TIM volta-se para os pequenos negócios
VALOR ECONÔMICO - EMPRESAS - SÃO PAULO - 08/06/09 - Pg. B2
A criação de uma área específica para atendimento a pequenas e médias empresas pode tornar a meta da TIM de conquistar 1 milhão de clientes pós-pagos neste ano um desafio um pouco menos difícil. Queremos ser a opção em telefonia fixa, móvel e internet para esse segmento , diz Rogério Takayanagi, diretor de marketing da operadora.
O movimento faz parte do processo de reestruturação da operadora para recuperar o espaço perdido em 2008. Em setembro, a Claro ultrapassou a TIM em número de linhas ativadas, passando a ocupar a segunda colocação no ranking da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).
Agora, para ajudar na retomada, a TIM desmembrou a área de atendimento ao mercado de empresas. Foram criadas duas equipes de atendimento: uma dedicada a grandes contas (batizada de Top Clients) e outra às companhias de menor porte (TIM Business). Para o extrato mais alto, o atendimento tem um perfil consultivo, com criação de ofertas caso a caso. Para as empresas menores, a proposta é oferecer produtos de prateleira .
As pequenas, médias e microempresas entraram no foco da TIM, diz Takayanagi, porque apesar de representarem mais de 98% dos negócios no país ainda não contam com produtos dirigidos a suas necessidades.
Para reforçar a presença no segmento, a TIM criou pacotes cujos grandes atrativos são o preço e a integração dos celulares com os telefones fixos - área em que a TIM começou a atuar em 2007. Uma das ofertas tem preço inicial de R$ 24 por 200 minutos de telefonia fixa. Em outro pacote, é possível fazer ligações de graça para telefones fixos e móveis.
O resultado fraco obtido em 2008 levou a operadora a colocar em prática uma série de mudanças internas, além de modificar sua comunicação com o mercado. Além de nomear um novo presidente, o italiano Luca Luciani, a TIM procurou redução de custos e cortou em 30% o número de diretores de primeira linha. Temos uma estrutura organizacional bem mais leve que no ano passado, e isso nos dará agilidade para trabalhar as novas ofertas para o mercado corporativo , diz Takayanagi.
A TIM saiu na frente no mercado empresarial por ser a única empresa com cobertura em todos os Estados e contar com a tecnologia GSM antes das rivais. À medida que as outras operadoras completaram suas redes e adotaram o padrão, no entanto, ela perdeu competitividade. Agora, para recuperar-se, a tarefa de fortalecer os contratos empresariais ganhou destaque na companhia.
Recentemente, Luciani reforçou as estimativas da TIM de atingir faturamento líquido de R$ 14,4 bilhões em 2009, o que significa elevar a receita para R$ 3,8 bilhões em média por trimestre até o fim do ano. Segundo a Anatel, a TIM contava com 36,4 milhões de linhas ativas em abril.
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