04 setembro 2009

Administradores vão manter papéis da GVT


VALOR ECONÔMICO - EU & S.A - SÃO PAULO - 03/09/09 - Pg. D3

Fernando Torres* e Talita Moreira, de São Paulo

Após ver as ações caírem quase 10% desde o anúncio da oferta pública secundária de papéis, a empresa de telefonia GVT divulgou alterações na operação. A principal mudança é que a Swarth Management, controlada pelo presidente do conselho de administração, Shaul Shani, não atuará mais como acionista vendedora.

A mensagem por trás desse movimento é que os administradores da GVT não vão vender seus papéis - ou, pelo menos, não a totalidade deles. Por meio da Swarth Management, integrantes da diretoria da operadora detêm ações da empresa. Com isso, os executivos da GVT sinalizam, nas entrelinhas, que há potencial de valorização para a companhia. "Os administradores mostram que não estão indo embora, que não estão desistindo do investimento", diz um analista que pediu para não ser identificado.

Desde o anúncio da oferta secundária (de ações já existentes), em 19 de agosto, os papéis da GVT sofreram na bolsa porque os investidores interpretaram o movimento como sinalização dos controladores de que as ações estariam no preço máximo. Além disso, a leitura feita pelo mercado foi que a perspectiva de venda do controle acionário - que sempre rondou a GVT - estaria distante.

O prospecto preliminar da oferta apontava que a Swarth Management exerceria opção de compra de 3,6 milhões de ações e venderia esses mesmos papéis caso fosse colocado o lote suplementar.

Com o ajuste divulgado, a oferta básica passa a ter 21 milhões de ações (e não mais 24 milhões), sendo que o lote suplementar será de 3,15 milhões (15%). Permanecem como vendedores os acionistas Global Village Telecom, Swarth Investments e Swarth Investments Holding. Eles também serão os vendedores em caso de colocação do lote suplementar.

Outra alteração foi o aumento do período de restrição de venda por parte dos acionistas vendedores, que subiu de 90 dias para 180 dias. A Swarth também respeitará o prazo.

Tanto o grupo Swarth como a Global Village Telecom permanecerão com mais de 5% do capital da GVT após a oferta. Segundo a operadora, isso garante que não haverá mudança de controle nos termos previstos pela Agência Nacional de Telecomunicações.

Na véspera do anúncio da oferta, as ações da GVT estavam cotadas a R$ 37. Ontem, fecharam estáveis, a R$ 33,40. Com base nesse último preço, a oferta poderá movimentar R$ 806 milhões, incluindo o lote suplementar.

A GVT chegou ao Novo Mercado da Bovespa em fevereiro de 2007, com uma oferta primária de ações que movimentou R$ 1,1 bilhão. (*Do Valor Online)

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