23 agosto 2009

Indústria de telecom móvel defende a tecnologia LTE


RTI-REDES TELECOM E INSTALAÇÕES - INFORMAÇÕES - SÃO PAULO - AGO/2009 - Nº 111 - Pg. 09 e 10

Os principais fabricantes da indústria de telecomunicações móvel estão unidos para tornar a tecnologia LTE - Long Term Evolution uma realidade no país. Um primeiro passo nesse sentido foi o evento LTE - Tecnologia e mercado, realizado em junho último, em Brasília, DF, onde empresas como Alcatel-Lucent, Nokia Siemens, Ericsson, NEC e Qualcomm mostraram a operadoras e representantes do governo e da Anatel estudos de caso e aplicações do novo padrão.

Segundo Newton Scartezini, consultor da Horizontes Consultoria, de São Paulo, cerca de 30 operadoras em todo o mundo estão comprometidas a lançar o LTE até 2010. Entre elas estão a Verizon, dos EUA, Telstra, da Austrália, NTT Docomo, do Japão, e Bell Canadá, do Canadá. Vale ressaltar que a TeliaSonera, da Suécia, já iniciou a implantação do LTE em Estocolmo, utilizando a infraestrutura da Ericsson.

Aqui no Brasil ainda há muita discussão em torno da tecnologia. A indústria afirma que o padrão precisa da faixa de frequência de 2,5 GHz para oferecer todos os seus benefícios. Porém, hoje essa frequência está nas mãos das operadoras de MMDS, que não querem perder o seu direito de uso. A atual proposta, em debate na Anatel, prevê reservar 80 MHz da frequência de 2,5 GHz para serviços móveis, o que não deverá ser suficiente para atender à demanda dos assinantes, de acordo com os fabricantes. "Não podemos perder tempo. É importante ter uma definição rápida da Anatel. Para que todas as operadoras possam entrar na competição é preciso reservar pelo menos 140 MHz. No modelo atual há espaço apenas para duas teles. É uma questão de consenso. Hoje existem 300 mil usuários MMDS no Brasil e uma operadora em cada localidade. Essas empresas podem ficar com 50 MHz para oferecer banda larga", diz o diretor de regulamentação da Ericsson do Brasil, Jaime Blanco.

De acordo com Scartezini, o país tem 5 milhões de usuários de Internet móvel - 4 milhões realizam conexões via modems USB, utilizando notebooks (os smartphones e PDAS ficam com o restante dos acessos). "Inicialmente, o modem USB será o carro-chefe para os acessos LTE. Mas em breve serão lançados aparelhos com o padrão".

O executivo acredita que antes de 2012 o LTE deverá ser adotado por aqui. Isso porque o espectro disponível para 3G não irá suportar as altas demandas por banda larga móvel. Ele cita o exemplo da Claro, que viu o seu tráfego de dados multiplicado por oito num período de seis meses. "Para realizar a interligação das estações radiobase com a central a operadora precisou aumentar de dois para 10 o número de canais E1 por ERB. Acredito que, inicialmente, o LTE será usado nos grandes centros e a terceira geração em cidades menores", completa o executivo.

O LTE é uma evolução das redes 3G, capaz de oferecer taxas de pico de downlink de até 100 Mbit/s. Com a tecnologia, a experiência do usuário irá além dos serviços tradicionais disponíveis hoje e ganhará novas aplicações, como TV, jogos interativos avançados e blogs de vídeo móvel. Isso porque a latência é reduzida em até 10 ms, melhorando a eficiência do espectro em até quatro vezes, se comparado com sistemas HSPA. A tecnologia suporta portadoras com largura de banda flexível, além de FDD - Frequency Division Duplex e TDD - Time Division Duplex. O padrão usa OFDM - Multiplexão por Divisão de Frequência Ortogonal para downlink (da estação radiobase para o terminal), que permite soluções eficientes para portadoras banda larga com taxas de pico elevadas.

Segundo a consultoria Ovum, até 2020 metade dos acessos wireless serão via LTE.

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