30 junho 2009

TIM volta-se para os pequenos negócios

 
VALOR ECONÔMICO - EMPRESAS - SÃO PAULO - 08/06/09 - Pg. B2
 
A criação de uma área específica para atendimento a pequenas e médias empresas pode tornar a meta da TIM de conquistar 1 milhão de clientes pós-pagos neste ano um desafio um pouco menos difícil. Queremos ser a opção em telefonia fixa, móvel e internet para esse segmento , diz Rogério Takayanagi, diretor de marketing da operadora.
 
O movimento faz parte do processo de reestruturação da operadora para recuperar o espaço perdido em 2008. Em setembro, a Claro ultrapassou a TIM em número de linhas ativadas, passando a ocupar a segunda colocação no ranking da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).
 
Agora, para ajudar na retomada, a TIM desmembrou a área de atendimento ao mercado de empresas. Foram criadas duas equipes de atendimento: uma dedicada a grandes contas (batizada de Top Clients) e outra às companhias de menor porte (TIM Business). Para o extrato mais alto, o atendimento tem um perfil consultivo, com criação de ofertas caso a caso. Para as empresas menores, a proposta é oferecer produtos de prateleira .
 
As pequenas, médias e microempresas entraram no foco da TIM, diz Takayanagi, porque apesar de representarem mais de 98% dos negócios no país ainda não contam com produtos dirigidos a suas necessidades.
 
Para reforçar a presença no segmento, a TIM criou pacotes cujos grandes atrativos são o preço e a integração dos celulares com os telefones fixos - área em que a TIM começou a atuar em 2007. Uma das ofertas tem preço inicial de R$ 24 por 200 minutos de telefonia fixa. Em outro pacote, é possível fazer ligações de graça para telefones fixos e móveis.
 
O resultado fraco obtido em 2008 levou a operadora a colocar em prática uma série de mudanças internas, além de modificar sua comunicação com o mercado. Além de nomear um novo presidente, o italiano Luca Luciani, a TIM procurou redução de custos e cortou em 30% o número de diretores de primeira linha. Temos uma estrutura organizacional bem mais leve que no ano passado, e isso nos dará agilidade para trabalhar as novas ofertas para o mercado corporativo , diz Takayanagi.
 
A TIM saiu na frente no mercado empresarial por ser a única empresa com cobertura em todos os Estados e contar com a tecnologia GSM antes das rivais. À medida que as outras operadoras completaram suas redes e adotaram o padrão, no entanto, ela perdeu competitividade. Agora, para recuperar-se, a tarefa de fortalecer os contratos empresariais ganhou destaque na companhia.
 
Recentemente, Luciani reforçou as estimativas da TIM de atingir faturamento líquido de R$ 14,4 bilhões em 2009, o que significa elevar a receita para R$ 3,8 bilhões em média por trimestre até o fim do ano. Segundo a Anatel, a TIM contava com 36,4 milhões de linhas ativas em abril.
 
 

25 junho 2009

Crise leva fornecedores de software a adotar modelo SaaS

TI INSIDE - WEB - 22/06/09
Os negócios das empresas de tecnologia continuam sendo afetados pela crise financeira mundial. O desdobramento imediato desse cenário é que grandes fornecedores como Oracle, HP e SAP estão sendo forçados cada vez mais a adotar o modelo de venda de software pela internet para tentar reverter a queda nos lucros, segundo informações do The Wall Street Journal.
A venda dos programas pela web representa uma economia de cerca de 25% para as empresas, segundo analistas ouvidos pelo jornal americano. O software é administrado por um servidor que fica dentro da empresa e que pode ser acessado pela internet.
Empresas como a Oracle e outras gigantes do setor vinham evitando essa modalidade de venda por ser menos lucrativa e por medo de canibalizar o modelo tradicional. Outro receio dos fornecedores é ter de absorver os custos de hardware, que normalmente são repassados para os clientes.
O CEO da Oracle, Larry Ellison, declarou, em setembro do ano passado, que as empresas de tecnologia ainda não tinham descoberto uma forma de ganhar dinheiro com as vendas on-line de software, mas a companhia, atualmente, já oferece mais de dez programas nessa modalidade.
A SAP, por sua vez, declarou que vai lançar até o fim deste ano uma ferramenta de vendas on-line, enquanto a HP anunciou que a maioria de seus software serão vendidos pela internet.
De acordo com Joanne Cummins, analista da empresa americana de impressões Standard Register, o maior responsável por essa transição é o consumidor. Ela defende que essa modalidade de venda de software diminui bastante os custos para o fornecedor, portanto, os preços para os compradores também são menores. Ela diz que já planeja trocar o modelo tradicional da Oracle pela venda on-line, pois não quer mais ter que arcar com os custos de manutenção de hardware e nem comprar atualizações do software periodicamente.
Mundialmente, estima-se que as vendas de software pela internet representem apenas US$ 9,5 bilhões dos US$ 284 bilhões que as empresas irão gastar com software neste ano, de acordo com a IDC, que prevê, no entanto, que as vendas on-line de software devem crescer mais de 40% ao ano, na comparação com os 3,4% de crescimento das vendas mundiais de software.
Da Redação

Apple vende mais de 1 milhão de iPhone 3G S em três dias

TI INSIDE - WEB - 22/06/09
A Apple anunciou nesta segunda-feira, 22, que já vendeu mais de um milhão de unidades do seu novo iPhone 3G S no primeiro fim de semana de comercialização nos Estados Unidos. O desempenho contraria as previsões de que o novo modelo não conseguiria alcançar o mesmo sucesso de vendas do seu antecessor.

A fabricante ainda declarou que cerca de 6 milhões de pessoas já baixaram o novo sistema operacional iPhone 3.0 desde o seu lançamento, há cinco dias.
De acordo com Steve Jobs, CEO da Apple, os responsáveis por desmentir as previsões de vendas do novo smartphone da empresa são os consumidores. Para ele, este é um momento muito bom para o iPhone, e as mais de 50 mil aplicações disponíveis na App Store são as grandes responsáveis por esse sucesso.
O novo iPhone 3G S está sendo vendido pelo preço de US$ 299, nos Estados Unidos.
Da Redação

24 junho 2009

Sem Speedy, Telefônica pode perder até R$ 12 milhões.


TELESINTESE - WEB - 22/06/09
O mercado já começa a fazer as contas de qual será a perda para a Telefônica caso a empresa demore muito tempo para estabilizar sua rede e poder voltar a comercializar o serviço de banda larga, o Speedy, hoje proibido pela Anatel.

A perda de receitas não é muito grande. O pior é para a imagem da empresa , afirmou Jacqueline Lison, do banco Fator. Segundo ela, a operadora pode perder até R$ 12 milhões se ficar proibida de comercializar o serviço em três meses. Para chegar a esse valor, o banco projetou a adição líquida de usuários dos períodos anteriores e as mensalidades que deixarão de ser recolhidas em um trimestre.
Jacqueline salientou, no entanto, que o mercado não sabe o tempo que a empresa irá precisar para cumprir a cautelar da Anatel. Mas acredita que se for de apenas um mês, os concorrentes não terão tempo de traçar estratégia mais agressiva para ocupar o espaço da concessionária. A demanda por banda larga em São Paulo continua ainda muito aquecida e é difícil que alguma empresa consiga fazer mais , completou.
As ações da Telefônica fecharam em alta de 1,72, cotadas a R$ 44,25, enquanto as da Net subiram apenas 0,27%. É a lógica do mercado , ironizou um analista No total, o iBovespa teve queda de mais de 3%.

Idec constata que Telefônica continua comercializando o Speedy

TELESINTESE - WEB - 22/06/09
O Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) encaminhou hoje carta à Anatel cobrando sanções à Telefônica pelo descumprimento do despacho da agência, que determinou a suspensão das vendas de novas assinaturas do serviço de acesso à internet em banda larga da operadora, o Speedy. Segundo o Idec, seus técnicos constataram, em ligação feita nesta manhã à Telefônica, que a empresa continuava comercializando o serviço, em desrespeito ao despacho da agência.

A decisão da Anatel foi publicada hoje no Diário Oficial da União e determina que a empresa apresente, num prazo de 30 dias, um plano para garantir a disponibilidade do Speedy. A proibição tem caráter punitivo - a Telefônica vem enfrentando panes nos seus serviços de telefonia fixa e banda larga nos últimos 12 meses. De acordo com o Idec, além de manter as vendas do serviço banda larga, os atendentes da Telefônica não estão informando aos consumidores sobre a suspensão de novas vendas e seus motivos. Confira a gravação no site do Idec http://www.idec.org.br/

Para a advogada do Idec, Estela Waksberg Guerrini, sem a concorrência no setor, nenhuma medida será de fato eficaz para melhorar a qualidade e reduzir os preços . Por isso, o instituto defende medidas que a viabilizem a competição. (Da redação, com assessoria de imprensa)

Telefônica tenta reverter decisão da Anatel sobre Speedy

VALOR ECONÔMICO - TECNOLOGIA - SÃO PAULO - 23/06/09 - Pg. B3
Ignorando as determinações da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) de interromper a oferta de novas assinaturas, a Telefônica continuou vendendo normalmente o serviço de banda larga Speedy até a meia-noite de ontem, enquanto pedia ao governo e ao órgão regulador a suspensão imediata da medida. O presidente da operadora, Antônio Carlos Valente, disse que a paralisação das vendas pode comprometer a chegada do serviço a pelo menos 103 municípios paulistas até o fim do ano e levantou a possibilidade de demissão de todos os profissionais da cadeia de vendas - um universo de 20 mil trabalhadores em 130 empresas terceirizadas.
A Anatel determinou a interrupção das vendas após a sequência de panes no Speedy, desde julho do ano passado. Foi aplicada uma multa de R$ 15 milhões à Telefônica, que tem prazo de 30 dias para entregar à agência um plano de garantia da qualidade do serviço de banda larga.
A medida não atinge os atuais assinantes. Contrariado com as medidas, Valente se reuniu com o presidente da Anatel, Ronaldo Sardenberg, e com o ministro das Comunicações, Hélio Costa. Apesar de ter ido ao gabinete das duas mais importantes autoridades do setor e de ter passado o dia com seus principais auxiliares jurídicos, Valente disse que a Telefônica não se considerava formalmente notificada e somente hoje paralisaria a venda de assinaturas. Para a Anatel, a publicação no Diário Oficial da União era suficiente.
Em entrevista, Valente comentou que ainda não havia tomado conhecimento do conteúdo de vários documentos que sustentavam a aplicação da medida. Ele disse que pediu o efeito suspensivo da decisão porque as quatro panes registradas não tiveram conexão entre si . A gente não acha justo, sem uma relação de causa e efeito, penalizar os nossos clientes , disse.
Na tarde de ontem, o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) encaminhou uma carta à Anatel cobrando as sanções à Telefônica pelo descumprimento do despacho da agência. A notificação foi clara e sem margens para dúvidas, a Anatel tem que fazer valer o que foi decidido , diz Estela Guerrini, advogada do Idec.
À noite, a Telefônica distribuiu comunicado informando que tomaria as medidas necessárias para suspender temporariamente a comercialização do Speedy. A operadora disse que não paralisou as vendas antes porque só foi notificada formalmente às 18h, por um funcionário da Anatel, do teor integral do despacho, sem, no entanto, ter tido acesso aos demais documentos .
Valente, que ocupou a vice-presidência da Anatel entre 2001 e 2004, não descartou a hipótese de demissões nas empresas que prestam serviços à Telefônica. Questionado se a declaração representava uma ameaça ao governo e à agência reguladora, o executivo afirmou: Isso não é nenhuma ameaça. É uma maneira totalmente transparente de tratar a questão . Embora a Anatel tenha fixado um prazo de 30 dias para a apresentação de um plano, ele acrescentou que a determinação de novas medidas pode tomar muito mais tempo e isso pode acarretar demissões. Não sabemos quais as medidas necessárias e, consequentemente, não temos cronograma.
O argumento surtiu efeito no governo. Poucos minutos depois das declarações de Valente, o ministro das Comunicações cogitou uma flexibilização das determinações da Anatel. A minha preocupação é que a paralisação das vendas do principal produto prejudique não só a empresa, mas todo um procedimento industrial , afirmou Costa. Tem que se levar em conta essa sequência de problemas criados na cadeia de serviços.
À primeira vista, as panes registradas não parecem indicar falta de investimentos pela Telefônica, avaliou Costa. O ministro lembrou o crescimento não apenas dos usuários de banda larga, mas da oferta de conteúdo pela internet, o que pode ter relação com a qualidade do serviço. Mas estranhou o fato de que isso não está acontecendo com outras empresas . Por que só com a Telefônica? , questionou Costa, dizendo que conversaria com Ronaldo Sardenberg.
Valente desvinculou as panes de qualquer defasagem nos investimentos da empresa. Segundo ele, a Telefônica aplicou R$ 500 milhões no desenvolvimento de suas redes de dados em 2008 e deverá aumentar esse valor para R$ 750 milhões neste ano. A expansão da rede acontece todos os dias , disse o executivo, que lembrou o crescimento do tráfego na internet: o aumento foi de duas vezes e meia entre 2003 e 2005. Desde 2006, voltou a duplicar, segundo ele.
De acordo com Valente, a primeira das quatro panes - em 3 de julho de 2008 - teve origem na falha combinada de equipamentos e sistemas nas centrais de Campinas e de Sorocaba. Em 25 de fevereiro de 2009, o problema foi causado por um incêndio acidental no centro de dados em Alphaville. Na segunda semana de abril, a Telefônica sofreu ataques de hackers . Em maio, os problemas reapareceram e foram atribuídos a falhas de procedimentos internos .
O presidente da Telefônica disse que a medida da Anatel afetará especialmente os municípios sem nenhuma operadora concorrente. É o caso de 40% das localidades atendidas pela empresa. Segundo ele, são cerca de 100 mil vendas novas por mês e a multinacional espanhola tinha planos de chegar a mais 91 municípios paulistas até 30 de julho e a outros 103 até o fim de dezembro. A segunda meta fica comprometida se a decisão da agência não cair, disse Valente.
Essa expansão tem a ver não apenas com os planos corporativos, mas também com a obrigação de levar backhaul - infraestrutura de banda larga - a escolas e sedes de pequenos municípios. Essa obrigação foi assumida pelas operadoras no ano passado, em troca da imposição contratual de abrir postos de serviço telefônico em suas áreas de atuação. (Colaborou André Borges)

Para especialistas, maior desafio será gerenciar imagem arranhada

VALOR ECONÔMICO - TECNOLOGIA - SÃO PAULO - 23/06/09 - Pg. B3

A paralisação das vendas do Speed pode até não acarretar, no curto prazo, grandes prejuízos financeiros para a Telefônica. Em março deste ano, o Speedy somava 2,65 milhões de assinantes, um crescimento de 23,6% na comparação anual. Nos 12 meses, foram vendidos 490,8 mil contratos do serviço, uma média de 41 mil novas assinaturas por mês.


No primeiro trimestre do ano, período em que a Telefônica já enfrentava uma série de reclamações sobre o Speedy, o faturamento com a transmissão de dados atingiu R$ 1,05 bilhão, alta de 20,9% sobre os R$ 870,6 milhões do mesmo período de 2008. Em seu relatório financeiro, a operadora destacou o crescimento no segmento residencial, através da oferta de internet com as marcas Speedy e Ajato .

Manter essas marcas no topo, porém, se transforma em um desafio cada vez maior, comenta Jaime Troiano, diretor da Troiano Consultoria de Marca. Essa sucessão de problemas é grave porque a Telefônica e o Speedy são marcas relativamente novas no país, em fase de consolidação , diz Troiano. Não serão ações de comunicação que resolverão os problemas, não há marca forte que resista a um produto de qualidade discutível.

Os analistas de marcas também chamam a atenção para o perfil dos usuários do Speedy, clientes que, em grande parte, são formadores de opinião.

Desde julho do ano passado, a infraestrutura da Telefônica sofreu quatro panes. Com exceção da mais recente, há duas semanas, todas causaram interrupções nas conexões de banda larga. Na semana passada, o Speedy voltou a ser alvo de reclamações, mas a operadora negou a ocorrência de problemas.

Os clientes não podem ficar reféns da impunidade da Telefônica , diz Maria Inês Dolci, coordenadora da organização Pro Teste. Na avaliação da instituição, a decisão da Anatel demorou a ser tomada. A empresa vendeu mais do que a sua capacidade atendia e procurou maximizar o lucro em vez de investir nos clientes , afirma.

A Pro Teste pede na Justiça paulista a anulação da cobrança da taxa de assinatura básica para todos os 11 milhões de clientes da Telefônica em São Paulo por conta da pane na telefonia fixa ocorrida neste mês. Nas contas da Pro Teste, a operadora arrecada R$ 313,7 milhões por mês com a assinatura básica.

Em janeiro, o Ministério Público de São Paulo entrou com uma ação contra a Telefônica pedindo o ressarcimento a danos materiais e morais causados a milhões de consumidores nos últimos cinco anos diante da má qualidade dos serviços prestados . Os promotores pedem uma indenização de R$ 1 bilhão, o equivalente a cerca de 10% do faturamento da operadora nos últimos cinco anos. O processo está parado no Tribunal de Justiça de São Paulo, aguardando a apresentação da defesa da operadora.
Em relatório, a analista Jacqueline Lison, do Banco Fator, considera que a decisão da Anatel aumenta o desgaste da Telefônica. As falhas do Speedy já prejudicavam a imagem da empresa e a proibição piora ainda mais este ambiente , escreveu. Segundo cálculos da analista, a operadora deixaria de ganhar R$ 12 milhões por trimestre com a paralisação das vendas do Speedy. Alex Pardellas, do Banco Banif, também vê como negativa a decisão da Anatel, mas minimiza o impacto nas finanças da companhia. É ruim para a imagem da empresa, mas na geração de caixa não afeta muito , diz.

Ericsson já licencia tecnologia LTE

INFO ONLINE - WEB - 22/06/09

A Ericsson assinou seu primeiro contrato de licenciamento de patentes da tecnologia LTE.

Gustav Brismark, vice-presidente de estratégia de patentes da companhia, afirmou que a Ericsson mantinha cerca de 80 acordos de patentes similares relacionados com tecnologias de redes móveis, como GSM e WCDMA.

Os primeiros contratos relacionados com a LTE foram fechados e, provavelmente, todos os outros acordos semelhantes serão renegociados para incluir a LTE , declarou Brismark.

A LTE ou Long Term Evolution é uma nova tecnologia de redes móveis de alta velocidade, que visa aumentar a capacidade das redes para lidarem melhor com o crescente tráfego de dados.

A companhia sueca investe pesado em pesquisa e desenvolvimento e licenciar patentes é uma das formas de capitalizar esses investimentos.

Sua operadora o desrespeita? Dê-lhe o troco


O ESTADO DE S. PAULO - ECONOMIA - SÃO PAULO - 21/06/09 - Pg. B16

Longe de ser mera provocação, o título acima é um dos remédios mais eficazes que proponho para corrigir os problemas dos call centers brasileiros - hoje principais responsáveis pela destruição da imagem da maioria das operadoras de telefonia, de TV por assinatura, companhias aéreas, empresas de cartões de crédito ou de serviços de saúde.

Sim, leitor, como clientes, eu e você podemos contribuir para a melhoria dos padrões de relacionamento entre empresas de serviço e seus clientes da forma mais simples e direta. Como? Punindo-as. Se sua operadora - de telefonia, TV por assinatura, cartão de crédito ou seguro saúde - não o respeita e o maltrata reiteradamente, seja implacável, mude para uma melhor. Ou menos ruim.

Insensíveis, irritantemente lentos e burocratizados, os centros de atendimento se transformaram em verdadeiros centros de tortura para o cliente. As exceções justificam a regra. Se milhares de clientes se dispuserem a repudiar o mau tratamento, não tenha dúvida, os call centers mudarão e se transformarão em verdadeiros serviços de apoio ao cliente (SAC), cordiais e eficientes.

Nesse cenário, é injusto culpar apenas os funcionários pelo inferno em que se transformou o velho call center, quase sempre operado por atendentes de baixa escolaridade, mal pagos, mal treinados, hiperestressados, sem perspectivas de carreira e sem qualquer razão para gostar de seu trabalho. Tanto quanto nós, eles são vítimas dessa estrutura desumana e irracional.

São três os maiores responsáveis pela degradação progressiva do call center: 1) a atitude passiva e conformista dos dirigentes das empresas de serviço; 2) a pressão dos acionistas por lucros sempre maiores; e 3) a metodologia e as rotinas irracionais nos call centers que levam o funcionário a fazer perguntas idiotas e a impor esperas intoleráveis à maioria dos clientes.

Os piores resultados decorrem de decisões empresariais equivocadas, como substituir pessoas bem treinadas por máquinas automáticas de ponta a ponta. Ou baixar o nível de escolaridade visando exclusivamente à redução de custos. Ou ainda cortar os investimentos no relacionamento com clientes, porque é assim que o mercado faz . No entanto, por mais absurdo que pareça, leitor, tudo isso ainda prevalece como filosofia gerencial em muitas empresas. Eis aí porque o call center se tornou o grande vilão no relacionamento entre empresas e clientes, com um turnover de empregados superior a 80% ao ano.

Respeito antes de tudo

Numerosas pesquisas demonstram que para 77% dos clientes a qualidade do atendimento é o fator que mais pesa na fidelização do cliente, muito mais do que o preço, que a qualidade ou que a tecnologia empregada. A maioria esmagadora dos cidadãos quer, antes de mais nada, ser respeitada, como clientes - de serviços de telefonia, de hotéis, empresas aéreas, planos de saúde, TV por assinatura, cartões de crédito ou serviços públicos. Poucas empresas, no entanto, parecem convencer-se de que o bom tratamento e o respeito ao consumidor são fatores decisivos tanto para a conquista do cliente como para sua manutenção por longos anos, e que a redução de investimentos nas áreas de relacionamento com a clientela é a decisão mais contraproducente que uma empresa pode tomar.

Sim, é possível

Reagindo corajosamente contra a degradação do call center, algumas operadoras de celular europeias e asiáticas decidiram fazer o que poderia ser chamado de revolução do atendimento. Os resultados dessa quebra de paradigma começam a surgir em alguns call centers modelares, como os da inglesa Vodafone ou das japonesas NTT DoCoMo e KDDI.

O melhor exemplo europeu talvez seja a experiência da Iliad, pequena operadora francesa de telefonia fixa do Grupo Free, que está revolucionando o mercado e crescendo rapidamente com melhores serviços e preços muito mais baixos. Empresas inovadoras como essas estão descobrindo a importância estratégica de um bom call center. Por isso, além da melhor tecnologia, elas investem pesadamente na elevação dos padrões de qualidade do atendimento ao cliente, inclusive trazendo de volta as lojas de atendimento pessoal, face a face - eliminadas nos últimos anos pelo atendimento à distância.
Se eu tivesse que citar apenas um centro de atendimento que considero modelar, no Brasil, não teria a menor dúvida em apontar o call center dos Laboratórios Fleury. Após ouvir o testemunho de seus clientes e testar pessoalmente esse serviço, pude comprovar seu padrão de qualidade, cortesia e eficiência.
Qual é a receita de sucesso desses bons centros de atendimento, no Brasil e no mundo? É a mais simples possível e se resume em coisas tão óbvias como melhor recrutamento, o maior nível de escolaridade possível para todas as atendentes, melhor treinamento, melhores salários e a melhor tecnologia tanto na operação do call center quanto nas comunicações com o cliente. Não é surpresa, portanto, que o retorno desses investimentos compense largamente tudo que se aplica na qualidade do atendimento.

23 junho 2009

Patentes de WIMAX

A Open Patent Alliance publicou uma chamada de patentes, num esforço de elaborar um pool de patentes de WiMAX. A Via Licensing Corp. será o administrador. A própria Via tentou e falhou na tentativa de elaborar um pool de patentes há 18 meses. O novo esforço deve ser mais bem sucedido já que é suportado pelos membros da aliança - Acer, Alcatel-Lucent, Alvarion, Cisco Systems, Clearwire, Huawei, Intel e Samsung - todos fortemente interessados em levar a iniciativa adiante.


A OPA espera que este pool de patentes torne mais fácil para as companhias licenciar a tecnologia e servir como referência no licenciamento do WiMAX em qualquer disputa relativa à propriedade intelectual. Três grupos já fizeram chamadas de patentes para a Long Term Evolution (LTE), a outra tecnologia de quarta geração e concorrente do WiMAX. A organização desta prospecção da LTE está a cargo dos grupos Sisvel of Europe, MPEG-LA e da própria Via.

"Conversamos com todos os três e eles concordaram que ter múltiplos pools para uma única tecnologia não é o ideal, mas nenhum deles quer oferecer esta oportunidade", disse o presidente da OPA, Yung Hahn, ao EE Times.
A criação e pools de patente tem beneficiado o estabelecimento de tecnologias, como do bem sucedido padrão MPEG. Isto encorajou outras organizações, como o próprio IEEE, a estabelecer conjuntos de patentes em torno das tecnologias de comunicações.
"Um pool faz sentido quando a tecnologia busca obter aceitação do mercado", disse Mike Mclean, VP da Semiconductor Insights, divisão do EE Times. Segfundo ele, isto "permite que novos entrantes caminhem com mais facilidade para licenciar patentes, o que se faz necessário para a prática da tecnologia. Mas, obviamente, é necessário também a realização de acordos com organizações fora do poll para reforçar as patentes em todo o ecossistema"
Os detalhes para submissão de patentes estão disponíveis no site da OPA.

Móvel


FOLHA DE S.PAULO - DINHEIRO - SÃO PAULO - 21/06/09 - Pg. B2

Mais de 1 milhão de assinantes aderiram ao modem 3G no mês de maio, resultando em 4,4 milhões de pessoas conectadas por meio do dispositivo móvel. O número representa cerca de 50% do mercado. Hoje o Brasil possui cerca de 10 milhões de usuários da tecnologia 3G HSPA. De abril a maio, o avanço do 3G foi de 100%, segundo a Anatel. O Brasil representa em média 56% de todos usuários de 3G da América Latina.



Nokia-Siemens compra unidade wireless da Nortel por US$ 650 mi

COMPUTERWORLD - WEB - 22/06/09

Por IDG News Services/Suécia

Estocolmo - O anúncio do acordo foi feito na última sexta-feira (20/06) e permitirá à Nokia aumentar sua presença no mercado CDMA na América do Norte.

A companhia de equipamentos de telefonia Nortel Networks informou na última sexta-feira (20/06) que vai vender os negócios wireless para a Nokia Siemens Networks. O negócio é avaliado em 650 milhões de dólares e a previsão é de avancem negociações para a aquisição de outras unidades.

A Nortel, que já foi uma das maiores fabricantes de equipamentos de telecomunicações do mundo, entrou com pedido de falência em janeiro passado, atribuindo à crise econômica a culpa pelo fracasso de seus esforços de recuperação que começaram em 2005.

A transação inclui os negócios CDMA da Nortel, que possui aproximadamente 30% de participação no mercado global CDMA. O acordo vai permitir que a Nokia Siemens aumente sua presença na América do Norte e transforme a empresa na principal fornecedora de produtos de infraestrutura wireless na região, de acordo com a companhia.

Nos últimos anos, a consolidação do setor de equipamentos de telecomunicações deixou apenas alguns poucos representantes globais, a exemplo da Ericsson, Huawei , Nokia Siemens e Alcatel-Lucent. Pelo acordo, cerca de 2.500 funcionários da Nortel podem continuar trabalhando para a empresa.

22 junho 2009

Receita mundial de serviços móveis crescerá 1,2% até 2014


TI INSIDE - WEB - 22/06/09
Apesar do agravamento da crise financeira, a receita mundial de serviços móveis crescerá 1,2% em média até 2014, o que representará uma perda de 0,5% em relação ao período anterior à crise, segundo estudo da ABI Research.
Mesmo sendo o país mais afetado pela recessão econômica mundial, os Estados Unidos terão um avanço de cerca de 8% na receita com serviços móveis até 2014, no pior dos cenários. Na Ásia/Pacífico, o que impulsionará a receita do setor são os pacotes de incentivo, que contribuirão para a desaceleração do ritmo de demissões na região.
Ainda assim, o diretor da consultoria, Dan Shey, alerta que as empresas do setor precisam melhorar seus serviços e buscar cada vez mais a personalização. Ele diz que os clientes corporativos também devem ser priorizados pelos fornecedores, já que serviços móveis são uma maneira de reduzir custos.
Da Redação

Para Abramulti, reativação da Telebrás trará benefícios à competição

TELESINTESE - WEB - 19/06/09
A disposição do governo em criar uma rede estatal de comunicação de dados por intermédio da Telebrás já conta com aliados. A Abramulti (Associação Brasileira dos Provedores de Internet e Operadores de Comunicação de Dados Multimídia) considera que a recriação da estatal poderá ser benéfica porque poderá representar um reequilíbrio das forças na competição no mercado de telecomunicações.
"A Telebrás poderá ser a única opção para que as empresas independentes de Telecom consigam comprar transporte de dados sem depender das grandes concessionárias nacionais, fora dos grandes centros", afirma o diretor de Assuntos Regulatórios da entidade, Manoel Santana Sobrinho. "Em contrapartida, estas mais de 1200 empresas independentes poderão ser a melhor opção para, em parceria com a Telebrás, garantirem a última milha nas cidades e atender aos órgãos de governo em condições mais satisfatórias, ou, em última análise, serem mais uma opção ao governo, pois estão presentes em mais de 4600 municípios", destaca.
A Abramulti já confirmou a participação de seu representante na audiência pública que a Comissão de Ciência e Tecnologia da Câmara promove na próxima terça-feira (23) para debater o assunto.
Para Santana Sobrinho, esta audiência não estaria em pauta "se legislação de telecomunicações atual tivesse sido cumprida pela Anatel e que o compartilhamento de infra-estrutura e a desagregação de redes, e a EILD (exploração industrial de linha dedicada) já tivessem sido implantados. Isto porque já teríamos garantida a competição no mercado e com uma evidente e elevada melhoria dos serviços, além da queda substancial dos preços", afirma. "O projeto de recriação da Telebrás deve ser debatido pela sociedade civil para se possa conhecer quais os reais objetivos da proposta defendida pelo governo federal. Esta audiência pública é um bom caminho para isso", disse.
O diretor da entidade ressalta também que esta reestruturação do setor a partir da Telebrás deverá passar pelas outorgas e licenças a serem concedidas tanto as empresas de STFC quanto aos outros serviços de telecomunicações. "Hoje a Anatel tem muito poder concentrado. É preciso reestruturar sim, mas não sabemos ainda se ao sair do espeto vamos cair na brasa. É necessário conhecer, primeiramente, as intenções do governo e qual o fundo desta reestruturação das agências proposta pelo governo, e não apenas para a Anatel, como para todas as demais agências", afirma Santana Sobrinho. (Da redação, com assessoria de imprensa)

Oi cresce e tira mercado das rivais

O ESTADO DE S. PAULO - NEGOCIOS - SÃO PAULO - 19/06/09 - Pg. B14
A Oi foi a empresa que mais cresceu no mercado de telefonia celular durante o mês passado, segundo dados divulgados ontem pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). A empresa ficou com 44% das adições líquidas de maio, que chegaram a 2,9 milhões. Houve um crescimento excepcional na região da Brasil Telecom , apontou Eduardo Tude, presidente da consultoria Teleco.

No mês passado, a Oi lançou sua marca na região da Brasil Telecom (BrT), operadora que comprou no ano passado. Em menos de um mês, a Oi vendeu mais de 600 mil chips na área da BrT. Na promoção de lançamento ofereceu créditos de até R$ 600 por mês para quem fizer recargas de R$ 1. Em março e abril, antes do lançamento da marca Oi, a empresa tinha perdido clientes na área da BrT.

Tude destacou que foi a primeira vez que uma empresa que não subsidia aparelhos, como a Oi, lidera a captação de clientes no mês de maio. O aparelho celular costuma ser um presente importante no Dia das Mães, o que beneficia outras operadoras, que dão desconto nos aparelhos em troca da assinatura de contratos de fidelidade.

O aumento de 2,9 milhões do total de assinantes em maio, alcançando 157,5 milhões, foi maior do que a verificada no mesmo mês de 2008, quando o mercado ganhou 2,8 milhões. Nos quatro meses anteriores, o crescimento havia sido menor que no ano passado. Apesar disso, o avanço da base de celulares este ano continua menor que em 2008. A Teleco estima para este ano um aumento de 25 milhões de celulares na base de assinantes. Em 2008, foram 30 milhões.

Além das promoções agressivas da Oi, o presidente da Teleco destacou o fato de a empresa ser a que tem menos participação de mercado entre as operadoras celulares com presença nacional (as outras são a Vivo, a Claro e a TIM). A tendência é que as quatro tenham participações muito próximas , acredita Tude. Segundo a Anatel, em maio, a Vivo tinha 29,4%, a Claro 25,5%, a TIM 23,6% e a Oi 21,1%.

A Oi ainda tem mercado para conquistar, seja na operação nova (São Paulo) ou na área da BrT , disse Luciana Leocadio, chefe de análise da Ativa Corretora. Segundo ela, o fato de a empresa ter se tornado recentemente uma companhia com presença nacional ainda não aparece nos resultados.

A segunda empresa que mais cresceu no mês foi a TIM, que ficou com 24% dos novos clientes. A Vivo ficou com 20% e a Claro com apenas 12%. Quanto à Claro, a redução de seu ritmo de crescimento parece estar ligada à maior competição promovida pela Oi, uma vez que o perfil de usuários (mais pré-pagos, low-end) das duas empresas é semelhante , escreveu ontem Luciana em seu relatório, sobre os dados divulgados pela Anatel.

A chefe de análise da Ativa Corretora disse que é preciso esperar os resultados das empresas no segundo trimestre para avaliar o impacto de suas estratégias comerciais. Consideramos o desempenho da TIM também positivo, em termos de conquista de clientes, porém ainda temos dúvidas quanto ao impacto da maior atividade comercial sobre os resultados da empresa, e preferimos aguardar o segundo trimestre para avaliarmos sua performance , escreveu. Ela considerou bom o fato de a Vivo ter conquistado mais clientes em maio que no mesmo mês de 2008, apesar de ter perdido participação no mercado.

A teledensidade brasileira chegou a 82,4 celulares por 100 habitantes. O Distrito Federal é onde se concentra o maior número de telefones móveis por habitante, com um índice de 149,1. O Rio está em segundo lugar, com 99,6, e o Mato Grosso do Sul em terceiro, com 98,4.

Números

44% dos novos clientes de telefonia celular foram para a Oi em maio

2,9 milhões de acessos foram adicionados a base de telefones móveis no País

157,5 milhões foi o total de celulares em todo o Brasil no mês passado

24% dos novos clientes de telefonia celular ficaram com a TIM

20% ficaram com a Vivo no mês passado

21 junho 2009

Pagamento móvel impulsiona bancarização

CONVERGÊNCIA DIGITAL - WEB - 29/05/09

Para quem ainda desacredita da possibilidade de o dispostivo móvel (celular) vir a ser uma ferramenta de pagamento, o Gartner divulgou um estudo no qual revela que o uso do pagamento móvel (m-payment) crescerá 70.4% em 12 meses, passando de 43,1 milhões, em 2008 para 73,4 milhões este ano.

Daqui a quatro anos, o serviço será utilizado por pouco mais de 3% do total de assinantes móveis no mundo - algo em torno de 190 milhões de usuários. Sandy Shen, diretora de pesquisa do Gartner, o mercado de pagamento via celular (m-payment) começou a ganhar robustez no ano passado, a partir do lançamento de serviços de transferência de dinheiro em diversos países. Mas o modelo ainda precisa ser aperfeiçoado com uma adesão maior dos serviços financeiros.

A consultoria, é bom observar, define pagamento via celular o produto que usa a tecnologia móvel como SMS, WAP, USSD( Unstructured Supplementary Service Data, ou NFC. Para a consultoria, serviços bancários via telefone não são considerados m-payment.

Para a diretor de pesquisa do Gartner, o pagamento móvel é um forte elemento de bancarização para as classes não-atendidas pelo serviço financeiro tradicional. "Ao oferecer ferramentas para esse público, através do celular, bancos e operadoras poderão encontrar um modelo de negócio bastante rentável", observa Shen.

A região Ásia/Pacífico, incluindo Japão, mantém a maior participação do mercado, em usuários e transações, com a perspectiva de passar de 2% de penetração em 2009 para 3,8% em 2012. Na Europa, o crescimento deverá ser de 0,9% para 2,5% no mesmo período e na América do Norte passando de 1,7% para 3%. Na América Latina, a expectativa é de que passe de 3% em três anos.

Operadoras asiáticas se unem para comprar celulares com Android

TI INSIDE - WEB - 19/06/09
Dez operadoras asiáticas, dentre elas a japonesa NTT DoCoMo, a Hutchinson Telecom, de Hong Kong, e a FarEas Tone, de Taiwan, formaram uma aliança, batizada de Conexus Mobile Alliance, para comprarem em conjunto terminais com o sistema operacional Android, desenvolvido pelo Google. A idéia é conseguirem reduzir os preços dos aparelhos, graças a aquisição de grandes volumes. É possível que até mesmo a China Mobile entre para o grupo, caso adquira uma participação na FarEas Tone, como noticiaram alguns jornais chineses. As informações são do site Rethink Wireless (www.rethink-wireless.com), que recorda não ser a primeira vez que operadoras se juntam para comprar aparelhos. Na Europa, houve pelo menos dois grupos criados no passado para conseguir reduzir preços de handsets e forçar fabricantes a adotarem certas padronizações: o Freemove, que incluía Telefónica Móviles, TIM e Orange, e o StarMap, que continha O2, Wind e outras.

20 junho 2009

Oi reforça ação para ter novos clientes e custos disparam

DCI - SERVIÇOS - SÃO PAULO - 19/06/09 - Pg. A9
A gigante nacional de telefonia Oi, presidida pelo empresário Luiz Eduardo Falco, invadiu o mercado da Região 2 do País, em uma ação agressiva que rendeu à operadora a venda de mais de 1,2 milhão de chips em pouco mais de um mês. Até o ano passado, esta região era de domínio da Brasil Telecom (BrT), adquirida pela Oi em janeiro deste ano. As ofertas competitivas da companhia, porém, como a realizada em São Paulo no ano passado, mais a aquisição da BrT, fizeram o lucro líquido da companhia cair 98% no primeiro trimestre deste ano, em relação ao mesmo período do ano passado.
Além disso, a Oi começa a sofrer uma nova pressão por parte do Ministério das Comunicações, que não abre mão da participação de representantes do fundo de pensão Previ no conselho da nova Oi, criada a partir da aquisição. Não é função nem missão do ministério fazer isso. Mas é sempre importante ter uma presença dos trabalhadores e representantes dos setores com importância vital , explicou Hélio Costa, ministros das Comunicações, que esteve ontem em evento comemorativo do programa Luz para Todos, em Furnas.
O lucro da operadora foi impactado em decorrência dos custos, que subiram de 13,9% para R$ 5,3 bilhões, sendo que a receita líquida aumentou apenas 3,5%, quando atingiu R$ 7,5 bilhões no período. A ação de entrada no mercado paulistano em outubro do ano passado, que exigiu grandes aportes à Oi, resultou na conquista de 3,5 milhões de clientes em apenas oito meses.
Mas, apesar do resultado ter sido inferior ao do ano passado, a Oi foi a operadora que mais ganhou mercado no mês de maio deste ano, ainda que continue na quarta posição do ranking das maiores operadoras em número de clientes do País, segundo levantamento divulgado pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).A Oi detinha 20,73% do mercado, e atingiu cerca de 21,14%, em decorrência da ação realizada na região Centro-Oeste, Sul, além dos estados de Tocantins, Rondônia e Acre (Região 2), quando foim vendido mais de 1,2 milhão de chips. O lançamento da marca Oi na região da BrT fez toda a diferença no resultado de maio. A companhia ainda tem potencial de crescimento nessa região, principalmente em telefonia móvel , explicou o consultor Eduardo Tude, do portal especializado Teleco.
Ainda de acordo com os dados da Anatel, a Vivo, da Telefónica e Portugal Telecom, segue na ponta do ranking das maiores do País, com 29,38% da participação no mercado, seguida pela Claro, da América Móvil, que tem 25,51% dessa fatia, e depois a TIM, da Telecom Itália, que detém 23,59% dos clientes brasileiros. As menores CTBC, Sercomtel e Unicel, ficaram com menos de 1% de participação.
O número de celulares em operação no Brasil já chegou a 157,5 milhões. Esse total foi alcançado em maio, quando foram vendidos 2,9 milhões de novos celulares, o que representou um crescimento de 1,88% em relação ao número total de abril. Os celulares pré-pagos são a grande maioria, com 81,75% do total de aparelhos, e os pós-pagos detém com 18,25% das linhas no País.
Rádio
O ministro das Comunicações, Hélio Costa, também falou ontem sobre a situação do mercado de radiodifusão no País. O ministro afirmou que está trabalhando contra o tempo para viabilizar as concessões de emissoras de rádio e televisão até novembro.
Temos uma situação quase caótica no setor de radiodifusão, com 200 mil processos sendo apreciados no ministério, dos quais 40 mil são urgentes e se referem principalmente a renovação de outorgas , explicou. Ele garante, ainda, que deverá interferir no processo de aquisição da Brasil Telecom pela Oi, garantindo a participação de representantes do fundo de pensão Previ no conselho da nova Oi.

19 junho 2009

Tarifa básica

VALOR ECONÔMICO - LEGISLAÇÃO - SÃO PAULO - 19/06/09 - Pg. E1
O Supremo Tribunal Federal (STF) determinou ontem que recursos sobre a legalidade da cobrança da tarifa básica de telefonia não devem ser encaminhados à corte. A decisão foi tomada em razão do julgamento realizado na quarta-feira em que o Supremo decidiu ser a matéria de cunho infraconstitucional. Com isso, não devem mais ser encaminhados ao Supremo recursos sobre o tema. Todos os processos existentes na corte serão devolvidos aos tribunais ou turmas recursais de origem. A proposta foi feita pelo ministro Cezar Peluso, por meio de questão de ordem. No julgamento desta semana, o Supremo decidiu que a tarifa básica de telefonia não envolve controvérsia constitucional, e que, portanto, não cabe à corte se pronunciar sobre a legalidade ou não da questão. Entretanto, foi determinada a competência dos Juizados Especiais Estaduais para julgar a matéria. Segundo Peluso, o objetivo da proposta é dar maior divulgação à decisão do Supremo.

Ofertas 4G devem ser lançadas por no mínimo 12 operadoras em 2010

VAREJISTA - WEB - 17/06/09

Pelo menos 12 operadoras devem lançar serviços de quarta geração de telefonia celular (4G) baseados no padrão Long Term Evolution (LTE) no próximo ano, informou a consultoria ABI Research nesta terça-feira (16/06). O mercado de assinantes desse serviço ultrarrápido de dados deve chegar a 34 milhões de pessoas em todo o mundo em 2010.

A promessa é que o LTE ofereça velocidades capazes de concorrer à altura do cabo (como o Virtua, da NET, e o Ajato, da TVA) e do DSL (no Brasil representado por serviços como o Speedy, da Telefônica, e o Velox, da Oi). Segundo a consultoria, a disponibilidade de espectro é o principal fator a impactar os planos de desenvolvimento.

Em países onde os órgãos reguladores do setor de telecom estão tornando o espectro disponível, muitas operadoras anunciaram planos para lançar ofertas de LTE, incluindo Estados Unidos e China, por exemplo. Já onde não há espectro disponível, as empresas estão postergando esses planos.

A faixa de frequência homologada e mais adotada pelos países para o LTE é a de 2,5 GHz (embora, nos Estados Unidos, a opção tenha sido pela de 700 MHz), que atualmente é ocupada no Brasil por serviços oferecidos pelas operadoras de TV a cabo por meio da tecnologia Multipoint Multichannel Distribution (MMDS).

A ocupação desta faixa de frequência é um assunto que está sendo debatido pelo governo, Agência Nacional de Telecomunicações e indústria. Fabricantes como Qualcomm, Nokia-Siemens, Alcatel-Lucent, NEC e Ericsson defendem que essa faixa de frequência seja destinada ao LTE, seguindo um alinhamento mundial que daria maior escala econômica à tecnologia e consequente queda de custos.

São 300 mil usuários de TV por assinatura contra 155 milhões de telefonia celular. Deve haver um deslocamento de serviços para outra faixa , avalia Newton Scartezini, consultor do setor de telecomunicações. A proposta que existe é no sentido de reservar parte ou toda a faixa para o serviço móvel , completa.

Globalmente, as primeiras operadoras que pretendem lançar LTE em 2010 são Verizon Wireless, MetroPCS Wireless e U.S. Cellular, nos Estados Unidos; NTT-DoCoMo e KDDI, no Japão; TeliaSonera, Tele2 e Telenor, na Europa; e a maior operadora do mundo, a China Mobile, que deve oferecer os serviços a partir de 2011.

No Brasil, os especialistas dizem que a demanda por serviços de dados e o crescimento da base de assinantes 3G levarão as operadoras a necessitar de mais espectro para dar vazão às necessidades dos usuários. Existindo ou não o LTE, elas [as teles] precisarão de mais espectro , pondera Scartezini.

Paulo Breviglieri, presidente da Qualcomm, estima que, em função do crescente consumo de dados por parte dos clientes 3G, em no máximo dois anos as operadoras móveis alcançarão o limite de sua capacidade de espectro.

Por isso, o executivo acredita que ainda este ano a Anatel chegue a uma definição sobre o uso de frequências, mesmo que elas não sejam colocadas em oferta imediatamente - até porque as teles móveis investiram milhões de reais no leilão das faixas de 3G em 2007 e ainda não recuperaram o investimento.

Os defensores do Long Term Evolution argumentam que esta é a tecnologia que oferece a melhor relação econômica para a prestação de serviços de banda larga móvel, uma vez que tem o apoio de diversos fabricantes e operadoras em todo o mundo.

Breviglieri cita projeções da consultoria Pyramid Research que indicam que em 2014 haverá 100 milhões de usuários LTE, contra 10 milhões de assinantes WiMax (que chegou a ser apontada como rival do Long Term Evolution) e 1 bilhão de clientes 3G. É difícil ser competitivo com uma escala econômica inferior , observa, referindo-se ao WiMax.

O executivo da Qualcomm faz questão de dizer que a empresa é agnóstica em relação a tecnologias, mas acredita que o WiMax terá aplicações de nicho, como por exemplo o backhaul (que pode ser definido como a capacidade de transmissão da rede).

18 junho 2009

Mapear consumidor via celular é a nova tendência em marketing

META ANÁLISE - WEB - 17/06/09
Estratégia permite a identificação de quais lugares o usuário frequenta, onde mora e trabalha, sexo, faixa etária, entre outras informações que permitem a definição de potenciais consumidores e a criação de publicidade segmentada.
Uma das grandes apostas estratégicas do mercado de telecomunicações é investir no desenvolvimento de tecnologias capazes de decifrar o comportamento humano por meio do uso dos celulares, uma vez que esses aparelhos fornecem diversas informações sobre seus usuários.
O mecanismo funciona da seguinte forma: as operadoras captam o sinal do aparelho em uso e conseguem identificar, imediatamente, a localização do usuário - o que significa que é possível acompanhar a movimentação deste consumidor.
Por isso, cada vez mais as empresas estão descobrindo a possibilidade de oferecer produtos e serviços com base no deslocamento dos usuários, afinal, a estratégia permite a identificação de quais lugares o consumidor frequenta, em que horário, onde mora, trabalha, etc. Dependendo do tipo de movimentação do usuário é possível até mesmo saber o seu sexo, faixa etária, classe social, com quem se relaciona, que dia da semana costuma fazer determinadas atividades, etc , explica Rafael Siqueira, CTO da LBS Local, proprietária dos portais Apontador e MapLink.
De acordo com o executivo, as empresas estão sempre buscando novas formas de publicidade que consigam impactar, de maneira customizada, o consumidor. E, com a contextualização da localização e do tempo (horário), as possibilidades de uma publicidade segmentada e relevante são infinitas , afirma o CTO.
Por exemplo, um usuário que costuma passar sempre por determinado local ao meio-dia, pode ser impacto por anúncios de restaurantes da região. Se esta pessoa passa sempre pelo local a noite, pode receber anúncios de shows, eventos, filmes com o seu perfil de interesse, etc. Até mesmo quando um usuário chegar em uma outra cidade, o celular consegue detectar a localidade e enviar a previsão do tempo para os próximos dias, oferta de hotéis e restaurantes da região, aluguel de veículo. As possibilidades de impactar os usuários são infinitas quando eles são mapeados , defende Siqueira.
E muito se engana quem pensa que esta é apenas uma tendência futura. A LBS Local lançou recentemente, para a construtora Tecnisa, o Tecnisa Mobile, primeiro aplicativo para iPhone do mercado imobiliário, e está lançando o Apontador Cinema, no qual o usuário tem acesso, em tempo real, a informações sobre os filmes que estão em cartaz em mais de 100 cidades do Brasil. Segundo Siqueira, os próximos aplicativos trarão informações de táxis, teatros, shows, postos de combustíveis, etc.
Recentemente, a empresa também lançou para usuários do iPhone um aplicativo que informa dados sobre o trânsito nos principais corredores das cidades de São Paulo e Rio de Janeiro. Já estamos entre 60 e 70 mil downloads do aplicativo no iPhone. Desde seu lançamento, em novembro, o aplicativo figura entre os 40 mais baixados na loja do iTunes no Brasil , comemora o executivo, ressaltando que o sucesso trouxe um patrocinador para a plataforma, que com a publicidade conseguiu aumentar em dez vezes o tráfego na versão mobile de seu site. As versões do aplicativo para Android e Blackberry já estão em desenvolvimento.

Terminais de dados e aparelhos 3G têm forte crescimento em maio

TELESINTESE - WEB - 18/06/09
O número de terminais de dados (minimodems) para conexão em banda larga no país somaram, em maio, 4.315.941, o que equivale a 2,74% do mercado de acesso móvel no país, mais de um mil do que no mês anterior, que contava com 3.270.815 terminais ativos.
Os números, divulgados hoje pela Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações), apontam também o forte crescimento de aparelhos 3G em maio, que passaran a 5.83.600, uma participação de 3,71% de mercado. No mês de abril, os 1.434.216 representavam apenas 0,93% do mercado móvel.
Em maio, o país habilitou em maio em torno de 2,9 milhões de celulares, aumento considerado expressivo diante dos tímidos resultados nos quatro primeiros meses deste ano e supera o número de linhas adicionadas em meio de 2008. Com as novas adições, o número de celulares pula de 154,6 milhões,registrados em abril, para 157,50 milhões, em maio, com crescimento de 1,88%.
A Vivo manteve a liderança do mercado, embora tenha apresentado recuo em relação ao mês de abril, de 29,55% para 29,38% em maio. A TIM apresentou ligeiro avanço, de 23,58% para 23,59%.
A Oi também ampliou sua participação no mercado de 20,73% para 21,14%, já incluídos os clientes da Brasil Telecom. A Claro também registrou perda de participação no mercado no período, passando de 25,76% para 25,51%. (Da redação)

STF suspende decisões que limitavam cobrança do ICMS sobre telecom a 18% no Rio de Janeiro


TELECOM - WEB - 17/06/09

Ministro mantém a alíquota de 25% acatando a tese de grave lesão à ordem pública

O Supremo Tribunal Federal (STF) suspendeu decisões do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) que favoreciam empresas de telecomunicações contrárias à cobrança da alíquota do ICMS acima de 18%. A decisão do presidente da corte, ministro Gilmar Mendes, acaba com a limitação à alíquota de ICMS, como queriam as empresas de telecom e energia elétrica, contrárias à taxa de 25%.

A decisão atendeu ao pedido do estado do Rio de Janeiro, segundo o qual, a suspensão da cobrança, determinada pelo TJ-RJ, resultaria em grave lesão à ordem e à economia públicas e na possibilidade de ocorrer o efeito multiplicador. O estado alegava perda anual relativa às áreas de energia e comunicação em torno de R$ 1,5 bilhão, segundo informações do próprio STF.

No pleito, as empresas alegavam que os serviços de telecom e energia elétrica são considerados essenciais e não supérfluos, portanto, a cobrança do percentual de 25% violaria o artigo 155 da Constituição Federal que limita os serviços essenciais em 18%. O ministro Gilmar Mendes, no entanto, acatou a tese de grave lesão à ordem pública tendo em vista que a redução da alíquota pode afetar a prestação de serviços públicos essenciais, considerando a relevância da arrecadação desse tributo para o orçamento estadual. Com isso, ficam suspensos os efeitos das decisões dadas pelo TJ-RJ.

Atlanta: mais uma cidade dos EUA com WiMAX móvel

THESIS - WEB - 17/06/09

A Clearwire lançou ontem a Clear, rede de WiMAX móvel, em Atlanta (EUA), disponível para cerca de 3 milhões de pessoas. A mídia especializada norte-americana destaca que o serviço de banda larga é ultra-rápido, tem alta capacidade e cobre 1,2 milhas quadradas. A operadora também selou alianças com seis revendas de varejo. Os assinantes podem ter sua conexão em WiMAX através de um modem USB ou ligando seu modem residencial na tomada elétrica. Os serviços têm velocidade de download entre 4 e 6 Mbps e os preços dos planos oscilam entre US$ 20 e US$ 50. Também há disponibilidade de planos de pacotes. É possível, até, adquirir créditos diários de conexão a US$ 10.

Os produtos compatíveis com a rede Clear incluem modems, dispositivos de Wi-Fi e laptops compatíveis com WiMAX. Um modem compatível com WiMAX e as outras tecnologias de banda larga já disponíveis na cidade estarão disponíveis no próximo verão do Hemisfério Norte. Um handheld habilitado para WiMAX, o Samsung Mondi, também estará disponível em breve, segundo o release divulgado pela Clearwire. Tudo isto levou alguns a denominarem Atlanta de a cidade sem fio mais rápida do Sul.

A Clearwire já lançou serviços de WiMAX em Baltimore e Portland. A companhia planeja lançar a Clear em Las Vegas antes do final de agosto próximo. Outras cidades previstas para receberem a rede de WiMAX móvel são Chicago, Charlotte, Dallas/Ft. Worth, Honolulu, Filadelfia e Seattle, este ano. Os mercados que devem receber a rede Clear em 2010 são Nova Iorque, Boston, Washington, Houston e San Francisco Bay. O projeto total da Clearwire é oferecer serviços na rede de WiMAX móvel para mais de 120 milhões de pessoas, até o final do ano que vem.

17 junho 2009

Flat-fee - sugestões de uso

TELECOM - WEB - 15/06/09
Júlio Püschel é gerente de consultoria do Yankee Group na América Latina
Não é nenhuma novidade que as operadoras móveis estão se preparando para uma redução na receita com serviços de voz e buscam novas fontes de receita. Apesar do número de linhas móveis ainda terem um crescimento médio composto anual (CAGR) de 15% no Brasil, a tendência é que as receitas com este serviço comecem a reduzir, o que está acontecendo atualmente com as receitas de voz fixa - o serviço acabou se tornando uma "commodity".
Também não é novidade que, assim como as operadoras fixas, as operadoras móveis estão prevendo que a grande alternativa a esta diminuição de receita de voz é a banda larga móvel. E é por este motivo que elas têm investido cada vez mais na tecnologia 3G, de forma a conquistar também sua fatia no mercado de banda-larga. De certa forma as operadoras têm algum sucesso, apresentando um crescimento bastante significativo no número de assinantes 3G que, segundo dados da Anatel, foi de quase 5 milhões em abril de 2009.
Só que cerca de 75% do total de assinantes está acessando o serviço 3G via modem USB, conectados a laptops. Apesar do apelo da mobilidade da rede 3G, a maior parte do uso da internet móvel acaba se sendo muito semelhante ao uso da internet fixa, principalmente pelos planos de "flat-fee" (se paga uma taxa mensal para uso praticamente ilimitado). Conseqüentemente, a grande expectativa em relação à receita de dados das operadoras móveis está tomando o mesmo caminho do serviço de voz, se "commoditizando". Ou seja, com a competição no mercado móvel, as operadoras acabam oferecendo velocidades de acesso cada vez mais altas a preços cada vez mais baixos, limitando o crescimento da receita com o 3G. A previsão do Yankee Group é que a receita de dados móveis irá representar apenas 20% do total de receita móvel no Brasil em 2013, um porcentual baixo para uma grande promessa de alternativa a receita de voz.
Entendo que o "flat-fee" seja importante para disseminar uma nova tecnologia, pois elimina a barreira da falta de entendimento do consumidor em relação ao consumo de dados (muito difícil um consumidor saber quantos megabytes ele usa por mês) e facilita a possibilidade de teste de um novo serviço pelo usuário. Estratégia interessante no curto prazo, mas perigosa no longo prazo.
Então como as operadoras devem agir em relação ao flat fee:
- Buscar planos alternativos, mas diferentes de planos sob demanda baseados em quantos MB o consumidor usa por mês. Uma boa idéia seria fazer planos de valores diferentes para cada tipo de usuário e uso. Por exemplo, plano de valor diferenciado para um consumidor usar o Skype pelo celular ou acessar serviços de visualização de vídeos (ex. YouTube). Estes valores poderiam ser inferiores aos valores cobrados pelo acesso, mas seriam limitados a conteúdos específicos;
- Adotar modelos de negócios baseados em propaganda, não cobrando o custo da conexão do usuário final, mas sim de empresas que têm interesses em interagir com diversos perfis de clientes;
- Utilizar a inteligência das redes móveis para oferecer serviços diferenciados para seus clientes, que vão desde o gerenciamento da qualidade de serviços de acordo com o perfil de gasto de cada usuário, até oferecer informações sobre o usuário para anunciantes de portais como Google e Yahoo;
- Se preparar para o mundo IP e tentar aproveitar ao máximo suas oportunidades. O bloqueio do uso do Skype em terminais móveis parece fazer sentido em uma operadora com foco em serviços de voz, mas pode se mostrar ineficaz para uma operadora buscando oportunidades no mundo IP. O consumidor quer usar o Skype e o bloqueio pode gerar uma percepção negativa em relação ao serviço de dados da operadora - O consumidor paga pelo acesso, mas não pode usar o que quiser. Por que não se aproveitar do Skype oferecendo planos exclusivos para o uso desta ferramenta, ou então, oferecer serviços de valor agregado em conjunto com o Skype, como possibilitar o cliente receber chamadas do seu número móvel no computador, quando está no exterior? Acredito que isto melhoraria o relacionamento com os clientes e geraria uma receita adicional para a operadora.
- Incentivar o desenvolvimento de aplicativos e conteúdos móveis. Apesar dos 75% dos usuários 3G no Brasil acessarem o serviço via modem, o grande motivador de adoção da tecnologia será o uso via um terminal móvel (aparelho celular). Modelos de negócios que incluem o custo da conexão, onde o usuário pago pelo conteúdo e não pelo acesso. Por exemplo, download de músicas, livros e vídeos.
Existem sim alternativas ao "flat-fee" que podem fazer com que as operadoras consigam realmente aproveitar todo o potencial de suas redes 3G. Se ficarem no acesso, a tendência é que vejam sua participação na internet reduzir cada vez mais, perdendo espaço para empresas que podem ser potenciais parceiros. E conseqüentemente ver a receita com dados (acesso) ainda ter uma representatividade muito pequena de sua receita total.

TIM e Oi ampliam a base

TELESINTESE - WEB - 15/06/09
De acordo com números preliminares divulgados hoje pela Reuters, as operadoras móveis habilitaram em maio em torno de 2,9 milhões de celulares, aumento considerado expressivo diante dos tímidos resultados nos quatro primeiros meses deste ano e supera o número de linhas adicionadas em maio de 2008. Com as novas adições, o número de celulares do país pula de 154,6 milhões, registrados em abril, para 157,5 milhões, em maio, com crescimento de 1,8%.
A Vivo manteve a liderança do mercado, embora tenha apresentado recuo em relação ao mês de abril, de 29,55% para 29,38% em maio. A TIM apresentou ligeiro avanço, de 23,58% para 23,59%.

A Oi também ampliou sua participação no mercado de 20,73% para 21,14%, já incluídos os clientes da Brasil Telecom. A Claro também registrou perda de participação no mercado no período, passando de 25,76% para 25,51%. (Da redação)

BenQ, o retorno

ISTOÉ DINHEIRO - TECNOLOGIA - SÃO PAULO - 17/06/09 - Nº 610 - Pg. 49
O sistema operacional open source do Google pode representar uma sobrevida para a BenQ. A fabricante de celulares anunciou que poderia lançar smartphones e netbooks em 2010, com a plataforma Android. A companhia já possui uma linha de minilaptops com Windows XP, além de smartphones com Windows Mobile e Symbian. Para a empresa, os equipamentos com Android irão ajudála a se estabelecer como grande player no mercado de mobilidade. A BenQ não integra a Open Handset Alliance, consórcio com membros como Sprint, T-Mobile, HTC e Samsung, que desenvolve o sistema do Google.

16 junho 2009

Operadoras irão à Justiça contra o Fistel

TELECOM ONLINE - WEB - 29/05/09
O primeiro passo do questionamento de tributos teve início esta semana com a reação à contribuição da radiodifusão.
Aos poucos, o discurso das empresas contra a excessiva carga tributária no setor de telecomunicações começa a ganhar forma jurídica. As grandes operadoras, via Sinditelebrasil, deram início a esse movimento na quarta-feira ao entrar com um mandado de segurança com pedido de liminar contra o pagamento da Contribuição para o Fomento da Radiodifusão Pública que deverá ser paga até segunda-feira, 31. O próximo passo, provavelmente na semana que vem, será um recurso contra o próprio Fistel (Fundo de Fiscalização das Telecomunicações).
A contribuição para fomento da radiodifusão pública trouxe vários questionamentos jurídicos e além do Sinditelebrasil mais quatro empresas entraram hoje com recursos judicial e outras podem optar pelo depósito em juízo na segunda-feira. No seu recurso judicial, o Sinditelebrasil coloca que a nova contribuição destinada a custear a EBC (Empresa Brasileira de Comunicações) é inconstitucional. No entanto, mesmo que tenha natureza jurídica de alguma contribuição prevista constitucionalmente, ainda seria inconstitucional por sua base de cálculo não possuir qualquer conexão com a materialidade do tributo.
Para que seja estabelecido o valor da cobrança foi adotado o critério quantitativo que leva em conta a modalidade do serviço prestado pela operadora e a quantidade de equipamentos instalados utilizados na prestação desses serviços, um cálculo que a aproxima do Fistel.
O Sinditelebrasil também questiona que ainda que seja considerada válida a contribuição, ela não poderia ser cobrada das operadoras de telecomunicações pois elas não guardam qualquer vinculação ou referibilidade com a finalidade ou destinação da contribuição. Há ainda o argumento que ao ser criada em 2009, conforme medida provisória 460, ela só poderia ser cobrada em 2010 conforme o princípio da anterioridade tributária.
Também entraram com recurso judicial contra o pagamento da contribuição as empresas Transit, Telcom, Sunbird e Rádio Móvel Digital. Para o advogado Guilherme Ieno Costa, do escritório KLA Koury, Lopes e Advogados, que as representa, considerando a forma como foi constituída, a contribuição não se enquadra em nenhuma figura tributária da Constituição e a figura mais próxima seria a de uma Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico - CIDE. Segundo ele, os contornos e os limites constitucionais das CIDEs ainda não foram desenvolvidos pela jurisprudência. Ele acredita que se há interesse na radiodifusão pública, o fato de essa contribuição ser cobrada apenas de um grupo de empresas fere o princípio da igualdade.
Fistel, próxima etapa
A contribuição para fomento da radiodifusão pública parece ser apenas o início da briga com que as empresas devem levar à Justiça contra a alta carga tributária. Na próxima semana poderá ser a vez do recurso contra o Fistel, também pelo Sinditelebrasil. No ano passado, foram arrecadados R$ 1,9 bilhão dos quais apenas R$ 270 milhões voltaram para a fiscalização do setor, via Anatel, como previsto na lei.
De 2005 até o ano passado, o destino de recursos do Fistel para a Anatel se mantém entre R$ 225 milhões a R$ 270 milhões anuais. Já a arrecadação aumentou significativamente, passando de R$ 617 milhões para o pico de R$ 1,95 bilhão em 2007, tendo diminuído para R$ 1,90 no ano passado.
Para César Rômulo, secretário-geral do Sinditelebrasil, a questão é "gravíssima". Ele lembra que o celular pré-pago é um dos mais penalizados pela arrecadação da taxa. "Ele é um importante instrumento de inclusão digital e de trabalho para milhões de pessoas que acabam sendo prejudicadas", observou.
Em relação à carga tributária, Rômulo ressalta que recente estudo feita pela Telebrasil em parceria com o Teleco mostrou que o valor adicionado produzido pelo setor tem repassado em sua maioria para os governos e rentistas, prejudicando o trabalhador e o acionista. De 2002 a 2008 o valor adicionado representou 49,4% no período. No mesmo período, o governo se apropriou de 61,5% via tributos em cima do valor adicionado e os rentistas, por meio de juros e aluguéis, ficaram com 19,6%. Já para os trabalhadores foi destinado 8% e para os acionistas 7,7%.

A sabedoria dos líderes das comunicações

O ESTADO DE S. PAULO - ECONOMIA / ETHEVALDO SIQUEIRA - SÃO PAULO

Ao falar na abertura do Congresso Brasileiro de Radiodifusão da Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert), no dia 19, o ministro das Comunicações, Hélio Costa, criticou a juventude por só ficar dependurada na internet em lugar de ouvir rádio e assistir à televisão.

É no mínimo surpreendente que tal crítica e apelo partam de um ministro cuja pasta é responsável por um projeto de universalização do acesso à internet via banda larga em todas as escolas do País. Além disso, qualquer jovem destes novos tempos sabe que é possível ouvir rádio e ver TV na internet, bem como acessar jornais, revistas, bibliotecas e centenas de outros conteúdos. E existem hoje softwares que nos permitem sintonizar via web mais de 15 mil emissoras de todo o mundo.

Outra pérola do ministro das Comunicações: "O setor de comunicações fatura R$ 110 bilhões por ano. Desse total, somente R$ 1 bilhão é do rádio e R$ 12 bilhões das TVs. O resto vocês sabem muito bem onde está". Não é a primeira vez que o ministro ressalta essa diferença de receitas entre a radiodifusão as operadoras de telecomunicações - fato que ocorre em todo o mundo e que não configura nenhum pecado ou problema. Seria oportuno também ressaltar que a radiodifusão tem muito mais poder político e influência sobre a opinião pública do que qualquer outro setor - o que, igualmente, não configura nenhum crime. Em conversas reservadas, o ministro diz temer que "as teles venham a engolir as emissoras de TV".

Radiodifusão e telecomunicações são setores que, na verdade, se complementam. Melhor seria para o Brasil se o Ministério das Comunicações se empenhasse seriamente em debater e preparar uma legislação moderna e avançada que englobe e harmonize todas as formas de comunicações, como telefonia, rádio, TV aberta, TV por assinatura, correios, internet e outros. Só assim o País poderá eliminar conflitos e definir novos caminhos para o desenvolvimento setorial.

MULTICASTING

Numa decisão inusitada, sem debate nem consenso, em fevereiro passado, o Ministério das Comunicações surpreendeu o País ao proibir as emissoras de TV comerciais bem como as TVs públicas estaduais de usarem o recurso da multiprogramação (multicasting) - que permite às emissoras de televisão transmitir até quatro programas em definição padrão (standard definition) em um único canal digital de frequência.

Agora, nova surpresa. Ainda na abertura do Congresso da Abert, o ministro das Comunicações anunciou a mudança de rumos questão, dizendo que caberá ao Congresso Nacional a definição das regras de uso do multicasting - recurso inerente à tecnologia de TV digital, e que dispensa qualquer tipo de regulamento ou autorização. É uma medida que não interessa a grande número de emissoras comerciais e públicas estaduais.

Proibir a multiprogramação é algo totalmente descabido e tão ridículo quanto exigir autorização de uma emissora para transmitir imagens de alta definição. Ou para oferecer o melhor som surround. Ou ainda para usar os recursos de mobilidade, portabilidade e interatividade. Todos esses recursos dispensam regulação, salvo quanto a seus parâmetros técnicos, cabendo às emissoras implantar pura e simplesmente a tecnologia digital e oferecer o máximo de benefícios ao cidadão.

O envio do problema para o Congresso Nacional parece ser uma manobra puramente protelatória, pois até que entre na pauta de discussões e seja aprovada qualquer legislação sobre o multicasting, serão consumidos no mínimo 18 ou 24 meses. O Brasil terá, então, outro governo e outro ministro das Comunicações.

AH, O RÁDIO DIGITAL

A novela do rádio digital volta ao cartaz. Conforme anunciou o ministro Hélio Costa, a escolha do sistema de rádio digital a ser adotado pelas emissoras brasileiras poderá ser feita após consulta pública, com prazo de 180 dias. Para tanto, o Ministério das Comunicações divulga portaria específica, em que autoriza a consulta pública, para ouvir sugestões da sociedade sobre o tema.

A escolha do padrão de rádio digital para o Brasil, contudo, não é uma questão de opinião, mas de licitação. O País não pode aprovar o uso de uma nova tecnologia com base em sugestões de pessoas e entidades, por mais competentes que elas sejam. É preciso que uma comissão de especialistas altamente qualificados e isentos realize testes exaustivos em centros de pesquisas e aprove a nova tecnologia, num processo cristalino de licitação internacional.
PROTECIONISMO
A internet e o processo de convergência estão apavorando algumas emissoras de rádio e TV. Sem entender bem as mudanças de paradigmas em curso, alguns diretores de emissoras de TV afirmam que vão fechar suas emissoras e nem sequer irão implantar a tecnologia digital. Em nome desses empresários, o presidente da Abert, Daniel Slaviero, fez críticas e sugestões polêmicas ao modelo aberto de internet que vigora no Brasil, afirmando que a web também deve estar sujeita à mesma legislação que rege a comunicação social - em especial no tocante à limitação à participação de capital estrangeiro.

Operação da Vivo estreia regra nova

VALOR ECONÔMICO  - SÃO PAULO - 01/06/09 - Pg. D-03

A incorporação que estreia a aplicação das sugestões da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para esse tipo de operação foi bem recebida no mercado.

As ações da Telemig Celular Participações, que serão incorporadas pela controladora Vivo, tiveram alta na sexta-feira, de 2,8%, após serem reveladas as condições da transação. Em 20 de março, as empresas anunciaram que fariam a integração das bases de acionistas, mas não divulgaram os termos.

A decisão sobre as condições ficou a cargo do comitê especial formado para cuidar do tema, conforme uma das sugestões da CVM para que as companhias lidem melhor com os potenciais conflitos dessas transações. Com isso, o mercado não sabia qual seria a relação de troca para as ações.

Roberto Lima, presidente da Vivo, afirma que as opções usadas para essa incorporação tinham como objetivo investir no bom relacionamento com os acionistas minoritários. "É preciso aproveitar todas as oportunidades do dia a dia para construir a imagem da companhia."

O grupo de telefonia tem no histórico a polêmica tentativa de incorporação da Tele Centro Oeste Celular pela Telesp Celular, que não vingou após queixa de minoritários e parecer negativo da CVM. Mas também tem a criação da Vivo, com a unificação de cinco empresas listadas, num processo que não gerou nenhum embate com os investidores.

Embora sem saber a relação de troca para a operação, o mercado passou perto. Segundo o diretor de relações com investidores e fusões e aquisições da Vivo, Carlos Raimar, a relação entre os papéis na bolsa nas últimas semanas estava em 1,33 ação de Vivo para a de Telemig Celular Participação. Na transação, cada papel da operadora mineira será trocado por 1,37 da Vivo. Um dia antes de o processo ser anunciado, em 20 de março, a relação era de 1,08.

Pelo fechamento de quinta-feira, antes do anúncio das condições, cada papel da Telemig Celular Participações valia o equivalente a R$ 54,80 - considerando 1,37 do preço de Vivo. Esse valor deixava espaço para alta de 5,3% sobre o encerramento do pregão.

A opção da Vivo e da Telemig Celular Participações para a operação não contou com glamour. As companhias não fizeram nada além do sugerido. O comitê foi formado só nas empresas incorporadas - a Telemig Celular S/A será absorvida pela sua holding antes da unificação na Vivo. Além disso, o órgão não contava com integrantes externos. Raimar explicou que, com isso, foi possível agilizar o processo, pois a convocação de pessoas independentes exigiria mudança no estatuto das empresas.

A simplicidade, porém, não impediu que o mercado gostasse do resultado. O custo da operação para a companhia é estimado em R$ 15 milhões. De acordo com o diretor da Vivo, os trabalhos adicionais com as sugestões da CVM incrementaram o gasto, mas não de maneira significativa.

Outra operação de incorporação que está em andamento, mas com muita polêmica envolvida, é a da Aracruz pela Votorantim Celulose e Papel (VCP). As companhias contrataram nomes de peso da economia para os comitês que serão formados nas duas empresas.

Para Mauro Rodrigues da Cunha, presidente do conselho do Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC), é importante que o mercado acompanhe os trabalhos e os resultados dos comitês de incorporações, dado o histórico dessas transações.

"Não podemos correr o risco de isso se tornar um jogo de empurra-empurra de responsabilidades e os comitês chancelarem as decisões tomadas pelos conselhos das empresas. É preciso garantir independência." (GV)

Receita com banda larga móvel deve crescer 38% aa na AL

TELECOM - WEB - 15/06/09
Pyramid Research chama a atenção para a necessidade de melhoria significativa nas redes de acesso
A receita proveniente dos serviços de banda larga móvel deve crescer a uma taxa anual de 38% entre 2009 e 2014 na América Latina, segundo projeções da Pyramid Research. No mesmo período, a receita gerada pelos serviços de mensagens deve aumentar 8% e a receita de voz apenas 3%. A consultoria destaca que a banda larga móvel será o principal impulsionador do crescimento da receita entre as operadoras móveis da região, mas chama a atenção para a necessidade de melhoria significativa nas redes de acesso, a fim de satisfazer as expectativas dos assinantes quanto à crescente qualidade e rapidez dos serviços.
"Na verdade, com o crescimento da contribuição dos serviços de dados para a receita móvel como um todo, tais melhorias são fundamentais para alimentar o crescimento das receitas", pondera o relatório. Segundo a Pyramid Research, os serviços de dados respondem hoje por 20% da receita das operadoras móveis da América Latina, com destaque para mensagens e serviços de valor adicionado, os dois principais componentes da receita atualmente. "Novos conteúdos e dispositivos móveis mais avançados estão encorajando a América Latina a abraçar os serviços de alta velocidade e aplicações móveis", aponta o texto.
O relatório indica três catalisadores para a expansão das redes de alta velocidade: os benefícios comerciais e operacionais da oferta de banda larga móvel em um padrão dominante na região; a pressão concorrencial que as tecnologias de terceira geração exercerá sobre a implementação das redes; e ao aparecimento de novas ofertas de banda larga móvel a partir de operadoras que saltarão diretamente para a quarta geração.

Anatel ajusta tarifa de interconexão entre BrT e TIM no RS


TELESINTESE - WEB - 15/06/09

A Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) aprovou o ajuste da tarifa de interconexão das ligações entre telefone fixo da Brasil Telecom e móvel da TIM. O valor da ligação varia entre RS 0,54043 e R$ 0,37830 e vale apenas as chamadas originadas ou destinadas ao Rio Grande do Sul (Região II, setores 29 e 30).

A decisão publicada hoje no Diário Oficial da União revoga parcialmente o ato 4.290, de 21 de julho de 2008, que homologa os valores tarifários máximos dos Planos Básicos do STFC, modalidade de Serviço Local das Concessionárias do STFC, para chamadas destinadas aos acessos do Serviço Móvel Pessoal (VC-1) e chamadas de Longa Distância Nacional das operadoras fixas para serviço móvel (VC-2 e VC-3). (Da redação)

Perda de clientes é o maior risco para operadoras


VALOR ECONÔMICO - TECNOLOGIA - SÃO PAULO - 15/06/09 - Pg. B2

A perda de assinantes para a concorrência é o maior risco que as operadoras de telefonia enfrentam hoje. A conclusão é de estudo feito pela consultoria Ernst & Young, que aponta os dez principais desafios para as teles, segundo especialistas no setor.

A competição no mercado de telecomunicações tornou-se mais intensa e mais complexa depois da chegada de novos agentes - especialmente as companhias de TV a cabo e as empresas de internet. Com o aumento e a diversificação das ofertas, as operadoras têm encontrado mais dificuldades para garantir consumidores fiéis.

"O assinante está arisco e muito atento às oportunidades. É um consumidor que quer mais ofertas e que tem conhecimento de tecnologia", afirma Luiz Carlos Marques, sócio da Ernst & Young especializado no setor.

Esse cenário despontou há cerca de cinco anos, mas agora tornou-se palpável a ponto desafiar a geração de caixa das operadoras tradicionais. "As teles não estão conseguindo a fidelidade de seus clientes. Isso tem impacto no fluxo de caixa, na geração de recursos para fazer investimentos e na própria capacidade dessas empresas de obter crédito a um custo razoável", observa Marques.

O estudo, feito pela Ernst & Young em parceria com a empresa de pesquisas Oxford Analytica, é o resultado de dezenas de entrevistas com analistas, acadêmicos, executivos, consultores e jornalistas que acompanham o setor de telecomunicações nos Estados Unidos e na Europa.

Apesar disso, o consultor da Ernst & Young afirma que as conclusões também se aplicam ao mercado brasileiro. "O que está acontecendo é uma revolução global. E, desde a privatização, o Brasil tem acompanhado as grandes questões do setor muito de perto. Os investidores estrangeiros trouxeram suas tecnologias para o país", avalia Marques.

A lista dos principais riscos enfrentados pelas operadoras revela um panorama interessante sobre o momento crucial que esse mercado atravessa. Seis dos dez maiores desafios apontados pelo documento relacionam-se diretamente às inovações tecnológicas que estão transformando o perfil do setor.

A aproximação dos serviços tradicionais de telecomunicações com as oportunidades criadas pela internet - como a transmissão de vídeos e músicas e as chamadas de voz gratuitas - colocaram em xeque os modelos de negócios das teles mais antigas. Não é à toa que o estudo aponta as dificuldades em estimar o retorno proveniente de serviços baseados em novas tecnologias e em obter, nesse ambiente, um fluxo de caixa satisfatório como alguns dos grandes riscos para as companhias do setor. Garantir a segurança e a privacidade dos usuários no frágil ambiente do protocolo de internet (IP) também é uma ameaça com a qual as operadoras precisam aprender a lidar, na avaliação dos especialistas ouvidos pela consultoria.

Em consequência, outro grande fator de risco para o setor é de natureza regulatória. Segundo o levantamento, a adoção de novas tecnologias desafia as agências reguladoras, cujas decisões têm impacto nos negócios das empresas. Mais do que isso, a incerteza quanto ao tratamento que se deve dar a novos serviços eleva a temperatura no campo da regulamentação porque dá margem à interferência política. No Brasil, por exemplo, não tem sido poucos os embates travados entre a Anatel e o Ministério das Comunicações no Brasil nos últimos anos.

Apesar das disputas políticas e da percepção corrente entre as operadoras de que a regulamentação brasileira está defasada, Marques avalia que a Anatel tem procurado acompanhar o debate internacional sobre o setor. "A agência tem buscado respostas", afirma. "Mas a morosidade das decisões e as disputas políticas aumentam o risco regulatório para as empresas."

15 junho 2009

Base de celulares no Brasil cresce 1,8% e chega a 157,5 milhões

Da Reuters
Pela 1ª vez no ano, em maio desempenho superou o mesmo mês de 2008. Nos meses anteriores, base de usuários registrou metade da expansão.
O número de linhas celulares no Brasil apresentou crescimento expressivo em maio, com adição de cerca de 2,9 milhões de habilitações sobre o mês anterior.
O desempenho ocorreu após nos quatro primeiros meses do ano a base de usuários ter a metade da expansão vista no mesmo período de 2008.
O crescimento de 1,8% em maio sobre abril, de 154,6 milhões para 157,5 milhões, consta em levantamento preliminar divulgado nesta segunda-feira (15) pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).
Incluindo os números de maio, o número de novas linhas habilitadas no país nos cinco primeiros meses do ano soma cerca de 6,85 milhões, ante cerca de 9,6 milhões adicionadas no mesmo período do ano passado.
O desempenho em maio marca a primeira vez em que o número de linhas adicionadas no mês no país supera o do mesmo período de 2008.
Marca ainda um desempenho melhor do que as vendas de 2,8 milhões de linhas em maio do ano passado, quando o mercado ainda não havia sido atingido pela crise financeira internacional.
A Vivo encerrou o mês passado com participação de 29,38% do mercado, com 46,27 milhões de linhas. Em abril, a participação da operadora era de 29,55%. A Claro também registrou perda de participação no período, passando de 25,76% para 25,51%. Enquanto isso, a TIM registrou ligeiro avanço, de 23,58% para 23,59%. A Oi, incluindo os números da Brasil Telecom, fechou maio com participação de 21,14%, crescendo sobre os 20,73% de abril.

Clientes poderão comprar minutos financiados

TELESINTESE - WEB - 15/06/09
O banco PanAmericano, braço financeiro do grupo Silvio Santos, e a Minucom, empresa de soluções mobile do grupo Orange Soluções Integradas, lançam no mercado um novo serviço, com foco nos clientes da telefonia móvel pré-paga. Trata-se do financiamento, por meio do cartão de crédito do banco, da compra de minutos das operadoras móveis. Os clientes do PanAmericano, que tem hoje uma carteira de 2,6 milhões de usuários, poderão adquirir créditos, cujo parcelamento poderá ser parcelado em até três vezes sem juros no cartão de crédito, com parcela mínima de R$ 10,00.
O novo negócio tem como público alvo as classes C e D e, além da compra de minutos, os usuários poderão também acumular pontos pelo uso do cartão que, posteriormente, serão trocados por créditos no celular pré-pago. Leandro Capozzielli, presidente da Minucom, a empresa do grupo Orange, que será responsável pela negociação da compra de minutos com as operadoras, explica que a aquisição de minutos será feita sob demanda. No primeiro momento, os clientes do PanAmericano fazem a compra pelo site do banco (www.recargapan.com.br), o sistema envia online a demanda para a Minucom, que negocia os minutos com as operadoras. A confirmação do crédito resgatado ou adquirido será em até 24 horas por meio de uma mensagem de texto e o débito da transação através do cartão de crédito PanAmericano. (Da redação)

Claro ultrapassa a marca de 40 mi de clientes


TELESINTESE - WEB - 15/06/09
Em maio, a Claro superou a marca de 40 milhões de clientes em todo o país. Em janeiro de 2008, a operadora contava com 31,5 milhões de assinantes, ou seja, de lá até hoje a Claro conquistou mais de 9,6 milhões de novos clientes, o que representa um crescimento de 31,7% de sua base. No período, a Claro assumiu a liderança de mercado no DDD 21, no interior de São Paulo (DDDs 12 a 19), no Estado de Goiás e na Regional Centro-Oeste. De janeiro até maio de 2009, a Claro já adicionou 1,4 milhão de novos clientes. (Fonte: assessoria de imprensa

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