Banda Larga via rede elétrica: Copel diz que regulamento enterra oferta do serviço
CONVERGÊNCIA DIGITAL - WEB - 31/08/09 |
Luís Osvaldo Grossmann
Pioneira no uso do PLC (Power Line Communications) no Brasil e a mais adiantada no uso da tecnologia para levar o serviço de acesso à Internet aos consumidores de energia elétrica, a Copel (Companhia Paranaense de Energia) freou o projeto de fornecer internet banda larga aos clientes. O motivo: as regras definidas pela Aneel que obrigam as distribuidoras a oferecer o compartilhamento da rede a terceiros.
O regulamento, aprovado na semana passada pela Agência Nacional de Energia Elétrica, atingiu em cheio os planos da distribuidora de prover acesso à web através de uma subsidiária, a Copel Telecomunicações. É que, pela resolução da Aneel, as distribuidoras precisam oferecer publicamente o "aluguel" da rede e devem aceitar a melhor proposta.
"No mundo inteiro, quem usa PLC é uma empresa ligada à distribuidora de energia. Todo o planejamento, a engenharia, a operação e manutenção da rede tem que ser integrados, algo impossível com uma empresa não associada", reclama o coordenador de PLC da Copel, Orlando Cesar Oliveira.
"Além disso, a regra permite que uma grande empresa de telecom, que tem muito mais recursos e é mais ágil, apresente um lance vencedor, mesmo que depois utilize apenas 1% da rede e engavete o resto", complementa.
As regras parecem mais adequadas ao modelo de negócios da Eletropaulo Telecom, que não tem interesse em oferecer acesso à internet aos consumidores. A empresa testa o sistema desde 2007 em três bairros paulistanos - Cerqueira César, Moema e Pinheiros - e já investiu R$ 20 milhões, mas o foco é no compartilhamento da rede.
"Vamos oferecer as soluções para os nossos clientes, as operadoras e prestadoras de serviços de telecomunicações, para que elas sim cheguem até o usuário final", diz a gerente geral, Teresa Vernaglia.
Já a Copel começou a testar o sistema ainda em 2001, em 50 domicílios de Curitiba. Mais recentemente, iniciou um projeto-piloto em Santo Antônio da Platina, com 300 casas conectadas gratuitamente - com acessos de até 20 Mbps.
A empresa esperava a regulamentação do PLC para começar uma exploração comercial em até 10 mil lares e, com essa experiência - inclusive para modelar custos e preços - partiria para um plano de negócios de US$ 400 milhões, necessários para conectar um terço do estado.
"O regulamento afasta o uso do PLC como negócio. A Aneel foi influenciada pela Anatel e piorou a regulação depois da consulta pública, de forma a não perturbar as teles", lamenta Oliveira, da Copel.
" Conseguiram enterrar uma oportunidade para o país, o centésimo no mundo em acesso à internet. Dependemos, agora, de uma decisão da distribuição. Mas você acha que a Copel vai se meter num investimento de US$ 400 milhões para entregar para quem já é monopolista?", conclui o coordenador do projeto na distribuidora de energia do Paraná.
Pioneira no uso do PLC (Power Line Communications) no Brasil e a mais adiantada no uso da tecnologia para levar o serviço de acesso à Internet aos consumidores de energia elétrica, a Copel (Companhia Paranaense de Energia) freou o projeto de fornecer internet banda larga aos clientes. O motivo: as regras definidas pela Aneel que obrigam as distribuidoras a oferecer o compartilhamento da rede a terceiros.
O regulamento, aprovado na semana passada pela Agência Nacional de Energia Elétrica, atingiu em cheio os planos da distribuidora de prover acesso à web através de uma subsidiária, a Copel Telecomunicações. É que, pela resolução da Aneel, as distribuidoras precisam oferecer publicamente o "aluguel" da rede e devem aceitar a melhor proposta.
"No mundo inteiro, quem usa PLC é uma empresa ligada à distribuidora de energia. Todo o planejamento, a engenharia, a operação e manutenção da rede tem que ser integrados, algo impossível com uma empresa não associada", reclama o coordenador de PLC da Copel, Orlando Cesar Oliveira.
"Além disso, a regra permite que uma grande empresa de telecom, que tem muito mais recursos e é mais ágil, apresente um lance vencedor, mesmo que depois utilize apenas 1% da rede e engavete o resto", complementa.
As regras parecem mais adequadas ao modelo de negócios da Eletropaulo Telecom, que não tem interesse em oferecer acesso à internet aos consumidores. A empresa testa o sistema desde 2007 em três bairros paulistanos - Cerqueira César, Moema e Pinheiros - e já investiu R$ 20 milhões, mas o foco é no compartilhamento da rede.
"Vamos oferecer as soluções para os nossos clientes, as operadoras e prestadoras de serviços de telecomunicações, para que elas sim cheguem até o usuário final", diz a gerente geral, Teresa Vernaglia.
Já a Copel começou a testar o sistema ainda em 2001, em 50 domicílios de Curitiba. Mais recentemente, iniciou um projeto-piloto em Santo Antônio da Platina, com 300 casas conectadas gratuitamente - com acessos de até 20 Mbps.
A empresa esperava a regulamentação do PLC para começar uma exploração comercial em até 10 mil lares e, com essa experiência - inclusive para modelar custos e preços - partiria para um plano de negócios de US$ 400 milhões, necessários para conectar um terço do estado.
"O regulamento afasta o uso do PLC como negócio. A Aneel foi influenciada pela Anatel e piorou a regulação depois da consulta pública, de forma a não perturbar as teles", lamenta Oliveira, da Copel.
" Conseguiram enterrar uma oportunidade para o país, o centésimo no mundo em acesso à internet. Dependemos, agora, de uma decisão da distribuição. Mas você acha que a Copel vai se meter num investimento de US$ 400 milhões para entregar para quem já é monopolista?", conclui o coordenador do projeto na distribuidora de energia do Paraná.
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