinco anos. Este é o primeiro resultado de uma megalicitação aberta pela Oi em março para terceirizar a manutenção das redes interna e externa da companhia.

A rede interna refere-se às centrais de telefonia e envolve todos os equipamentos de comutação que estão em prédios da empresa. A planta externa diz respeito aos cabos e ao sistema de transmissão.

O processo está sendo chamado licitação do ano no setor de telecomunicações, pois há expectativa de que o valor dos contratos para a rede interna e externa seja pelo menos o dobro do que a Alcatel-Lucent recebe pela manutenção da rede da BrT. A empresa franco-americana estaria recebendo quase R$ 2 bilhões por um contrato pelo contrato de dois anos fechado em janeiro de 2008.

Também participaram da disputa pela rede interna da Oi as companhias Alcatel-Lucent, Ericsson e Huawei. Já para a rede externa, mais de dez fornecedores manifestaram interesse - além das grandes multinacionais do setor também há empresas regionais, algumas das quais já prestam serviços para a operadora. Com a terceirização da rede interna, a Oi pretende simplificar a gestão do processo de operação e manutenção de equipamentos. A operadora já adotava a terceirização, mas ela era pulverizada entre vários fornecedores.

20 operadoras mundiais respondem por 59% das conexões wireless

TELECOM - WEB - 29/06/09
Estudo da Wireless Intelligence mostra que o processo de consolidação está aprofundando a concentração

Um novo estudo realizado pela Wireless Intelligence revela que as 20 maiores operadoras e grupos de operadoras responderam por mais de 58% das conexões móveis no primeiro trimestre de 2009. Ele aponta para uma maior concentração de mercado impulsionado pelo processo de consolidação que está em andamento em algumas regiões, principalmente na Europa. A primeira colocada no ranking, China Mobile, possui 11,5% de market share mundial com operações em dois países (China e Hong Kong). Com 479 milhões de conexões, ela ultrapassou outro grande grupo de telefonia móvel, a Vodafone. Na terceira e quarta posição estão, respectivamente, o grupo Telefónica e América Móvil, que possuem uma intensa disputa na América Latina. A TIM, com presença em dois países, incluindo Brasil, está na 15ª posição.

O grupo Vodafone, atuando em 19 mercados, atingiu 247 milhões de clientes e ficou na segunda posição. Com presença em 10 mercados europeus, a companhia tem expandido sua atuação no Leste Europeu, Ásia e África. Sua mais recente expansão foi em Ghana, na Índia, e a próxima deverá ser no Quatar onde está prestes a lançar sua operação.

A Telefónica, em 20 países, fechou o primeiro trimestre com 190,1 milhões de clientes. O grupo espanhol disputa posições com a América Móvil em 13 mercados da América Latina. Sem presença na Europa, como sua concorrente, o grupo mexicano tenta se aproximar da Telefónica, somando 174,9 milhões de clientes em 17 mercados.

A China Unicom, com presença apenas na China, ocupa a quinta posição no ranking das 20 maiores operadoras mundiais. Ela responde no mercado chinês por 137,7 milhões de conexões wireless. Com 127,1 milhões de clientes e atuação em 12 mercados, o grupo Deutsche Telekom vem em seguida. O grupo Telenor, constantemente envolvido em rumores sobre fusões e aquisições, ficou em sétimo lugar nos três primeiros meses deste ano, com 96,6 milhões de assinantes.

A maior presença em mercados, diretamente ou mantendo a maior parte das ações de operadoras locais, é a da France Telecom, com 26 operações. Isso lhe garantiu 85 milhões de clientes e a décima primeira posição no ranking. A Telecom Italia Móbile (TIM) soma 70,3 milhões de assinantes nas suas duas operações.

O levantamento feito pela Wireless Intelligence mostra que entre as 20 maiores operadoras mundiais menos de 20% conta com redes de nova geração da telefonia móvel. Segundo os analistas da empresa, isso se deve, entre outros, ao fato de grandes operadoras terem sua atuação em países onde o estágio da implantação de redes de próxima geração ainda é inicial, como a China, e com muitos leilões de licença ainda estarem em andamento, como a Índia.

Segundo Will Croft, da Wireless Intelligence, o estudo mostra que estão diminuindo as oportunidades de crescimento orgânico nos países maduros o que leva as empresas a buscarem rentabilidade com múltiplas conexões por cada assinante e se tornarem o fornecedor secundário de acesso de dados. Ele enxerga a possibilidade de o processo de consolidação se aprofundar, com as dificuldades de crescimento orgânico e os mercados emergentes mantendo sua importância estratégica para os grandes grupos.

Governo desiste de ressuscitar a Telebrás

O ESTADO DE S. PAULO - ECONOMIA - SÃO PAULO - 28/06/09 - Pg. B20
Ethevaldo Siqueira

A reativação da Telebrás não passa de especulação. O governo está arquivando o projeto. Por isso, nenhum ministro fala sobre o assunto - revelam fontes do Ministério do Planejamento. A ideia, lançada como simples balão de ensaio há mais de um ano pelo ministro das Comunicações, Hélio Costa, tem sido alimentada apenas por funcionários de segundo escalão do governo, alguns deles muito mais interessados nas oscilações das cotações das ações da Telebrás.

O governo nunca tomou nenhuma decisão a respeito da velha estatal. Os R$ 200 milhões liberados em janeiro se destinaram exclusivamente a cobrir débitos da empresa, em especial as multas milionárias a que foi condenada.

Depois de avaliar todos os obstáculos e inconvenientes do projeto, o governo decidiu arquivá-lo. Nenhum ministro se sente, no entanto, na obrigação de anunciar publicamente o arquivamento de um plano que nunca foi anunciado oficialmente - observa um assessor que prefere não ser identificado.

Essa posição dúbia explica a ausência maciça dos representantes do governo convidados para participar da audiência pública promovida pela Comissão de Ciência, Tecnologia, Comunicação e Informática e (CCTCI), da Câmara dos Deputados, na terça-feira passada, com o objetivo específico de debater os planos do governo sobre o futuro da Telebrás.

Com a ausência dos ministros Hélio Costa, das Comunicações, e Paulo Bernardo, do Planejamento, do presidente da Telebrás, Jorge Motta, e dos deputados da base governista, a audiência pública se transformou numa sessão de críticas unilaterais ao suposto projeto de reativação ou recriação da estatal.

Esse boicote do governo e a presença de apenas três deputados da oposição no debate democrático retratam bem o desinteresse do Executivo e do Congresso diante dos grandes problemas das telecomunicações brasileiras na atualidade. A oposição demonstrou mais uma vez que não está disposta a questionar com seriedade os temas setoriais mais relevantes, à exceção dos deputados Paulo Bornhausen (DEM-SC) e Julio Semeghini (PSDB-SP), que participaram da audiência pública e fizeram as mais duras críticas a uma possível reativação da Telebrás.

Como expositores, participaram da audiência Antonio Bedran, conselheiro da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel); José Fernandes Pauletti, presidente da Associação Brasileira das Operadoras de Telefonia Fixa (Abrafix); Luiz Cuza, presidente executivo da Associação Brasileira das Prestadoras de Serviços de Telecomunicações Competitivas (Telcomp) e Luís de Mello Jr., da Associação das Operadoras de Celular (Acel).

Diversos debatedores condenaram o caráter quase secreto com que o governo vinha tratando do assunto nos últimos meses. Diante de uma pergunta do deputado Bornhausen, Bedran informou que a Anatel não havia recebido, até então, nenhum pedido de retorno de funcionários da agência reguladora à Telebrás.

Pauletti, da Abrafix, disse que, se confirmada, a volta do Estado brasileiro à condição de operador de serviços de telecomunicações equivalerá a uma quebra de promessa e de regra do modelo regulatório e desestimulará o investidor privado.

MARCHA A RÉ

Para os analistas, são quatro as possíveis razões que levaram o governo à desistência do projeto.

1) Em primeiro lugar, porque o tema seria polêmico, inoportuno e politicamente desgastante .

2) Porque as declarações de funcionários do segundo escalão repercutiram negativamente, por refletir muito mais seus próprios interesses em futuros cargos e na ampliação de seu poder dentro do governo.

3) Porque o governo considera muito complicado incorporar e operar a infraestrutura de cabos ópticos da falida Eletronet ao ativo da Telebrás, sem que aquela empresa liquide seu passivo de cerca de R$ 600 milhões.

4) Porque a sugestão dada pelo ministro das Comunicações, Hélio Costa, no ano passado, não obteve consenso no primeiro escalão do governo.

Para o governo, seria arriscado e contraproducente do ponto de vista político tentar reativar a Telebrás ainda este ano, considerando a campanha eleitoral de 2010. Insistir na reativação da Telebrás poderia suscitar mais críticas do que aplausos e, assim, trazer mais desgastes do que vantagens políticas. Por isso, nem a ministra Dilma Rousseff, da Casa Civil, chegou a defender o projeto.

Outro problema seria o modus faciendi. Há mais dúvidas do que certezas sobre o caminho legal a seguir para a recriação da Telebrás: o governo teria que editar uma medida provisória ou obter do Congresso a aprovação de uma lei.

É provável que seja antieconômica a implantação e a operação de uma operadora estatal de telecomunicações exclusivamente para atender à demanda do setor público. Não há estudos sérios sobre o papel que a Telebrás viria a ter num projeto nacional de inclusão digital. Para esse mesmo fim, aliás, já existe parceria entre o governo federal e as operadoras de telefonia fixa e de celular - visando à implantação de acessos de banda larga em todas as escolas de nível médio do País.

Idec defende novo indicador para avaliar qualidade da telefonia fixa

TI INSIDE - WEB - 26/06/09
O Instituto de Defesa ao Consumidor (Idec) encaminhou nesta semana à Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) suas contribuições para três consultas públicas na área de telefonia fixa. Elas tratam da revisão dos contratos de concessão, do Plano Geral de Metas de Universalização (PGMU) e do Plano Geral de Metas de Qualidade (PGMQ) do Sistema de Telefonia Fixa Comutado (STFC).
A proposta de um plano de metas de qualidade ganha maior destaque em razão dos problemas registrados recentemente no sistema, como a pane que deixou assinantes da Telefônica sem poder efetuar ou receber ligações no início do mês no estado de São Paulo.
Na consulta pública da proposta do PGMQ para o Serviço Telefônico Fixo Comutado a Anatel propôs a criação de um novo indicador para medir a qualidade do serviço, que seria o Indicador de Qualidade Percebida pelo Usuário. Esse indicador seria composto por reclamações recebidas pela agência e pesquisas com usuários que a Anatel faça ou encomende.
O Idec ressaltou a importância de incluir no indicador não apenas as reclamações que chegam à agência, já que ela só recebe reclamações que tenham passado antes pela operadora (que nem de longe refletem o universo real de reclamações), mas também as reclamações que chegam aos Procons e os dados do Sindec (Sistema Nacional de Informação de Defesa do Consumidor).
No tocante à pesquisa, sugeriu que a Anatel converse com as entidades de defesa do consumidor e o SNDC (Sistema Nacional de Defesa do Consumidor) para compor a metodologia.
O Idec também enviou propostas para as consultas públicas nº 11, que trata da de revisão dos contratos de concessão, e nº 13, do PGMU. Uma das contribuições foi no sentido de a Anatel ter que considerar que desde a privatização no setor, em 1998, houve um desequilíbrio em prejuízo do consumidor. Segundo o órgão, as concessionárias vêm há tempos anunciando lucros exorbitantes e as tarifas na telefonia continuam subindo. Por isso, o instituto ressaltou que a Anatel e as concessionárias devem observar o princípio da modicidade tarifária, diminuindo todas as tarifas dos serviços que compõem a cesta da telefonia fixa.
A importância da concorrência no setor de telefonia fixa e de banda larga também foi destacada pelo Idec. A justificativa é que, sem concorrência, o consumidor fica refém de uma empresa, dos altos preços e da baixa qualidade do serviço prestado. Outra proposta feita pelo órgão de defesa do consumidor é para a Anatel implantar medidas como desagregação de redes, modelo de custos, apontando o valor real do custo de operação das redes de telecomunicações, e separação de contas, para que a agência tenha condições de saber de que forma as receitas da telefonia fixa vêm sendo usadas.
O Idec levantou a importância de a Anatel deixar claro que o backhaul - a rede de suporte para prestar o serviço de banda larga - seja revertido à União ao final dos contratos de concessão.
No PGMU, ressaltou que o serviço de telefonia fixa ainda não está universalizado, já que a maioria das pessoas não tem condições de pagar pela assinatura básica. A Anatel precisa levar isso em consideração. Além disso, o órgão ressalta que apesar do crescimento dos celulares, 80% das pessoas usam o serviço pré-pago e quase não fazem ligações. Diante desse quadro, a diz agência não pode reduzir o número de telefones de uso público (como os orelhões) porque muitas pessoas ainda dependem deles para se comunicar.
Da Redação

Huawei quer o mercado corporativo e o setor público

TELESINTESE - WEB - 26/06/09
Há dez anos instalada no país, a chinesa Huawei já enumera algumas conquistas obtidas nessa década, a primeira delas provar ao mercado que seus produtos não têm apenas preços baixos mas oferecem também qualidade. Responsável por 40% dos acessos das redes móveis 3G, com equipamentos em todas as principais operadoras, a fabricante lidera, com larga escala, o mercado de modens 3G, com 70% de participação no mercado e aposta na banda larga móvel como um instrumento de massificação de banda larga no Brasil.
A empresa se prepara agora para disputar com os demais players o mercado enterprise e o setor público. Para isso firmou parceria com o distribuidor Teleap e planeja chegar ao final do ano com 100 revendas. Nesta entrevista, o diretor de soluções e marketing, Marcelo Motta, fala também das expectativas da Huawei em relação a ocupação das faixas de frequência 2,5 GHz e 3,5 GHz, do WiMAX e da experiência da Huawei na China, com o CDMA 450, usado largamente em áreas rurais. O diretor de terminais, Luis Paulo Fonseca, que também participou da entrevista, antecipa os planos da empresa para crescer no segmento de handsets, que incluem o lançamento, ainda este ano, de um aparelho com a plataforma Android no Brasil.
Tele.Síntese - Depois de dez anos no Brasil, quais foram as principais conquistas da Huawei e quais os planos de expansão da empresa?
Marcelo Motta - Quando se falava de Huawei, uma empresa chinesa, o que vinha na cabeça dos nossos clientes era baixo custo e baixa qualidade. Nesses dez anos pudemos mostrar que nossos produtos têm qualidade, que somos competitivos em preço, que nós não temos os menores preços, mas somos competitivos. A Huawei chegou e se estabeleceu entre os maiores players do mercado. Hoje, o mercado está em uma situação diferente da que estava há dez anos. Quando chegamos aqui o mercado era inflacionado, tínhamos um preço mais baixo porque realmente era um mercado inflacionado. Passados dez anos, temos contratos com os principais clientes brasileiros do setor, todos os grandes operadores do Brasil são clientes da Huawei. Globalmente, em todas as áreas que atuamos, a Huawei está entre as três primeiras nos rankings. Foi um progresso muito grande em um espaço de tempo curto.
Tele.Síntese - A Huawei está presente em praticamente todas as redes 3G no Brasil, fornecendo equipamentos para o core da rede, caso da CTBC, ou equipamentos de acesso, implementados nas redes da Claro, Oi e TIM. A empresa fornece também para Vivo? Como é a participação de vocês neste mercado?
Motta - Fornecemos, somos parceiros da Vivo em GSM e em UMTS também. Hoje, no mercado móvel 3G, a Huawei tem 40% desse mercado no Brasil no acesso. E no core nós temos alguns contratos, entre os quais com a CTBC. Existem outros, mas não podemos divulgar por questões contratuais.
Tele.Síntese - Qual é a avaliação que vocês fazem do mercado 3G no Brasil, como vê o crescimento?
Motta - Eu vejo da seguinte maneira: mercado fixo estável, mercado móvel crescendo. O número de acessos está crescendo e com penetrações bastante elevadas. Então, qual o gap que existe hoje no Brasil de serviços de telecomunicações? É na banda larga em que a nossa penetração é baixa (5%), é até mais baixa que nos países vizinhos como Argentina ou Chile. A terceira geração da telefonia móvel chega como uma ferramenta muito importante para levar a banda larga Brasil a fora. Nos grandes centros das principais capitais existe oferta de banda larga fixa, mas quando você sai desses grandes centros não existe opção. A banda larga móvel vai ser um instrumento de massificação de banda larga no Brasil. Eu acredito que existe muito potencial para expansão. A própria Anatel tem previsões de um crescimento bastante acelerado da penetração de banda larga móvel e, já em 2011, a agência reguladora prevê que o número de conexões de banda larga móvel será maior que o número de conexões de banda larga fixa no Brasil. Pelas estimativas da Anatel, serão 25 milhões de conexões banda larga móvel contra 20 milhões de banda larga fixa.
Tele.Síntese - A Huawei é um dos principais fornecedores de modem 3G. Diante dessa possibilidade de expansão dos serviços, quais as metas para essa área?
Motta - No mercado de infraestrutura de redes, estamos presentes em todas as empresas brasileiras. A Huawei é a única empresa que tem participação em todas os operações 3G no Brasil. No mercado de modems, fechamos 2008 com 70% de participação aqui no país. Mundialmente, em 2008, tínhamos 55% de participação global nesse mercado. Obviamente apostamos tanto na infraestrutura quanto no que diz respeito aos modems.
Tele.Síntese - Você falou que a projeção da Anatel é mais um avanço da banda larga móvel até em função das características da mobilidade. No entanto, com a troca de metas, no final de 2010 teremos outra realidade, em relação a banda larga fixa no país, com pelo menos um ponto de presença em todos os municípios. Do ponto de vista de vocês como fornecedores, o que têm a oferecer para a expansão da banda larga fixa?
Motta - Nós temos um portfólio completo em telecomunicações, no que diz respeito a parte de infraestrutura de telecom, fixa e móvel; na parte de serviços, terminais, na área de serviços de valor agregado. Na área de banda larga fixa somos líderes na área de acesso, temos o maior market share de ADSL no Brasil, com 54% do total de linhas comercializadas por mês. Portanto, somos líderes hoje no ADSL e no GPOM. No FTTX (rede de fibra óptica que liga a central a um ponto de distribuição), que seria a evolução desse mercado de banda larga fixa, existem dois contratos hoje firmados no Brasil e a Huawei faz parte desses dois contratos, com a Telefônica e com a Brasil Telecom, que, na verdade, hoje é Oi. Temos uma posição forte também no mercado de fixo, porque quando aumenta o número de acessos de banda larga, o tráfego na rede aumenta, portanto, você tem um impacto no backhaul e no backbone. Na área de transmissão, só para você ter uma idéia da evolução, a Huawei, em 2001, era o 10º player no ranking global de transmissão, foi o primeiro ano que saímos daquela parcela denominada outros. Em 2002, passamos para sétimo, em 2003 para quarto, em 2004 para segundo e, a partir de 2004, ficamos em segundo lugar até agora. No primeiro trimestre deste ano atingimos o primeiro lugar no ranking mundial de transmissão, ultrapassando a Alcatel-Lucent. A Huawei é o vendor que mais cresceu dentro da área de transmissão.
Tele.Síntese - E nestes contratos de troca de metas, a empresa está bem posicionada no Brasil?
Motta - Nós temos contrato com praticamente todas as operadoras aqui no Brasil. Não existe um contrato para a expansão do backhaul, o que existe são os contratos (que já existiam) para a expansão da rede, e dentro deles nós temos market share expressivo.
Tele.Síntese - Na sua avaliação, qual a tendência tecnológica na última milha? Será um mix de tecnologias? Quais devem ser as vencedoras?
Motta - Você se referente às tecnologias lá na ponta, para chegar no usuário final, residencial ou comercial?
Tele.Síntese - Sim.
Motta - No terceiro trimestre de 2008, a IDC publicou que a Huawei era líder no mercado de WiMAX mundial. Nós temos o WiMAX em 2,5 GHz e 3,5 GHz. Hoje existe a discussão da licença em 2,5 GHz; na 3,5 GHz não sabemos se vai vir este ano ou não o leilão, mas é possível que na última milha exista WiMAX, CDMA, talvez; no CDMA 450 foi anunciada recentemente a intenção pelo governo (para a cobertura de áreas rurais) e o próprio UMTS, uma tecnologia hoje madura de alcance global. Somos líderes no mercado de 450 (CDMA).
Tele.Síntese - Onde vocês têm o 450?
Motta - Nós temos na China, que é um país muito extenso, e o benefício do 450 é pelo fato de ser uma freqüência baixa, que cobre uma área muito grande. Então, o CDMA 450 é bastante utilizado na China (área rural). Existem experiências no México e até no Brasil fornecemos CDMA para a Embratel, mas no caso não o CDMA 450. Nós temos uma penetração enorme justamente porque a raiz está localizada no mercado chinês, ganhou uma amplitude muito grande, em lugares mais pobres ou maiores em extensão geográfica, que acabaram adotando esta tecnologia para poder levar as telecomunicações para áreas maiores.
Tele.Síntese - Como você vê o mercado de WiMAX de 2,5 GHz e 3,5 GHz? Mundialmente, você avalia que está evoluindo, que é uma tecnologia complementar à 3G, hoje uma tecnologia consolidada e vencedora. E não podemos falar o mesmo de WiMAX. Qual a visão de vocês em relação a isto?
Motta - Imagine que o 2,5 GHz e o 3,5 GHz, até por serem freqüências mais altas, demandam investimento maior para fazer a cobertura de um país como um todo. Isso não significa que que não seja possível. O que se fala muito é no WiMAX focado em um mercado de nicho, uma vez que o 3G já se consolidou pelo menos no Brasil como um mercado de massa. Este mercado (de massa) vai ser o 3G, talvez o mercado de nicho seja com o WiMAX. Em algumas áreas com o uso muito intenso de espectro, iria precisar de mais freqüência. Qual a frequência que você tem? Talvez, o 2,5 GHz ou 3,5 GHz, a Anatel disponibilize as operadoras adquirem justamente para poder oferecer um outro meio para o escoamento desse tráfego de dados. Você coloca uma freqüência lá, é um meio físico para o escoamento desses dados. Todo mundo começou a usar, ele começa a ficar lotado, então uma outra frequência para o 2,5 GHz ou 3,5 GHz pode servir como complementar em lugares de alto tráfego.
Tele.Síntese - Você não vê como solução WiMAX para a última milha em cidades pequenas?
Motta - É possível. É um mercado de nicho, não seria o caso de você dizer olha tem WiMAX no Brasil inteiro. Você terá em uma cidade pequena ou dentro de um centro empresarial que o volume de dados é muito intenso, onde o custo benefício vale a pena. Quanto mais concentrado seus usuários tiverem mais vai valer a pena para você fazer.
Tele.Síntese - Ele é mais caro que o 3G, é obvio que tem menos escala?
Motta - Ele tem menos escala e o que pesa não é nem tanto o mercado de infraestrutura e sim o de CPE (o terminal), então pelo fato do terminal hoje ainda não tem escala acaba não viabilizando alguns business plans. Quanto? É difícil dizer porque no Brasil só existe um projeto, que é o da Embratel com a Motorola. A Brasil Telecom tem uma experiência, mas é muito pequena.
Tele.Síntese - Vocês pretendem produzir CPE aqui, quando forem definidas as faixas de freqüências?
Motta - Temos em nosso portfolio, além da infraestrutura, inclusive trouxemos a infraestrutura para o WiMAX Fórum, que aconteceu ano passado no Rio de Janeiro, com demonstrações de serviços de acesso de banda larga em alta velocidade, vídeo stream, vídeo on demand, uma série de demonstrações ...Temos na nossa linha de produtos CPE também, mas tudo depende da escala do mercado.
Tele.Síntese - Não vale a pena produzir?
Motta - As primeiras vendas sempre são importadas da China, onde temos produção. Foi assim com os modems 3G. Quando percebemos que o mercado era grande e nos estabelecemos como um grande player aqui, partimos para a produção local. Temos contrato de produção local de modems 3G com a Flextronics. Depende do preço e da importação local, existe uma análise de custo benefício e de projeto a projeto.
Tele.Síntese - A Huawei trouxe recentemente para o país o celular. E aqui, diferentemente do que ocorre na Europa, por exemplo, onde os terminais levam a marca da operadora, vocês acabaram lançando o produto com a própria marca da Huawei. Como estão as vendas de aparelhos, os planos para terminais 3G, para que nichos de mercado vão oferecer? Além da Claro, com quem a empresa já tem acordo, vocês estão negociando com a TIM, neste caso, estudando o lançamento do Android, em parceria com o Google, é isso?
Luis Paulo Fonseca - Vamos primeiro falar sobre a diferença do mercado europeu e o mercado brasileiro. No mercado europeu existe muito a figura do white label, que é justamente o celular com a marca da operadora. Aqui no Brasil é diferente, as operadoras não gostam muito dessa idéia, o principal ativo delas é a marca, elas investem pesado na marca e não querem associar essa marca a nenhum handset, querem ficar apenas com serviço.
A Huawei tem handset no Brasil desde 2007, como fornecedora da Embratel, mas é uma operação WLL (resultado da aquisição da Vésper) e o serviço disponibilizado para o público é um serviço WLL. Para a CTBC e para a Claro fornecemos handsets 3G. Em celular esses foram os dois primeiros contratos feitos aqui no Brasil, ambos os aparelhos são 3G. No mercado brasileiro temos contratos já firmados com um grande distribuidor, a Teleap, que vai trabalhar em conjunto com a Huawei para a comercialização dos aparelhos no mercado brasileiro, serão terminais 3G e estamos analisando a possibilidade do handset GSM. O mercado de distribuição é um pouco diferenciado, existe aquela parcela não atendida pelas operadoras, que são os pequenos varejistas, então, a estratégia é atacar com o distribuidor. E aí independe se é 3G ou GSM. A massa hoje é GSM, ela ainda não entra no mercado 3G, que é um mercado um pouco mais caro, principalmente em relação ao preço dos aparelhos.
Tele.Síntese - E os planos em relação ao Android, são para o final do ano?
Fonseca - A Huawai vai entrar no final do ano com o Android. Existe um memorando de entendimento assinado com a TIM para o desenvolvimento da tecnologia Android aqui no Brasil e estamos em negociação também com o Google - neste caso seria uma negociação em três partes, Google, nós e a operadora selecionada pelo Google para que eles possam desenvolver um produto customizado com um target de audiência diferenciado. Mas independente disso, os planos da Huawei são de lançar o Android comercialmente no final do ano. Resumindo, são duas vertentes, uma é a Huawei com o Android, e a outra seria a Huawei com um projeto específico.
Tele.Síntese - A participação da Huawei no mercado de handsets ainda é pequena, não? Há planos de crescer nesse segmento?
Motta - A empresa deve estar entre 7º ou 8º no mercado mundial de terminais, que não totaliza somente handsets ou modens, mas contabiliza terminais. Nesse mercado, ela está bem posicionada, no de handsets ainda é novata.
Tele.Síntese - Há quantos anos vocês fabricam handsets?
Fonseca - Há uns cinco anos. Em 2006, assinamos um acordo com a Vodafone, então, o mercado de handsets é um pouco anterior há 2006.
Motta - E o nosso foco sempre tem sido o mercado de operadora. Nós não temos grandes iniciativas em mercados varejistas. A iniciativa que temos aqui no Brasil é por meio dessa parceria que firmamos com a Teleap.
Tele.Síntese - Nas outras áreas vocês trabalham com distribuidores ou as vendas são feitas diretamente pela Huawei?
Motta - Nosso foco até agora tem sido o mercado de operadoras. A partir do ano passado tomamos a decisão de atacar o mercado também por meio de canais e de focar no mercado de governo e no de enterprise. Por isso firmamos esta parceria com o distribuidor Teleap. Temos parceria com 40 canais (por meio de parcerias com revendedores). E o nosso objetivo é chegar ao final do ano com aproximadamente 100 revendas no Brasil.
Tele.Síntese - O que vocês fornecem para o mercado enterprise?
Motta - Temos toda a linha de comunicação de dados, switches, roteadores e, agora, também a linha de terminais, tanto os modens 3G, ADSL, produtos para videoconferência, os handsets, soluções 3G e soluções de storage (armazenamento de dados) e segurança, por meio de uma joint venture que existe entre a Huawei e a Symantec. E estamos atacando também este mercado com perspectivas de crescimento muito boas, até em função da proliferação da banda larga e a disseminação de baixo custo de PCs e mesmo dos laptops.
Tele.Síntese - E qual o nicho do mercado corporativo que vocês querem conquistar, apenas o de grandes empresas, ou também o segmento de pequenas e médias?
Motta - Por meio desses canais quem traz as oportunidades é a rede de relacionamento dos canais. A intenção é atingir do pequeno ao grande, na medida em que nossa rede de revendas for crescendo.
Tele.Síntese - Qual o faturamento da Huawei no Brasil?
Motta - Em 2008, nós fechamos US$ 1 bilhão em contratos e, em 2007, tínhamos US$ 600 milhões em contratos.
Tele.Síntese - E qual é a carteira de 2009?
Motta - Nós não abrimos os números locais de 2009 mas podemos abrir os números globais. Globalmente, em 2008, atingimos US$ 23,3 bilhões em contratos e este ano o target da matriz é chegar a US$ 30 bilhões em contratos.
Tele.Síntese - A subsidiária brasileira deve manter a proporção em relação ao mundo ou não? No ano passado, vocês fecharam US$ 1 bilhão, este ano vocês devem manter a proporção? Ou não da para saber?
Motta - Não dá para saber, na verdade, temos as nossas estimativas mas não abrimos os números locais.
Tele.Síntese - E como a empresa local se posiciona globalmente? Qual a participação dela na receita da corporação?
Motta - O nosso crescimento é um crescimento expressivo, muito maior que o crescimento da Huawei, ou seja, a gente parte de US$ 16 bi para US$ 23,3 bi na matriz e aqui no Brasil passamos de US$ 600 milhões para US$ 1 bi, um crescimento maior. Por ai você consegue medir. Temos em torno de 5% de participação no faturamento global.
Tele.Síntese - Do volume de negócios global, quanto é gerado na China?
Motta - Nós temos uma evolução no número de vendas internacionais. Em 2008, 75% do número de contratos estabelecidos foi do mercado internacional. E 25% foi China, portanto, um quarto dos negócios na Huawei está na China. Em 2005 foi o primeiro ano que o mercado de overseas ultrapassou o mercado chinês. E a partir de então ele vem crescendo, 2008 fechamos 75% das vendas no mercado internacional (número de contratos); no entanto, em valores, o mercado chinês continua aumentando.
Tele.Síntese - Com a convergência de tecnologias, as empresas de telecom começaram a focar muito no mercado de serviços. A Huawei também tem como estratégia entrar nesse segmento de mercado, seja na área de integração ou de manutenção?
Motta - Sim, o target da nossa matriz de crescer 30% é um target agressivo, principalmente considerando um ano de crise, e engloba também a prestação de serviços. O mercado de serviços acabou se tornando uma realidade para a Huawei, em função da parceria consolidada que temos hoje com as operadoras locais. Não fazia sentido oferecer serviços para a operadora, quando eu não tinha a rede. Na medida em que avançamos no nosso posicionamento como fornecedor de infraestrutura de redes, o mercado se tornou viável para oferecermos também serviços. Já temos contratos estabelecidos com a Vivo, a TIM e a Oi para a oferta de serviços de operação e manutenção de redes. São primordialmente nas redes móveis, mas temos equipamentos instalados também em redes fixas. Os contratos são basicamente com as móveis, onde está acontecendo a nova onda de terceirização. Nas fixas temos também, em transmissão, acesso, comutação, temos na Embratel, rede NGN, na Oi, mas em comutação nossa participação é menor, porque é um negócio que estava bem desenvolvido aqui no Brasil quando entramos no mercado.
Tele.Síntese - Qual a estratégia de vocês para expandir a participação em serviços aqui no Brasil?
Motta - Nós estamos participando de alguns processos de RFP (request for proposal) que estão acontecendo e temos grandes expectativas em relação a eles, mas já temos novos contratos estabelecidos também. Portanto, esperamos seguir a nossa tradição que é fazer bem feito para poder ampliar a nossa participação.
Tele.Síntese - Qual a participação de serviço na composição da receita da empresa, no volume de contratos?
Motta - É baixa.
Tele.Síntese - No R$ 1 bilhão do ano passado significou o quê? 10%? 5%?
Motta - São duas coisas, quando vendemos a solução vendemos com o serviço. Então aí tem serviços. Talvez, 20% ou 30%, algo nesse sentido. Agora uma outra coisa é o serviço de operação e manutenção, que é um serviço diferenciado. Este serviço diferenciado é alguma coisa a ordem de 10% do nosso faturamento.
Tele.Síntese - A Huawei faz algum investimento em pesquisa e desenvolvimento no Brasil?
Motta - Temos um centro em Indaiatuba para customização de serviços de valor adicionado para o mercado nacional. As plataformas de serviço pré-pago, por exemplo, exigem customização para a integração com a rede da operadora e fazemos isso no centro de Indaiatuba, onde também desenvolvemos novos serviços de valor agregado para os clientes brasileiros.
Tele.Síntese - Quantos pesquisadores tem o centro?
Motta - A nossa meta é fechar 2009 com aproximadamente 100. (...) Não quero aqui ficar falando em números, mas tem um dado bastante interessante em número de patentes. Em 2008 a Huawei fechou o ano como a número 1 em número de aplicação por patentes, segundo a WIPO (World Intellectual Property Organization). E não são apenas patentes na área de telecom. Esta organização mede as patentes em todas as áreas de conhecimento. Passamos a Panasonic, que liderava esse ranking. E este processo não seria possível sem a inovação.

08 julho 2009

Publicidade móvel vai crescer 45% ao ano

ADNEWS - WEB - 29/06/09
A publicidade direcionada a celulares deve decolar dentro de dois ou três anos, impulsionada por aplicativos em smartphones e pela popularidade de redes sociais.

Executivos que participaram do festival publicitário de Cannes, na semana passada, informaram que as economias emergentes também são promissoras, ainda que a falta de um padrão mundial de telefonia móvel possa desacelerar o desenvolvimento.

À medida que mais consumidores adotam novas tecnologias e aparelhos como os smartphones, a publicidade em celulares deve crescer em média 45% ao ano e atingir os 28,8 bilhões de dólares em cinco anos, ante o movimento atual de 3,1 bilhões de dólares anuais, de acordo com a Ineum Consulting.

Lançamos muitas campanhas de telefonia móvel pela primeira vez, nos últimos três anos. Pessoas novas chegam a cada semana , disse David Kenny, sócio diretor da VivaKi, divisão digital do grupo publicitário francês Publicis.

Redes sociais como Facebook, que estão se tornando cada vez mais móveis , e aplicativos para o iPhone serão propulsores cruciais, ele acrescentou.

David Jones, CEO mundial da Havas Worldwide e da Euro RSCG Worldwide, afirmou que os anunciantes precisavam ser mais criativos para aproveitar plenamente as oportunidades oferecidas pelos celulares.

Se você é interrompido a cada dois minutos por publicidade, isso não será algo que muita gente vai desejar. O setor precisa desenvolver maneiras inteligentes e espertas de atrair as pessoas usando celulares , alertou.

Scott Howe, vice-presidente do grupo de soluções para anunciantes e editoras da Microsoft, previu que a publicidade em celulares responderá por entre 5% e 10% do movimento total de publicidade mundial dentro de cinco anos.

Mercados emergentes como a América Latina ou a África, nos quais as pessoas provavelmente terão um aparelho móvel antes de terem um PC conectado , parecem promissores, Howe acrescentou.

Dell prepara dispositivo móvel de bolso, diz jornal

TI INSIDE - WEB - 29/06/09
A Dell está em fase de produção de um dispositivo móvel de bolso, o que deve marcar a entrada da fabricante de PCs no mercado de MID (Mobile Internet Device) - um meio termo entre netbook e smartphone -, de acordo com informações de pessoas próximas à empresa ao The Wall Street Journal. Segundo o jornal americano, o novo aparelho funcionará com o Android, o sistema operacional para dispositivos móveis do Google, e será um pouco maior que o iPhone.

Ainda de acordo com as mesmas fontes, a empresa também está usando microprocessadores com a tecnologia ARM, presente nos chips que equipam os smartphones, nesses novos aparelhos. Elas declararam ao jornal que, depois de uma tentativa fracassada de desenvolver um aparelho que competisse com a Apple no ramo dos tocadores de MP3, a Dell transferiu os engenheiros responsáveis por esse projeto para desenvolverem um aparelho móvel de acesso à internet.

Um porta-voz da Dell, que também não quis se identificar, declarou ao The Wall Street Journal que a empresa não fabrica nenhum aparelho que emprega chips com tecnologia ARM. Sobre o possível desenvolvimento de um MID, o porta-voz não quis se pronunciar.
Da Redação

Na Europa, fabricantes de celular concordam com carregador universal

VNEWS - WEB - 29/06/09
A Comissão Europeia recebeu um documento de fabricantes de celulares que confirma o compromisso de adotar um conector padrão para os carregadores de bateria.

Com participação de Nokia, Sony Ericsson, Motorola, Apple, LG, NEC, Qualcomm, Research in Motion, Samsung e Texas Instruments - representando 90% do mercado europeu de telefones móveis -, o documento aponta o uso de conectores microUSB como modelo-padrão para os carregadores.

Segundo as fabricantes, aparelhos com o carregador padronizado já devem chegar ao mercado europeu no próximo ano.

Sistema brasileiro de TV digital ganha apoio para ser padrão na AL

TI INSIDE - WEB - 26/06/09
O ministro das Comunicações, Hélio Costa, reforçou nesta semana a idéia de se construir um padrão de TV digital para os países da América Latina. Ele se reuniu com o vice-ministro de Informática e Comunicações de Cuba, Alberto Rodriguez Arufe, em Brasília. Vamos chegar a uma proposta de um sistema regional latino-americano , disse Hélio Costa. Arufe se disse favorável ao desenvolvimento de um padrão latino-americano para a região.

Costa explicou que o Brasil está obtendo muitos avanços nas discussões do padrão nipo-brasileiro com países do Cone Sul, notadamente. Vai ser muito importante porque teremos uma mesma linguagem para o entendimento dos povos latino-americanos , disse o ministro das Comunicações do Brasil.

Para o vice-ministro Alberto Arufe, essa interação facilitará o intercâmbio dos meios de comunicação. Penso que seria conveniente para a América Latina, para o processo de integração, e desenvolvimento da defesa da integridade cultural de nossa região que os países pudessem ter um sistema comum de televisão digital , comentou.

Hélio Costa disse que, no Brasil, por determinação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o sistema de televisão digital é aberto e gratuito. O ministro brasileiro considera esta a grande vantagem do ISDB-T (Integrated Systems Digital Broadcasting Terrestrial), ressaltando ainda o fato de a transmissão ser gratuita para celulares e haver uma preocupação com a inclusão social. Por essas razões é que o Brasil teve tanto sucesso na proposta feita à América Latina , disse.

O vice-ministro cubano ressaltou que a interatividade da televisão digital brasileira é uma característica importante. É uma qualidade do sistema brasileiro que nós observamos com muito interesse , disse Arufe.

Ele confirmou que Cuba testa ao menos três sistemas de TV digital e que, embora não tenha prazo fixo para que seja tomada uma decisão, espera anunciar o padrão até o fim deste ano. Arufe trouxe carta do ministro de Informática e Comunicações de Cuba, Ramiro Valdez, convidando Hélio Costa a visitar Cuba para intensificar a colaboração entre os dois países no setor de telecomunicações.

Da Redação

CDMA ressurge na disputa pelos 450 MHz

TELETIME ONLINE - WEB - 29/06/09
No momento em que a Anatel abre para consulta pública a proposta que regulamenta a canalização e o uso de radiofreqüências na faixa de 450 a 470 MHz para o Serviço Móvel Pessoal (SMP), Serviço Telefônico Fixo Comutado (STFC) e Serviço de Comunicação Multimídia (SCM), a tecnologia CDMA parece ganhar uma sobrevida no Brasil. 
Em entrevista exclusiva a este noticiário, o diretor para a América Latina e Caribe do CDMA Development Group (CDG), Celedonio von Wuthenau, disse que se engana quem pensa que a tecnologia CDMA morreu e falou sobre as vantagens que o CDMA450 - uso da tecnologia CDMA 2000 nos 450 MHz - leva em relação às tecnologias concorrentes, como o GSM, o WiMAX e o WCDMA. Os principais trunfos do CDMA450, segundo ele, são a capilaridade da tecnologia, presente em mais de 75 países e 125 operadoras, totalizando 120 milhões de assinantes, e o menor custo de infra-estrutura. Isso porque uma única estação radiobase (ERB) CDMA 2000 é capaz de cobrir uma área de 50 quilômetros, chegando a 60 quilômetros dependendo da topologia do local. Para iluminar esse mesmo raio, diz Wuthenau, seriam necessárias três ERBs GSM 800 MHz ou 12 ERBs GSM 1800/1900 MHz ou 16 ERBs para a faixa de 2100 MHz. O executivo lembra que esse diferencial do CDMA450 está alinhado com a proposta da Anatel, de atender áreas urbanas e remotas, onde há pouca ou nenhuma oferta de serviços de comunicação. Essa redução de custo de instalação e operação da infra-estrutura justifica e viabiliza o plano de negócios das operadoras nesses locais de baixa densidade populacional , explica. Outra vantagem do CDMA 2000 é o fato de ser a única entre as concorrentes capaz de evoluir para o 1xEVDO revisão A. Esta é a tecnologia top de linha em termos de terceira geração, com downloads de 3,1 Mbps e uploads de 1,8 Mbps , diz.

O diretor do CDG garante, também, que o CDMA 2000 atende plenamente à exigência da Anatel de destinar subfaixas em caráter primário e secundário, dependendo do serviço prestado. Como essa tecnologia opera em 1,25 MHz, até duas operadoras podem explorar a mesma faixa, em duas freqüências separadas, de 5 MHz cada, e com sobras , explica. Isso garante a possibilidade de contar com até três portadoras por freqüência e o menor índice de interferências e queda de link , completa. Apesar disso, Wuthenau alerta que o governo precisa estudar a limpeza do espectro para a melhor qualidade dos serviços. Otimista, ele acredita que o leilão da faixa de 450 MHz a 470 MHz deve ocorrer até o final do ano e aposta nas operadoras Vivo, Oi, TIM, Telefônica e Embratel. Para as móveis, é a oportunidade de expandir suas redes com menor custo e para as fixas, uma chance de ouro para oferecer também a telefonia móvel .

Daniel Machado

Serviços múltiplos na América Latina precisam avançar para mercado de massa


da Redação 

Estudo da Pyramid Research mostra que concentração em clientes de alta renda pode saturar rápido

Na América Latina, os pacotes de serviços se tornaram ferramentas atrativas nos últimos três anos e favoreceram a entrada das operadoras fixas no mercado de TV por assinatura e vice-versa. No entanto, para manter sua rentabilidade o desafio será o de achar mix de preço e diferenciação, como velocidades adequadas para banda larga, que permitam às empresas alcançar o mercado de massa. Esse é o alerta dado pela Pyramid Research, no estudo realizado sobre serviços multiplay no mercado latino americano.

De acordo com a consultoria, o crescimento da oferta de serviços múltiplos empacotados por um único operador na região tem ganhado escala apenas no mercado de de alto valor, que poderá se saturar em breve. As empresas necessitam buscar mais escala principalmente levando em conta que o PIB per capita da América Latina, no ano passado, foi de US$ 7,8 mil.

Para a Pyramid, é preciso já dar início ao desenvolvimento de estratégias para atrair o consumidor de menor poder aquisitivo, o que envolverá preços, velocidade de acesso, conteúdo pay per view e pacotes específicos de TV paga. Com cerca de 70% da população ainda sem acesso a boa parte desses serviços na região, a consultoria acredita que se os operadoras avançarem sua cobertura e atingirem pelo menos metade dessa população conseguirão dobrar facilmente sua base de assinantes e manter rentabilidade.

América Móvil lançará solução de widgets da Qualcomm

TELETIME ONLINE - WEB - 29/06/09
A América Móvil adotará a solução de widgets da Qualcomm, conhecida como Plaza Mobile Internet . O lançamento está previsto para acontecer neste terceiro trimestre. Publishers do mundo inteiro já começaram a ser convocados para enviarem seus widgets até agosto, de forma que possam ser incluídos no catálogo inicial da operadora. A expectativa é de que a América Móvil ofereça widgets através do Plaza nos principais mercados onde atua, incluindo México, Brasil, Argentina e Colômbia. Procurada por TELETIME News, a América Móvil preferiu não comentar o assunto. A Qualcomm, por sua vez, não confirma o negócio e diz se tratar de rumores de mercado .

Os widgets são pequenos aplicativos que servem para facilitar o acesso a conteúdo da internet em celulares. Tornaram-se especialmente populares a partir do iPhone, da Apple. A Plaza Mobile Internet da Qualcomm é uma plataforma que permite o desenvolvimento de widgets para celulares de vários fabricantes e sistemas operacionais diferentes. Os próprios usuários podem criar seus widgets através de ferramentas on-line. Além de levar o conceito de widget para celulares diversos, a Plaza tem outra diferença importante em relação ao modelo de negócios da Apple: ela devolve o poder à operadora, que fica responsável pelo billing, pela administração da loja e, claro, volta a ter uma participação na receita com as vendas, o que não acontece com a Apple Store.

Fernando Paiva

07 julho 2009

ABTA: base de usuários de banda larga alcança 6,4 milhões, com crescimento de 43%


TELECOM - WEB - 24/06/09

Faturamento bruto soma R$ 2,5 bilhões no primeiro trimestre, ou 27% acima do registrado no mesmo período de 2008.
O serviço de banda larga continua ganhando espaço entre as operadoras de TV paga. Balanço trimestral da Associação Brasileira de TV por Assinatura (ABTA) mostra que o segmento contabilizava ao final de março 2,8 milhões de assinantes de internet em alta velocidade, ou 43% a mais do que o registrado um ano antes. A base de assinantes de TV paga cresceu 17,6% em relação ao mesmo período de 2008, chegando a 6,4 milhões de domicílios em todo o Brasil.
O faturamento bruto da indústria de TV por assinatura alcançou R$ 2,5 bilhões entre janeiro e março, incluindo o faturamento publicitário. O montante é 27% superior ao apurado em igual período de 2008. Os dados indicam crescimento de 16% na mão de obra contratada pelo setor, responsável por 17 mil empregos diretos.
Para o presidente da ABTA, Alexandre Annenberg, a TV por assinatura cresce em importância como opção de entretenimento em momentos de crise. Além disso, as empresas do setor continuam a investir em melhorias, como alta definição e outras tecnologias, sempre em busca de aumentar a qualidade dos serviços oferecidos aos assinantes , diz Annenberg, em nota.

Acesso à internet pela TV é desejo dos brasileiros, aponta pesquisa

TELESINTESE - WEB - 29/06/09
Pesquisa realizada a pedido da Intel revela que o brasileiro deseja maior interatividade e serviços na sua TV. Diferente do mercado americano, que é fragmentado e possui idéias formadas a respeito do funcionamento de determinadas tecnologias e equipamentos, os brasileiros estão mais abertos a novas experiências.

A pesquisa aponta que o consumidor brasileiro está interessado em funcionalidades típicas de um computador em uma TV. O Brasil representa o quarto maior mercado de TV no mundo, com 97% de adoção e caminha para se tornar o terceiro maior mercado de computadores pessoais.

De acordo com o estudo da Intel, os brasileiros desejam ter acesso a músicas, fotos e filmes na sua TV além de serviços de vídeo sob demanda, chat e correio eletrônico. Os brasileiros também desejam compartilhar esses tipos de conteúdo de seus celulares e computadores na sua TV através de redes sem fio e compartilhá-los em redes sociais. Essa preferência por redes sociais pode ser comprovada pelo número de internautas com acesso ao Orkut, que ultrapassa 9 milhões por mês. Já no You Tube a quantidade de acesso chega a 4,1 milhões por mês.

Outra aplicação que chamou a atenção dos entrevistados foi a utilização da TV para vídeoconferências devido a sua facilidade de uso, visualização dos familiares e amigos e compartilhamento simultâneo de fotos e vídeos.

De acordo com a pesquisa, as ferramentas ideais de interação para a nova TV digital são Widgets simples e guias visuais, transformando o consumidor no centro da experiência, levando-o a criar, comprar, interagir e participar da criação da presença online.

O novo modelo também deve trazer possibilidades de inclusão de acessórios, tais como caixas de alto-falantes, armazenamento de conteudo, câmeras e teclados que possam ser usados da maneira que o consumidor deseje, revela o estudo. (Da redação, com assessoria de imprensa)

Mundo já se prepara para banda larga sem fio, mas Brasil pode perder o bonde

O GLOBO - WEB - 29/06/09
Que tal poder salvar um vídeo do YouTube em poucos segundos? Ou baixar da internet para o seu PC ou laptop o conteúdo inteiro de um DVD (4,7 gigabytes) em apenas oito minutos? Pois é isso o que promete a próxima geração de telefonia celular (a 4G) ou, melhor dizendo, de banda larga sem fio. Então guarde bem essas três letras: LTE (evolução a longo prazo, na sigla em inglês). É nessa tecnologia - que na sua instalação mais possante pode alcançar incríveis 100 megabits por segundo - que os maiores fabricantes do mundo estão apostado para o futuro da conexão internet de alta velocidade.

No evento LTE e Mercado, que aconteceu em Brasília, na semana passada, era impressionante observar o consenso em todas as apresentações sobre a tecnologia, numa indústria que já se viu, há poucos anos, dividida entre vários e confusos padrões. Agora, não: todos estão de acordo com a União Internacional de Telecomunicações, que definiu como a LTE deve ser. A tecnologia está pronta e nada menos que 30 operadoras de telefonia internacionais estão se preparando para lançar, no primeiro ou segundo trimestre do ano que vem, suas primeiras redes de internet sem fio de quarta geração. A corrida já começou, e nela há operadoras do mundo todo: Estados Unidos, Canadá, Suécia, Alemanha, Itália, França, Irlanda, China, Coreia do Sul, Japão, Austrália, Nova Zelândia e Filipinas.

A Qualcomm e a Nokia-Siemens já anunciaram para 2010 o lançamento lá fora de aparelhos comerciais de alta velocidade sem fio (inicialmente, modems). Segundo Paulo Breviglieri, diretor-geral da Qualcomm no Brasil, ela tem até um protótipo, um modem USB que serve para testar a capacidade da tecnologia de operar junto com outras. A propósito, ela foi projetada para se combinar com tudo que já existe hoje. Trocando em miúdos, numa rede de quarta geração, se o usuário estiver em alguma área difícil com seu celular ou notebook, poderá continuar conectado com tecnologias anteriores (menos velozes, claro) sem perder o sinal.

Mas você há de se perguntar: que diabos tenho eu a ver com isso se as operadoras no Brasil mal conseguem fazer um bom trabalho na terceira geração, haja vista as frequentes queixas dos usuários quanto à qualidade do serviço delas? Sem dúvida, aqui no Brasil a máxima botar o carro na frente dos bois é uma constante. Mas, desta vez, o entusiasmo e o alerta dos fabricantes - em parte, o evento em Brasília visou à conscientização do governo federal, em especial a Anatel - parecem justificados.

Diante do tempo cada vez menor na adoção de novas tecnologias a cada vez que uma aparece, as empresas estão preocupadas: se o Brasil demorar demais a licitar a frequência adequada para a 4G (a de 2,5GHz) podemos perder um tempo precioso. As previsões mais otimistas no evento eram que essa licitação só ocorreria daqui a três anos. E isso atrasaria todo o resto, impedindo que os aparelhos 4G funcionem no país.

Sem entrar em tecnologês, o resumo da questão é o seguinte: como a indústria está de acordo em relação ao LTE, ele tem tudo para virar uma tecnologia de massa mundial e, assim, baratear rapidamente. Por isso seria importante o Brasil entrar logo na corrida.

- Perdemos um tempo enorme até chegar à terceira geração, e não queremos perdê-lo de novo - disse Mário Baumgarten, diretor de relações corporativas da Nokia-Siemens Networks para a América Latina.

A empresa, aliás, montou uma demonstração da tecnologia, exibindo downloads velocíssimos em dois notebooks e comparando a conexão com outras redes.

Os representantes do governo no evento se mostraram reticentes. O secretário de telecomunicações do Ministério das Comunicações, Roberto Pinto Martins, apesar de reconhecer que o grande potencial da 4G, defendeu que o governo e as agências devem ser neutros tecnologicamente.

Para Gustavo Jaramilo, diretor de tecnologia da Nokia Brasil, o mais importante é jamais se esquecer de nós, simples usuários.

- A experiência deles tem que ser a melhor e a mais barata possível.

Sony poderá desenvolver terminal com funcionalidades do PlayStation

TELECOM - WEB - 29/06/09
Aparelho deverá ser produzido pela Sony Ericsson para dar mais competitividade à empresa

A empresa japonesa Sony está planejando o desenvolvimento de um terminal móvel baseado na plataforma Play Station que irá combinar os serviços de telefonia com as funcionalidades do jogo portátil, um dos seus produtos mais populares. Segundo a Reuters, a empresa poderá destacar um grupo de projetos para dar início aos estudos já no próximo mês. O aparelho deverá ser produzido pela Sony Ericsson, joint venture onde a empresa tem participação.

O desenvolvimento desse produto está sendo visto pelo mercado como a melhor forma de competição com o iPhone, da Apple. A Sony já havia mostrado grande integração entre as unidades de telefonia móvel e jogos no mês passado com o lançamento do novo aparelho da Sony Ericsson, que recebeu o nome de Aino. O terminal usa um sistema chamado Remote Play, incicialmente desenvolvido para a Playstation Portable (PSP), que permite aos usuários o controle e o acesso a conteúdos de mídia do PlayStation3 pelo telefone.

A maior cooperação entre a Sony e a Sony Ericsson foi bem recebida pelos analistas, com possibilidade de os desenvolvimentos em andamento ajudarem a perfomance da joint venture. Também há rumores de que a Sony poderia comprar em breve a participação da Ericsson na empresa. De acordo com o Gartner, a Sony Ericsson caiu para a quinta posição em termos globais no primeiro trimestre de 2009, caindo de 7,5% de market share no período anterior para 5,4%.

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