10 junho 2009

Competição entre operadoras é aposta da Amdocs para reforçar presença no Brasil


VALOR ECONÔMICO - EMPRESAS - SÃO PAULO - 09/06/09 - Pg. B3
Patrick McGrory está animado com o aumento da competição entre as operadoras de telefonia no Brasil. Não que ele, morador de Nova York, tenha interesse em aderir a alguma promoção. O que atrai o executivo americano é a expectativa de que esse movimento possa render bons frutos à Amdocs, empresa que fornece software e serviços às teles.
Principal executivo da companhia na América Latina, McGrory avalia que a disputa entre as operadoras brasileiras começa a forçá-las a investir mais na prestação de serviços, numa tentativa de evitar a perda de assinantes para a concorrência.
É aí que McGrory enxerga oportunidades de negócios para a Amdocs. A empresa, de origem israelense, desenvolve software para aplicações diversas em telefonia - de programas para gerenciar a cobrança das contas até sistemas que permitem às operadoras fornecer conteúdo multimídia aos clientes.
O mercado brasileiro e o da América Latina de forma geral estão mudando para um novo patamar de sofisticação. Isso requer que as operadoras invistam mais na qualidade de seus serviços , afirma o executivo.
Essas transformações têm movimentado o centro de desenvolvimento que a Amdocs mantém em São Paulo, onde trabalham cerca de 150 pessoas. Quando chegou ao país, há dez anos, a companhia trouxe na bagagem seus produtos mais tradicionais - programas para tarifação e para ajudar as empresas no relacionamento com os clientes, os chamados CRM.
Desde então, muita coisa mudou no setor. Na telefonia fixa, o ritmo de vendas de linhas recuou e forçou as empresas a investirem pesadamente na banda larga. Na móvel, viu-se uma expansão incessante nas habilitações de celulares, que já somam quase 155 milhões de linhas. No meio desse processo, inovações tecnológicas criaram novas funções para os aparelhos móveis - que agora têm capacidade, por exemplo, para fazer e transmitir vídeos.
Segundo McGrory, as operadoras brasileiras têm procurado a Amdocs para implantar sistemas de cobrança e gestão mais eficientes e, ao mesmo tempo, estão em busca de serviços que as ajudem a tirar proveito das novas tecnologias digitais. Claro, TIM e Brasil Telecom (agora controlada pela Oi) são os principais clientes da empresa no país.
A transição pela qual passa o mercado brasileiro já foi acompanhada pela Amdocs em outros mercados e, de certa forma, evidencia um caminho que a própria empresa atravessou. Aprendemos muitas lições em outros países , observa McGrory.
Fundada em 1982, a Amdocs ganhou corpo na década seguinte fornecendo software de cobrança para os anúncios exibidos nos sites da Yellow Pages (empresa de listas telefônicas). Hoje, a companhia aposta em programas voltados a tornar mais amigável a relação do consumidor com os serviços de telefonia - desde ferramentas para simplificar a forma pela qual o cliente de uma operadora acessa um conteúdo multimídia até o momento em que ele precisa ligar para o call center.
Para se adaptar aos novos tempos, a companhia fez uma série de aquisições nos últimos anos. E mais compras estão em pauta. Brian Shepherd, presidente da divisão de interatividade, afirmou na semana passada que a Amdocs está interessada em empresas que prestem serviços a operadoras de TV a cabo e de satélite - segmentos que, segundo ele, atravessam a recessão de maneira relativamente saudável .
A Amdocs fechou o primeiro trimestre com lucro líquido de US$ 80,6 milhões e receita líquida de US$ 711,1 milhões. Os dois indicadores recuaram na comparação com o mesmo período de 2008 por causa da crise econômica. (Com Bloomberg, de Washington)

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