21 dezembro 2010

União desvia R$ 43 bi de fundo de telecomunicação

21/12/2010 - 03h00

DE SÃO PAULO

O governo usou para financiar seu deficit R$ 43 bilhões da área de telecomunicações que deveriam custear a fiscalização do setor, o desenvolvimento de pesquisas e a oferta do serviço telefônico à população de baixa renda e em locais remotos, informa a reportagem de Elvira Lobato publicada na edição desta terça-feira da Folha (íntegra disponível para assinantes do jornal e do UOL).

Segundo dados do próprio governo, desde 97 foram arrecadados R$ 48 bilhões em três fundos públicos do setor: Fust (Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações), Funttel (Fundo para o Desenvolvimento Tecnológico das Telecomunicações) e Fistel (Fundo de Fiscalização das Telecomunicações).

Apenas R$ 4,9 bilhões (cerca de 10% do arrecadado) teve a destinação prevista, e 90% estão retidos no Tesouro Nacional para financiar as contas públicas. A cifra equivale à soma dos Orçamentos previstos para 2011 dos Estados de Maranhão, Pernambuco e Piauí.

Segundo as companhias telefônicas, as taxas de contribuição para os fundos são repassadas ao consumidor, nos preços dos serviços.

FISCALIZAÇÃO

A Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) queixa-se de falta de recursos para a fiscalização. Pela lei, o Fistel deveria custear as necessidades da agência, mas não é o que ocorre. Em 2009, enquanto o Fistel arrecadou R$ 4,9 bilhões, a Anatel teve seu orçamento reduzido de R$ 397,6 milhões para R$ 335 milhões.

18 julho 2010

TELESINTESE - WEB - 02/07/10

TELESINTESE - WEB - 02/07/10
Por Renato Osato
O cenário de telecomunicação no Brasil está evoluindo e as operadoras de redes móveis virtuais (MVNO, da sigla em inglês) serão em breve uma realidade no Brasil. Segundo projeções conservadoras da Signals Telecom Consulting, o crescimento no mercado brasileiro deve representar 9,5 milhões de assinantes e receita de R$ 1,8 bilhão nos próximos cinco anos. Este é um mercado que não pode ser ignorado.

As MVNOs não devem ser encaradas como meros concorrentes para as operadoras tradicionais. As MVNOs deveriam ser vistas como aliadas na busca de rentabilidade em nichos de mercado. A Virgin, por exemplo, faz sucesso entre os jovens franceses, segmento em que a Orange, operadora que cede a rede para a MVNO, não ia muito bem. Já que grandes nomes poderão ter sua própria marca de celular, como famosos da TV (alguns artistas como a Xuxa já foram usados para ofertas segmentadas), grandes varejistas (que já representam um importante canal de vendas, como Carrefour, Wall Mart, etc), canais de televisão (Globo, etc) e até mesmo clubes de futebol e igrejas de diversas religiões; as operadoras precisam começar a repensar seu modelo e buscar formas de aproveitar esta nova possibilidade de negócio. A experiência mostra que existem oportunidades importantes de aumento de penetração e receita, e redução de custo para as operadoras que adotam o modelo de MVNO.

Por exemplo: o sucesso de uma MVNO está atrelado aos diferenciais de marketing que serão desenvolvidos para atrair e reter os clientes; além de flexibilidade e agilidade para implantar novos produtos e serviços; e principalmente, uma estrutura de custo enxuta. Conclusão: a MVNO atua como um departamento de marketing da operadora, focado em conseguir o máximo de rentabilidade daquele nicho específico, com custo reduzido para a operadora.

Está se formando um novo mercado. Reino Unido (13%), Estados Unidos (6,51%) e França (6%), estão entre os países com maior market share de MVNO, seguindo os dados da Signal Telecom Consulting. Isso demonstra a viabilidade do modelo quando bem aplicado. Um case relevante é o da Effortel, MVNE que suporta o MVNO do Carrefour da Bélgica: com um pequeno grupo de Marketing, é possível planejar e executar, em um espaço de tempo de 2 a 3 dias em vários casos, campanhas de mobile marketing em suas lojas. Eles se utilizam de um mix de ações de marketing que vão desde a inserção de propagandas nas 9 milhões de malas diretas enviadas semanalmente aos clientes, SMSs com promoções exclusivas e instantâneas, até cupons fiscais que mostram quantos minutos de chamada poderiam ser ganhos caso o cliente gastasse mais 1 Euro na loja.

Tal mercado exige novos tipos de soluções tecnológicas e de suporte ao negócio. A Amdocs possui as plataformas de prestação e gestão de serviços que permitem que o MVNO se torne realidade. Dois modelos são possíveis: a) fornecer o sistema na forma de investimento ou; b) fornecer um serviço, ou seja, um "business process outsourcing" (BPO). Em uma segunda onda, na qual os clientes demandarão formas mais inteligentes e cheias de imaginação para se manterem fiéis, a Amdocs tem soluções para ajudar as empresas a obter insights e "fidelizar" seus clientes: portais personalizados e interativos, móveis e/ou tradicionais.

Para as operadoras mais reticentes com a mudança de mercado, vale lembrar que a MVNO atrairá clientes. Alguns serão da própria Operadora, alguns novos, mas também receberá clientes de outras Operadoras. O churn de um cliente de uma Operadora para uma de suas MVNO é infinitamente melhor que o churn para os concorrentes.

Renato Osato é o principal executivo da Amdocs no Brasil.

Área técnica da Anatel propõe reduzir VU-M em 55%, em cinco anos.

TELESINTESE - WEB - 02/07/10
Por Lucia Berbert e Miriam Aquino
A área técnica da Anatel fechou uma proposta de redução escalonada da VU-M (tarifa de interconexão da rede móvel) que deve ser apresentada em breve ao Conselho Diretor. Pela proposta consensual das superintendências Executiva, de Serviços Públicos e de Serviços Privados, a VU-M, que foi responsável em grande medida pela universalização da rede móvel com recursos transferidos pela rede fixa, vai sofrer uma redução de 55% em cinco anos, de acordo com matéria publicada hoje pela newsletter Tele.Síntese Análise.

A proposta prevê redução escalonada do VC1 (veja tabela) e consequente redução da VU-M. Assim, a VU-M sairia do teto de R$ 0,40, em 2010, para R$ 0,186, em 2015. Para as empresas vinculadas às concessionárias com Poder de Mercado Significativo (PMS), a redução da tarifa de interconexão será 10% maior em cada ano. Também ficou acordado que nas ligações de longa distância fixo/móvel (VC-2 e VC-3), o fator de transferência será de 30%, e não de 20%.

Para Alcatel Lucent, sites celulares terão backhaul com capacidade média 50 Mbps até o final do ano

TELETIME ONLINE - WEB - 02/07/10
Levantamento feito pela Alcatel Lucent mostra o tamanho do problema de backhaul que as operadoras móveis estão enfrentando. Segundo a empresa, hoje o mínimo de capacidade de rede de dados exigido em cada site é de 40 Mbps, valor que deve chegar a 50 Mbps até o final do ano e que salta a pelo menos 150 Mbps no caso de sites 3G. A empresa fornecedora chama a atenção para dois problemas: um deles é a dificuldade que as operadoras estão enfrentando para integrar, dentro de uma filosofia end-to-end, uma rede de dados em cima de uma rede legada TDM, o que envolve combinar diferentes tecnologias de diferentes fabricantes. Outro problema é que as operadoras não podem abrir mão da infraestrutura existente atualmente. "A boa notícia é que hoje podemos pensar em um overlay de redes legadas SDH com novas redes Ethernet", disse Rodrigo Gomes Fernandes, gerente de produtos wireless da fabricante, durante o 3º Seminário Wireless Broadband, realizado pela revista TELETIME esta semana, em São Paulo.

A invasão dos celulares Xing-Ling

CORREIO BRAZILIENSE - ECONOMIA - BRASÍLIA - 05/07/10 - Pg. -
Fernando Braga
O design é elegante; as funções, múltiplas e o preço, para lá de convidativo. Porém basta dar uma olhada mais atenta nesses celulares e é possível perceber que as semelhanças com os modelos de marcas famosas logo desaparecem. Criados com a clara intenção de imitar os produtos badalados do momento, os telefones móveis Xing-Ling, como são popularmente conhecidos os produtos falsificados que vêm da China, se multiplicam no comércio informal e são uma pedra no sapato da indústria regular, que movimenta US$ 1 trilhão por ano. A consultoria Gartner calcula que, somente no ano passado, foram colocados no mercado mundial 150 milhões de aparelhos paralelos — ou 12% do volume total de unidades comercializadas, o que representa uma perda de US$ 120 bilhões para o segmento. No entanto, a participação desses produtos no Brasil pode ser ainda maior e chegar a 20%, segundo estimativas da fabricante Nokia.

O assessor jurídico do Grupo de Proteção à Marca (BPG, sigla em inglês para Brand Protection Group) Luiz Cláudio Garé conta que a falsificação de celulares de marcas importantes é um dos tipos de pirataria que registram aumento mais significativo no país. "No último ano, houve um crescimento exponencial. Oriundos de contrabando, eles entram por portos ou fronteiras", diz o advogado. Ele explica que a procura cada vez maior por celulares impulsiona o comércio de aparelhos que imitam modelos conhecidos ou mesmo sem marca, também conhecidos como MP7, MP8, MP9 ou até onde alcançar a criatividade numérica de quem os fabrica. "Na última década, a telefonia móvel cresceu num ritmo acelerado no Brasil e sempre que há forte demanda por um produto, a pirataria 'come' uma fatia do mercado oficial."

Na Feira dos Importados de Brasília, cópias de celulares, muitas delas grosseiras, são vendidas com nomes bem semelhantes aos dos respectivos originais. "O HiPhone e o mini-N95 são os que mais saem", conta um feirante, em referência aos produtos que imitam o iPhone, da Apple, e o N95, da Nokia. Em diversos sites de venda, também é possível encontrar produtos claramente inspirados em modelos de sucesso. Em comum, o preço bem abaixo dos cobrados em lojas autorizados. É possível encontrar aparelhos que custam até 20% dos valores das versões oficiais.

Baixa qualidade

O assessor jurídico do BPG explica que a variedade de funções é outro fator que chama a atenção de quem procura os aparelhos. "Hoje, eles vêm com TV digital, câmera e são desbloqueados. O problema é que a qualidade é infinitamente inferior e não corresponde às especificações divulgadas. Por exemplo, os celulares dizem ter câmeras de 12 megapixels, mas na verdade oferecem apenas 1MP ou 2MP", alerta Garé, ressaltando que quase a totalidade dos produtos falsificados que entram no país vem da China. "Lá, existe todo um mercado que funciona em função da cópia e que conta com uma tecnologia disponível para realizar essas falsificações em grande volume e de maneira rápida."

Foi justamente por causa de recursos extras que o atuário Bernardo Azevedo, 27 anos, conta que adquiriu, há um mês, um clone do E71, da Nokia. "Estava precisando de um telefone que aceitasse dois chips de uma só vez. Se existisse um produto da marca que oferecesse esse recurso, eu iria preferir comprar o original", argumenta.

O diretor de Relações Governamentais da Nokia, Luiz Cláudio Carneio, lembra que, no fim do ano passado, o vice-presidente global da marca e ex-primeiro-ministro da Finlândia, Esko Aho, foi convidado a dar uma volta na Feira dos Importados e se surpreendeu com o volume de cópias oferecidas no local. "Na ocasião, um mesmo modelo clonado da Nokia era vendido em uma banca com dois preços diferentes, por um ser de melhor qualidade que o outro. Ou seja, eles mesmo admitem que as cópias duram apenas poucos meses", diz.

Para ele, as perdas dos fabricantes que atuam no setor são incalculáveis. "Primeiro, temos o problema da imagem da marca. Além disso, a competitividade é desleal, já que temos custos atrelados com importação, homologação e garantia que não são pagos por aqueles que atuam no mercado paralelo", conta. "Além de não gerar empregos ou receitas com impostos, os falsificados ainda podem desestimular o volume de investimentos em um país, já que a marca perde espaço no mercado e a escala de produção tende a ser reduzida", conclui Carneio.

Riscos são avaliados

O gerente de Certificação da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), Itamar Barreto, explica que, antes de começar a vender um produto no mercado brasileiro, todos os fabricantes de celulares devem obter a homologação(1) junto à agência. "O processo é uma garantia de que os modelos que chegam às vitrines são compatíveis com a tecnologia adotada no país e atendem os requisitos técnicos de funcionamento e qualidade, assim como as condições de garantia e de assistência técnica", diz.

Atualmente, 330 modelos homologados pelo órgão são comercializados. "Qualquer equipamento que emite radiofrequência precisa passar por um processo de certificação. Além do problema fiscal, uma vez que a grande maioria desses produtos chega por meio de contrabando, as pessoas põem a saúde em risco ao adquirir produtos falsificados", alerta.

Segundo Barreto, durante o processo de homologação, laboratórios especializados analisam um conjunto de aspectos ligados à segurança e à durabilidade dos modelos. As baterias de lítio, por exemplo, devem ser rigorosamente testadas, pois simples rachaduras podem fazer com que explodam. Os carregadores também são postos à prova — é preciso saber se estão aptos a receber determinada tensão sem provocar possíveis choques nos usuários.

Radiação

Uma das avaliações mais importantes diz respeito ao nível de radiação emitido pelos telefones móveis. Para isso, os laboratórios medem uma taxa chamada SAR (sigla em inglês para Nível de Absorção Específica), que verifica o nível de energia captada pelo corpo humano no momento do uso de um telefone. Para não provocar variações de temperatura que possam ocasionar problemas para o organismo humano, uma norma da Anatel determina que essa taxa não ultrapasse os 2 watts/kg.

Além dos perigos para a saúde do próprio usuário, o coordenador de laboratório de radiofrequência do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações (CPqD), Rúbens Maeda, explica que os celulares falsificados e não homologados também podem comprometer outros aparelhos eletrônicos que funcionem por radiofrequência, como telefones sem fio residenciais, roteadores e até MP3 players. (FB)

1 - Como se proteger

Para saber se o seu celular está homologado, basta procurar o selo com o logotipo da Anatel, normalmente colocado na parte de trás da bateria ou no manual do usuário. Nele, o usuário encontra um código de barras e um número. Por meio dessa identificação, é possível obter, no Sistema de Gestão de Certificação e Homologação (SGCH), informações sobre o aparelho e a situação em que ele se encontra.

Oferta com 115% de ágio consolidaria Telefónica no país

FOLHA DE S.PAULO - MERCADO - SÃO PAULO - 01/07/10 - Pg. B-03
De São Paulo
Analistas afirmam que a Vivo não vale o que a Telefónica quer pagar à PT (Portugal Telecom) para assumir o controle da operadora brasileira. O ágio é de 115%.

Na Bovespa, a Vivo inteira está avaliada em R$ 24 bilhões, incluindo ações com direito a voto e preferenciais.

"Como os espanhóis estão comprando os 30% da PT na Vivo, estimamos que, para eles, a Vivo toda vale cerca de R$ 53 bilhões", afirma Luciana Leocadio, analista da corretora Activa. "Para o mercado, ela não vale tudo isso."

Os espanhóis não estão queimando dinheiro à toa. A Vivo é a operadora líder do mercado brasileiro de celular, com quase 54 milhões de linhas habilitadas e uma receita anual de R$ 16 bilhões.

Há quase um mês, ela anunciou um plano de expansão de cobertura de internet 3G (terceira geração) para 2.832 municípios. Hoje ela atende 600 com esse serviço. Com o novo plano, que será concluído no final de 2011, ela estará vendendo internet a 85% da população brasileira e terá dimensão para competir com a Oi.

Desde que a Oi adquiriu a Brasil Telecom, em janeiro de 2009, o governo modificou as leis que regem o setor de telecomunicações permitindo que as concessionárias de telefonia possam atuar em território nacional.

A Telefônica continuou restrita a São Paulo (sua área de concessão), por uma questão de investimento.

Especialistas dizem que, para sair de São Paulo, a Telefônica teria de praticamente dobrar seus investimentos em um ano. "Talvez ela possa pagar mais pela Vivo e aproveitar sua infraestrutura (rede móvel) instalada no país para não precisar investir tanto fora de São Paulo", diz Juarez Quadros, sócio da Órion Consultores e ex-ministro das Comunicações.

CONSOLIDAÇÃO

Com a Vivo, a Telefônica passaria a atuar em território nacional e seria a maior operadora em receita e número de clientes. Além disso, conseguiria resolver um dilema.

Hoje os grupos estrangeiros que atuam no país estão passando por um processo de consolidação. Isso significa que eles estão reunindo debaixo de uma mesma empresa suas companhias de telefonia fixa, internet, TV paga e celular.

América Móvil (Embratel, Claro e Net), Oi (Oi e Brasil Telecom) e Telecom Italia (TIM e Intelig) estão avançadas nesse processo, que permite a oferta de pacotes combinados conhecidos como triple-play (três em um) ou quatro em um. Sem isso, a Telefônica não conseguirá ser competitiva. E isso não tem preço. (JW)

Integração é importante para Vivo e Telesp

VALOR ECONÔMICO - EU & S.A. - SÃO PAULO - 01/07/10 - Pg. D-04
Por Gustavo Brigatto e Graziella Valenti, de São Paulo
Se o futuro da Telefónica e da Portugal Telecom (PT) está em jogo na disputa pelo controle da Vivo, a capacidade de competição da operadora brasileira não é menos dependente do resultado dessa batalha. Bem como o da Telesp.

A importância e a lógica de uma combinação entre Vivo e Telesp não deixaram os analistas e investidores darem grande importância à surpreendente decisão do governo português de vetar a operação.

Essa aposta é turbinada pela expectativa de que a União Europeia pressione Portugal pela retirada da "golden share" e pela crença de que o interesse da Telefónica manterá a negociação aberta.

"Pensamos que isso não é significativo." Essa é avaliação do Barclays sobre o veto português, por conta da pressão na Europa.

O governo pode voltar atrás sem que haja necessidade de uma nova assembleia. Nesse caso, o conselho de administração da Portugal Telecom tem competência para selar a venda da Vivo.

As ações ordinárias da Vivo, que compartilham o expressivo prêmio de controle oferecido pelos espanhóis, subiram mais de 7%, para R$ 86,00. A proposta da Telefónica equivale a R$ 136 por ação ordinária detida pela Portugal Telecom, o que dá R$ 109 por ação de minoritário (ON). Nem mesmo as ações da PT sofreram baque muito grande em Lisboa: queda de 1,45%. Já os papéis da Telefónica, em Madri, tiveram leve alta de 0,96%.

"Acreditamos que as ações da Vivo e da Telesp reagirão bem com as significativas sinergias de uma fusão", escreveram os analistas do Deutsche Bank após a assembleia, destacando que apesar do veto, a oferta foi aprovada pelos acionistas, o que é uma vitória para os espanhóis.

Para Valder Nogueira, do Santander, que também considera positiva os 74% de aprovação para venda da Vivo, a medida do governo pode dar tempo adicional para a PT encontrar e negociar a entrada numa outra empresa. Há grande expectativa de que essa companhia seja a Oi.

Mas uma eventual frustração definitiva de uma combinação entre Telesp e Vivo traz preocupações. Na avaliação de analistas, caso a Vivo não integre sua operação a uma rede fixa, pode vir até a perder a liderança do mercado de telefonia móvel no Brasil. "Se você tem o movimento dos competidores acontecendo e não se prepara para esse cenário, lá na frente isso vai apertar o calo", diz Bruno Baptistão Neto, da Frost & Sullivan.

A união dos serviços fixos e móveis é uma tendência global que no Brasil foi iniciada pela Oi. O processo de integração também está acontecendo na TIM, que comprou a Intelig no ano passado e na Claro, que atuará mais próxima à Embratel com a reorganização das empresas do mexicano Carlos Slim.

Para Neto, essas movimentações levam algum tempo para resultar em produtos ao consumidor. O analista diz acreditar, no entanto, que quando chegarem, essas ofertas serão bastante agressivas. "A Vivo não pode dar margem para erros. Ela precisa de uma definição rápida", diz.

Ronaldo Sá, da Orion Consultores, acredita que além da integração das redes, a Vivo também perde ao não poder aproveitar os canais de venda da Telefónica no Estado de São Paulo.

Sá duvida que sinergias desse tipo poderiam ser alcançadas pelo entendimento entre espanhóis e portugueses. "Nenhuma tentativa de se fazer isso deu certo até hoje."

Ele acredita ainda que a falta de entendimento entre os sócios possa afetar as decisões estratégicas da Vivo, caso não haja uma solução para o impasse gerado pelo governo português como aposta o mercado. "A Telefónica pode não ter poder para levar o negócio para onde quiser, mas para contrariar as decisões ela tem", pontua.

As desavenças entre os sócios eram sérias até 2005, antes da chegada de Roberto Lima à presidência. O clima melhorou mais em 2007, quando a Vivo abandonou o CDMA e migrou para a tecnologia GSM. Agora o cenário de disputa interna surge novamente.

Mas a união com a Telefónica pode ter um efeito limitado para a Vivo, na opinião de Francisco Neves, diretor regional de São Paulo da Guerreiro Consult. Para o especialista, as vantagens só seriam percebidas em São Paulo, onde a Telefónica opera telefonia fixa.

O professor Arthur Barrionuevo, da Fundação Getúlio Vargas de São Paulo (FGV-SP), acha perfeitamente possível a Vivo permanecer só como uma operadora móvel. "[A integração] é uma vantagem, mas não é imprescindível."

Para ZTE, faixa de 800 MHz é ideal para o LTE

TELETIME ONLINE - WEB - 30/06/10
Enquanto as operadoras brasileiras aguardam a decisão da Anatel sobre a nova destinação da faixa de 2,5 GHz, cresce o número de fabricantes de equipamentos que apontam outra faixa de radiofrequência como a ideal para a evolução da telefonia móvel para a quarta geração (4G). A fabricante chinesa ZTE aposta na faixa de 800 MHz como a melhor para a próxima fase da telefonia móvel. "Sem dúvida, a faixa de 800 MHz é a ideal", assegura o presidente da ZTE Brasil, Eliandro Ávila.

"As melhores operações atualmente são as feitas em 850 MHz, as mais estáveis e de melhor qualidade de sinal. Com o LTE não é diferente, apesar de estarmos prontos para implantar a tecnologia na faixa que estiver disponível nos países", complementa o executivo. Segundo Ávila, a ZTE já possui 10 testes da nova tecnologia 4G em países da Europa e da Ásia e, em breve, devem ser iniciados projetos com a Telefónica de Espanha nos países em que ela indicar. Ávila não diz se o Brasil pode ser um desses países. Mas com o dilema sobre a radiofrequência a ser usada por aqui, pode ser que o país fique de fora desse pacote de testes.

Nos testes já em andamento com equipamentos ZTE, as operadoras têm utilizado diversas radiofrequências, inclusive na faixa de 2,5 GHz em alguns países. Mas, considerando que os fabricantes têm se preparado para as mais diversas escolhas espectrais, parece certo que ainda não há um consenso sobre qual faixa será padronizada para o 4G.

Há duas semanas, a Ericsson, em parceria com a operadora sueca TeliaSonera, lançou a primeira oferta comercial de LTE no mundo, usando a faixa de 3,6 GHz. Mas a fabricante também defendeu a faixa de 800 MHz como a melhor para o funcionamento da tecnologia, acrescentando que o overlay na rede 3G sai mais barato do que a implantação de uma infraestrutura nova operando em uma faixa diferente.

No Brasil, a aposta da Anatel é no 2,5 GHz, ocupado hoje pelas empresas de TV por assinatura com tecnologia MMDS e por prestadores de Serviço de Comunicação Multimídia (SCM). A proposta da agência é reduzir fortemente o espaço da TV paga nessa faixa, dando espaço para que as empresas de telefonia móvel migrem para o 4G. A decisão final sobre a mudança de destinação ainda não foi tomada pela Anatel.

Mariana Mazza

Ericsson e governo de Minas investirão R$ 16 milhões em P & D

DIÁRIO DO COMÉRCIO BH ONLINE - WEB - 01/07/10
Luciane Lisboa.

A companhia sueca Ericsson Telecomunicações S/A fechou ontem parceria com o governo do Estado para a criação de dois centros de pesquisas, que irão desenvolver produtos nos setores de tecnologia de informação (TI) e telecomunicações em Minas. Serão destinados R$ 16 milhões (metade do Estado e metade da Ericsson) para implantação dos dois projetos, que serão instalados na Capital e em Santa Rita do Sapucaí, no Sul de Minas.

Conforme o secretário de Estado de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Alberto Duque Portugal, o acordo foi fechado por meio do programa Inove em Minas, vinculado ao Sistema Mineiro de Inovação (Simi), iniciativa da secretaria.

"Essa parceria é muito importante para o desenvolvimento socieconômico de Minas Gerais, principalmente porque agrega conhecimento ao Estado, já que se trata de uma empresa de alta tecnologia. São projetos estruturadores", afirmou Portugal, durante a solenidade, realizada na sede do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG).

Pelo protocolo de intenções assinado ontem, serão desenvolvidos projetos de IPTV (IP Television) e IMS (IP Multimedia Subsystem), tecnologias fundamentais para o futuro da televisão digital e para a integração das telefonias fixa e móvel, que levarão soluções multimídia para TVs, computadores e telefones.

Além do ganho com o desenvolvimento de novas tecnologias, Portugal também ressaltou a atração de técnicos qualificados para o Estado. "A ideia é treinar estes profissionais e, por tabela, nossas indústrias também serão beneficiadas", disse.

Centro tecnológico - De acordo com o secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, Sérgio Barroso, os dois centros de pesquisas são apenas o "embrião" de um projeto muito mais ambicioso. "Sabemos que a Ericsson tem planos de criar um centro tecnológico em local estratégico e queremos que Minas Gerais seja este local", afirmou.

O vice-presidente da Ericsson no Brasil, Eduardo Ricotta, confirmou a intenção de investimento e disse que Minas Gerais está "definitivamente no páreo". "Temos projetos de novos investimentos e tudo vai depender de como a parceria com Minas vai se desenvolver. As perspectivas são boas", afirmou.

Inicialmente, os dois centros de pesquisas irão gerar 50 postos de trabalho para pesquisadores (de recém-graduados a doutores). Todos receberão treinamento da Ericsson em tecnologia de ponta e serviços multimídia para TV pela rede IP, bem como sistemas de tarifação, gerenciamento de receitas, tecnologias 3G e 4G e redes convergentes.

China produz conversor da TV digital brasileira por R$ 63, mas loja vende a R$ 250.

TELESINTESE - WEB - 30/06/10
Por Lúcia Berbert
A Zinwell do Brasil, empresa que fornece equipamentos e soluções chinesas para os mercados de satélite, TV a cabo e TV terrestre, está importando da China septop boxes da TV digital por US$ 35, o modelo mais simples, sem o ginga. A notícia parece boa, já que o mercado brasileiro sofre com a falta de oferta desse equipamento a preço baixo, mas não é.

Essa é a opinião de industriais brasileiros e de formuladores de políticas públicas para o setor. Eles avaliam que o equipamento produzido a este preço não terá concorrentes no Brasil, o que dificultará, por exemplo, medidas de incentivos para que o conversor seja fabricado no país em larga escala, como pretende o governo.

Também não serve de alento para o consumidor, adianta o empresário, porque o produto está sendo vendido a mais de R$ 250 em uma grande rede varejista do país. "A comercialização prevê lucros estratosféricos, já que cada unidade sai a R$ 63", disse o industrial.

Além do conversor próprio para o padrão nipo-brasileiro, de 6MHz, a empresa chinesa também vende o septop box de 8 MHz, que poderia ser usado na África, caso países daquele continente queiram aderir ao sistema.

CPqD em Angola

TELESINTESE - WEB - 30/06/10
Em associação com o grupo angolano Vivagest, o CPqD formou a SPAT Ltda. Soluções Corporativas, com sede na capital, Luanda, na qual a companhia brasileira terá 40% do capital. A criação da empresa visa ampliar a oferta e melhorar a qualidade dos serviços de TI e telecom oferecidos em Angola - e, no futuro, em todo o continente africano. A administração da SPAT está a cargo de brasileiros, e a presidência será de Roberto Tchian, que trabalha no CpqD desde 1993. A SPAT iniciará operações em julho e deve faturar US$ 3 milhões. (Da redação, com assessoria de imprensa.)

Proposta de alteração do código de área de São Paulo ainda gera polêmica

Por Lúcia Berbert
Vivo, Embratel e Telefônica criticaram a proposta da Anatel para implementação de mais um código de área para os usuários de telefonia da região metropolitana de São Paulo, em audiência pública nesta quarta-feira (30), em Brasília. Pelo texto, os dois códigos – o novo 10 e o antigo 11- começarão a conviver a partir de 1º de novembro deste ano. Para isso, as operadoras terão que concluir as alterações nas redes e nos sistemas até 31 de outubro. Somente a Oi apoiou a proposta.

Para o diretor de regulação da Telefônica, Marcos Baffuto, o problema é o prazo máximo estipulado pela agência, que não é factível para a empresa fazer as mudanças necessárias. "Mais de 800 centrais terão que ser reprogramadas, seis milhões de usuários da rede fixa serão afetados, sem falar em nova bilhategem e faturamento", afirmou o executivo.

O diretor de assuntos regulatórios da Embratel, Ayrton Capella, defende que, ao invés da implantação dos dois códigos de área, a Anatel deveria implantar logo o nono dígito, que na proposta está previsto apenas para 2015. "Dessa forma, teremos menos transtornos para os assinantes", defende. Ele, no entanto, acha que a inclusão de mais um dígito no número dos telefones deve se ater, num primeiro momento, apenas a São Paulo, enquanto a proposta da agência é de que seja implantado em nível nacional.

O representante da Vivo, engenheiro Fábio Silva, disse que a proposta somente será factível se as ligações locais incluírem os códigos, mesmos para as mesmas áreas. "As ligações deverão ter todas 11 dígitos (o código de área mais o número da linha), caso contrário dificultará as alterações nos sistemas e causará problemas para os usuários, que acabarão reclamando das operadoras", disse.

A proposta da Anatel prevê que as ligações sejam feitas com oito dígitos, quando na mesma área, e 11 dígitos, quando em área diferentes. A Oi, que apoiou a proposta porque teme a escassez de números como um obstáculo a seus planos de crescimento na capital paulista, também criticou os dois tipos de ligações.

O gerente-geral de Comunicações Pessoais Terrestres da Anatel, Bruno Ramos, disse que o prazo é factível, mas acredita que as solicitações para ampliação do tempo de implantação ainda serão apreciadas pelo Conselho Diretor da agência. A proposta fica em consulta pública até amanhã (1º/07).

Escassez

A área 11 de São Paulo (região metropolitana) tinha até maio 35,8 milhões de códigos de celular, o que representava 14,4% da planta nacional e 59% da planta do estado de São Paulo. A estimativa da Anatel é que até o final do ano estarão esgotados os números de celular da região, e por isso a proposta de criação de códigos sobrepostos.

As operadoras reconhecem a necessidade de resolver a escassez dos números, mas acreditam que a proposta pode ainda ser aperfeiçoada. O tema vem sendo debatido entre Anatel e operadoras há dois anos.

16 julho 2010

Brasil chega a 185 milhões de acessos móveis

 

CONVERGÊNCIA DIGITAL - WEB - 15/07/10

Da redação
Com 1.424.130 de habilitações em junho, o Brasil chega a 185.134.974 de acessos do Serviço Móvel Pessoal (SMP). No ranking nacional, Vivo e Claro ficaram estáveis, TIM ligeira alta e a Oi, nos últimos três meses, perdeu 0,22%.

Do total de acessos, 152.394.841 (82,32%) são pré-pagos. Os demais 32.740.133 (17,68%), pós-pagos. Segundo a Anatel, a densidade foi de 95,92 acessos por 100 habitantes (crescimento de 0,69% sobre o mês anterior). Um dado curioso: Os terminais analógicos, pela primeira vez, não são contabilizados no ranking da Anatel. Os números da agência zeraram o número de terminais analógicos existentes. No mês passado, ainda havia pouco mais de 500 ativados.

No ranking das celulares, a Vivo manteve a liderança com 30,24%, chegando a 55.977.308 assinantes, com uma queda de 0,1% em relação ao mês de maio. A Claro chegou a 25,33%, com 46.901.528 assinantes ( em maio foi 25,41%). A Tim alcançou 24%, com 44.424.855, uma ligeira alta em relação ao mês passado(23,82%).

Nos últimos três meses quem tem mantido tendência de queda é a Oi. Em abril, a concessionária respondia por 20,30% do mercado. Em maio, caiu para 20,15% e, agora, em junho ficou com 20,08%, com 31.168.967

Vivo realiza integração de plataformas

 

TELETIME ONLINE - WEB - 15/07/10

A Vivo informou nesta quinta-feira, 15, que realizará a última etapa da integração dos seus sistemas de Minas Gerais aos da Vivo nacionalmente, entre os dias 16 e 20 de julho. Com isso, os clientes mineiros dos planos pós-pagos terão os mesmos benefícios, promoções, produtos e serviços já oferecidos pela operadora aos seus mais de 55 milhões de usuários em todo o Brasil.

A operadora informou também que, em função do trabalho de integração, alguns serviços serão impactados durante esse período para os clientes em todo o País. A realização de recargas ficará indisponível no domingo, dia 18, da 1 às 11 horas da manhã, para os usuários de planos pré-pagos e Vivo Controle. A operadora recomenda que esses clientes antecipem a recarga, evitando ficar momentaneamente sem créditos durante a manutenção do sistema. Outros serviços, como a portabilidade, trocas de planos, ativação e desativação de pacotes, também estarão indisponíveis na central de atendimento e no site da operadora, em alguns períodos entre os dias 16 e 20 de julho.

Além das indisponibilidades citadas, em Minas Gerais e no Centro-Oeste, que compartilham a mesma plataforma, alguns outros serviços também serão impactados temporariamente. São eles as chamadas interurbanas e internacionais e chamadas para outras operadoras nos planos pré-pagos e Vivo Controle no domingo, 18, da 1 às 11 horas da manhã. O serviço de dados para esses planos também será paralisado em Minas, das 23 horas do sábado, 17, às 11 horas de domingo, 18. Já para os clientes da operadora no Centro-Oeste, o serviço estará indisponível da 1 hora às 11 horas de domingo, 18.

Possível redução da VU-M aumenta pressão sobre a PT

 

TELESINTESE - WEB - 15/07/10

por Miriam Aquino

A posição da Anatel, que estuda cortar a taxa de terminação do celular, poderá reduzir o valor da Vivo no futuro.

Os atuais controladores da Portugal Telecom têm um componente novo a ponderar na reunião de amanhã de seu conselho diretor, último dia de oferta de 7, 15 bilhões de euros pela Vivo feita pela Telefónica, que acabou sendo rejeitada pelo governo português. E esse componente é o posicionamento da Anatel para a redução da taxa de terminação da rede móvel (conhecida aqui como VU-M).

Conforme o documento a que o Tele.Síntese teve acesso e publicou há alguns dias com exclusividade, três superintendências da Anatel formularam proposta de redução da VU-M (através da redução da VC, a tarifa de público da ligação fixo-móvel, que é regulada pela agência) que prevê queda, em cinco ano, a começar a partir do próximo ano, de mais de 50% no valor nominal desta tarifa,que passaria dos atuais R$ 0,40 para R$ 0,19 em 2015.

Fontes do mercado analisam que, mesmo que não sejam esses os cortes a serem promovidos, já há uma sinalização da Anatel - e do próprio governo, confirmada em entrevista do secretário de Telecomunicações, Roberto Pinto Martins - de que não dá mais para manter os atuais valores desta tarifa. E a Vivo é a mais exposta a esta receita, o que significa que, assim que a medida for tomada, o valor de mercado da operadora de celular brasileira vai cair. Por isto, avaliam alguns analistas, aqueles que são contrários à oferta da Telefónica ficariam em posição difícil em rejeitar a atual proposta da operadora espanhola, pois eles não podem alegar desconhecimento da movimentação da Anatel no sentido de rever para baixo a tarifa de interconexão da rede móvel

29 junho 2010

Toque no celular permite saber se número é da mesma empresa

Sinal antes da ligação indica caso telefone pertença à operadora.

A portabilidade do celular facilitou a vida de quem quer mudar de operadora, mas criou um problema para os que têm poucos créditos e preferem fazer ligações para telefones da mesma companhia, o que é mais barato. Se antes era possível saber de que empresa o destinatário da chamada era cliente ao observar o prefixo da linha, agora não há mais diferenciação, pois é possível migrar de uma operadora para outra mantendo o número. Por isso, a TIM e a Claro passaram a usar um sinal antes de começar uma
ligação para informar ao cliente quando ele liga para um celular da mesma prestadora.
Os usuários precisam ficar atentos ao som que surge antes de a ligação ser completada. Se houver o sinal característico, é garantia de que gastarão menos, pois o telefone chamado pertence à mesma operadora. A Oi e a Vivo não têm esse serviço. Nesse caso, o cliente pode acessar a internet Digitando o número no site www.abrtelecom.com.br, é possível descobrir a que operadora o aparelho é vinculado.

27 maio 2010

Com receitas em queda, Telefônica vende até telefone porta a porta

O ESTADO DE S. PAULO - NEGÓCIOS - SÃO PAULO - 17/05/10 - Pg. N4
Os moradores do bairro Piratininga, na periferia de Itaquaquecetuba (Grande São Paulo), estão acostumados a abrir a porta de casa para atender ambulantes. É comum encontrar, nas ruas vazias da região, gente oferecendo de verduras a batons. Na manhã do último dia 12, um novo grupo de vendedores chamou a atenção da vizinhança.

- Dá licença. A senhora já tem linha de telefone?, repetia o representante da companhia de telecomunicações Telefônica cada vez que batia palmas e conseguia atrair uma dona de casa para o portão.

O estilo de vendas corpo a corpo foi adotado no fim do ano passado. Hoje, há 500 vendedores na cidade de São Paulo e no interior do Estado. O número deve dobrar até o fim de 2010 e subir para 2 mil no ano quem vem. Essa é uma tentativa de convencer a baixa renda a instalar o telefone fixo em casa pela primeira vez - e, assim, estancar a queda nos resultados de um negócio que representa 70% do faturamento da companhia.

O esforço extra de vendas acontece em meio a um momento especialmente delicado. Há duas semanas, o grupo espanhol Telefônica tenta, até agora sem sucesso, adquirir o controle da operadora de celular Vivo, em que já tem uma participação. Em um cenário de vendas em queda, a fusão entre as operações de telefonia fixa e móvel poderia gerar uma economia de custos de 2,8 bilhões e ainda otimizar a venda de produtos da companhia.

No ano passado, a Telefônica registrou uma queda de 1,6% na receita com a assinatura de telefones fixos. No caso da habilitação de novas linhas, o faturamento bruto caiu 4,8%. A venda de minutos que excedem os planos dos clientes diminuiu em 11,7%. Esse movimento, junto com as panes apresentadas pelo serviço de banda larga Speedy e a interrupção na comercialização desse serviço, levou à queda de 1% nas vendas líquidas da companhia como um todo em 2009. Neste ano, a telefonia fixa continuou a encolher. Ao todo, a receita do segmento caiu 5,5% no primeiro trimestre em comparação com o mesmo período do ano anterior.

Os dados da Telefônica refletem a situação do mercado em geral. No Brasil, o número de linhas fixas em uso cresceu 6,3% de 2003 para cá. No mesmo período, os celulares explodiram: o aumento foi de 275%. "Foram as operadoras autorizadas, como Embratel e GVT, que conseguiram ampliar a base de telefones fixos do País. Essas empresas trouxeram novidades. Já as concessionárias tradicionais apresentaram perda de linhas", diz Eduardo Tude, presidente da consultoria Teleco.

A impopularidade dos telefones fixos é um problema global. Ao contrário do Brasil, que ainda mostra um crescimento tímido, países ricos como Estados Unidos e Reino Unido apresentam decréscimo de linhas desde meados da década. Até mesmo em países como China e Índia, onde boa parte da população nunca teve um aparelho em casa, o número de linhas cai desde 2006. Na prática, os consumidores emergentes pularam essa fase e adotaram diretamente o celular.

Para os executivos da Telefônica, porém, o Brasil pode ter um destino diferente. "Muito se fala sobre a morte do telefone fixo. Mas estamos aqui para mostrar o contrário. No Estado de São Paulo, há 3 milhões de pessoas sem linhas fixas. Imagine se a gente pegar um pedacinho disso? ", diz Mariano de Beer, diretor-geral da Telefônica. Segundo a empresa, o número de clientes na telefonia fixa aumentou de março até agora, o que reverteu uma trajetória de cinco anos em queda.

A venda porta a porta é uma das principais explicações para essa melhora, segundo o executivo. Mas não se trata de um trabalho simples (afinal, cosméticos e alimentos chamam a atenção dos consumidores bem mais facilmente). Em média, cada representante da Telefônica bate em 60 portas por dia e faz negócio com, no máximo, 10 clientes. A maioria dos consumidores já tem celular pré-pago. Para convencê-los, os vendedores argumentam que as ligações de telefone fixo são seis vezes mais baratas que as do celular pré-pago (a empresa chegou a esse número comparando ligações locais entre fixo e fixo e entre celular pré-pago e fixo).

A Telefônica também tenta seduzir os clientes oferecendo um portfólio cada vez mais amplo, com planos flexíveis, aos moldes das operadoras de celular. Hoje, a empresa tem mais de 20 pacotes diferentes, que são explicados aos poucos para os consumidores da baixa renda. Nesta semana, a companhia deve lançar mais um. No plano flex, o cliente não paga assinatura e o valor da mensalidade funciona como crédito a ser gasto com qualquer tipo de ligação. "Muitas pessoas compravam o pré-pago porque não conseguiam pagar a assinatura de telefonia fixa. A gente não dava outra opção. Agora estamos dando", diz de Beer.

Dúvidas. A grande pergunta, agora, é se o ganho de usuários vai se refletir em ganho de receita. Afinal, os consumidores que entram no sistema - provenientes da baixa renda - pagam menos por seus pacotes que os clientes tradicionais. "Não esperamos taxas de crescimento olímpico, mas algo modesto. Na pior das hipóteses, queremos a manutenção da base", afirma o presidente do grupo Telefônica, Antonio Carlos Valente. A companhia acredita que o reflexo do trabalho de porta a porta deve aparecer nas vendas da companhia no segundo trimestre.

O mercado, porém, é menos otimista. Três analistas da área de telecomunicações consultados pelo Estado esperam uma redução na receita de telefonia fixa ao final de 2010. "Essa tendência de queda é estrutural. As pessoas vão continuar a usar mais o celular, já que as operadoras oferecem planos cada vez mais agressivos", diz o analista Andrew Campbell, do banco Credit Suisse. "Espera-se de uma empresa como a Telefônica que o crescimento de banda larga e do serviço de TV por assinatura compense. Mas não foi o que aconteceu no ano passado e nem no primeiro trimestre."

Nos três primeiros meses do ano, a companhia apresentou uma queda de 1,7% em sua receita líquida. O resultado se deu apesar do crescimento do Speedy, que acrescentou 163 mil clientes à sua base em uma taxa de expansão inédita. "A Telefônica saiu da inércia em banda larga. E esse é um movimento a ser aplaudido", diz Valder Nogueira, analista do Santander.

O problema é que o crescimento se deu com a queda na rentabilidade diante de investimentos que a empresa precisou fazer para melhorar a qualidade de seu serviço - e sua imagem. Todas as vendas passaram a ser auditadas, por exemplo, para garantir que o cliente entendeu o que comprou e recebeu o que pediu.

Está exatamente aí o grande desafio da empresa daqui para frente. De um lado, diminuir o impacto negativo de um negócio em xeque. De outro, aumentar os ganhos com o promissor braço de banda larga, que ainda sofre os efeitos de uma crise recente. Isso tudo ao mesmo tempo em que a Telefônica tenta costurar um dos acordos mais importantes de sua trajetória no País- e que pode deixar sua tarefa um pouco menos pesada.


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Endereços de internet estão se esgotando, diz presidente da Icann

FOLHA ONLINE - WEB - 14/05/10 - da Reuters, em Moscou
O mundo logo esgotará o número de endereços de internet disponíveis, por conta da explosão no número de aparelhos conectados com a web, a menos que as organizações adotem uma nova versão do Internet Protocol, declarou o presidente da organização que aloca os endereços IP.

Rod Beckstrom, o presidente da Icann, disse que apenas 8% a 9% dos endereços ipv4 ainda estão disponíveis, e que as companhias precisam adotar o novo padrão ipv6 o mais rápido possível.

SXC

Mundo logo esgotará o número de endereços de internet disponíveis, por conta do número de aparelhos na web

"Estão se esgotando", declarou em entrevista. "A mudança realmente precisa ser realizada; estamos chegando ao final de um recurso escasso."

O ipv4, usado desde que a internet se tornou pública, nos anos 80, foi criado com espaço para apenas alguns bilhões de endereços, enquanto a capacidade do ipv6 é da ordem dos trilhões.

Uma multiplicidade de aparelhos, entre os quais câmeras, players de música e consoles de games, estão se somando aos computadores e celulares na conexão à web, e cada um deles precisa de um endereço IP próprio.

Hans Vestberg, presidente-executivo da fabricante de equipamentos para telecomunicações Ericsson, previu no começo do ano que haveria 50 bilhões de aparelhos conectados, até 2020.

Beckstrom disse que "é uma grande tarefa administrativa e de operações de rede... mas terá de ser realizada, porque nós, seres humanos, estamos inventando tamanho número de aparelhos que usam a internet, agora."

Beckstrom estava em Moscou para a entrega formal do primeiro nome de domínio internacional em alfabeto cirílico para a Rússia. Em lugar de ter de usar o domínio ".ru", expresso no alfabeto latino, as organizações russas agora poderão empregar seu equivalente em cirílico.

A Icann aprovou a introdução gradual de nomes de domínio internacionalizados no ano passado. Países podem solicitar nomes de domínio nacionais em outras formas de alfabeto, como o arábico ou o chinês, e isso no futuro será expandido para todos os nomes de domínio da internet.

Até o momento, Rússia, Egito, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos obtiveram aprovação da Icann para usar seus alfabetos nacionais no domínio de primeiro nível, a parte do endereço que vem depois do ponto.


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Ericsson: 60 teles adotarão LTE para 4G

CORPBUSINESS - WEB - 14/05/10
Durante evento ocorrido no Rio de Janeiro, durante esta semana, o Gerente de Assuntos Corporativos da Ericsson, Edvaldo Santos, falou sobre a implantação da banda larga móvel de quarta geração, o 4G, e a adoção da tecnologia Long Term Evolution - LTE - em escala global.

Segundo Edvaldo, a implementação pela Ericsson da tecnologia LTE (Long Term Evolution) na Europa vem superando as expectativas da empresa e, até o final do ano, mais 25 cidades na Suécia e quatro na Noruega contarão com a tecnologia, capaz de acelerar a capacidade e a velocidade das redes de telefonia celular, totalizando 31 localidades nesses países. Em outras partes do mundo, os negócios com LTE também estão crescendo. De acordo com o executivo, 60 operadoras de 30 países já se comprometeram a adotar a LTE.

Até o momento, além da Teliasonera, na Europa, a Ericsson já assinou contratos comerciais de LTE com outras três grandes operadoras globais: AT&T, Metro PSC e Verizon, nos Estados Unidos, e DoCoMo, no Japão.


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O mercado do dinheiro pelo celular, no Rio

E-THESIS - WEB - 14/05/10
O mercado do dinheiro móvel, suas tendências e inúmeras implicações. Como os bancos e as operadoras de telefonia celular vão conviver nesse cenário, que já tem aplicações bem desenvolvidas em alguns países. O exemplo dentre os diversos modelos de serviços promovidos por bancos e operadoras no mundo, vale destacar o exemplo do Paquistão, onde a operadora Telenor utiliza uma licença bancária do Tameer Bank e o banco MCB oferece um serviço móvel. É um exemplo de parceria, na qual bancos e operadoras podem gerar mercados maiores e mais rentáveis com benefícios para ambos os lados.

Muitos especialistas acreditam que operadoras e instituições financeiras podem criar uma relação baseada na cooperação mútua, onde os bancos entram com a credibilidade financeira e as operadoras móveis respondem pela distribuição do serviço. Outros especialistas, no entanto, acreditam que haverá uma disputa por grandes clientes no mercado de serviços móveis financeiros.

Os desafios e oportunidades que o chamado mobile money vai trazer no futuro serão discutidos durante o Mobile Money Summit, evento mundial promovido pela Associação GSM, e que vai se realizar entre os dias 24 e 27 de maio, no Rio de Janeiro. Gavin Krugel, diretor global de Mobile Money, será o porta-voz da Associação e estará disponível para atender às solicitações.

O evento contará com a presença de diversos líderes globais de empresas de telecomunicações e do segmento financeiro. Estão confirmados representantes de instituições, como: Mastercard, Visa, Western Union, Vivo, Oi, Oipaggo, Telefónica, Banco do Brasil, Citibank, Nokia, Ericsson, Alcatel-Lucent e outras.

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10 maio 2010

E como anda o 4G LTE no mundo?

Eduardo Prado, 10.mai.2010
 
A telefonia móvel está crescendo de forma assustadora no mundo e no Brasil.
 
A banda larga móvel está "bombando" no mundo e no Brasil.
 
Os smartphones estão espalhando-se pelo mundo em uma grande velocidade que será cada vez maior com o aumento da escala e a conseqüente redução de preços.
 
Segundo o IDC, a Apple foi a grande campeã do 1T2010 na venda de smartphones vendendo 8,8 milhões de unidades globalmente e aumentado as suas vendas em 132% quando comparadas com o 1T2009 (ver Smartphone Share Keeps Growing, Dailywireless, 07.may.2010).
 
No ranking das 100 marcas mais valiosas do mundo o Google (aquele do Android) ocupa o 1º lugar, a Apple (aquela do famoso iPhone) o 3º lugar, a HP (agora com a Palm) o 12º lugar e o BlackBerry em 14º lugar (ver BrandZ Top 100, Millard Brown, 28.apr.2010). A Nokia perdeu 30 posições em um ano - perdendo 58% do valor da sua marca - e encontra-se no 43º lugar. Os acionistas da Nokia já começaram a irritarem-se com os rumos da empresa pois a Nokia está perdendo muito espaço para a Apple (ver Nokia Investors Lose Patience 3 Years After IPhone, Bloomberg News, 06.may.2010).
 
Os cinco maiores fabricantes de computação (Dell, Lenovo, Acer, Toshiba e HP) estão entrando na seara dos smartphones (ver World's biggest computer makers if we include smartphones? Nokia, HP, Apple.., Communities Dominate Brands, 29.apr.2010).
 
Vários países estão fazendo licitações de espectro de 4G para suportar a implantação das redes 4G LTE. Entre eles destacamos: EUA (como pouca banda em 700 MHz), Finlândia, Dinamarca, Alemanha, Suécia, Noruega e Índia. Estes últimos na banda de 2,5 GHz (aquela que a ANATEL até hoje não sabe direito como vai  resolver ... dá-lhe MMDS!). A Holanda, Aústria, Suécia e França devem fazer seus leilões de 4G ainda este ano, com o do Reino Unido sendo esperado para 2011 segundo a Business Week. A Espanha, Itália e Portugal ainda não definiram quando realizarão os seus leilões de 4G.
 
Algumas cellcos no mundo já lançaram serviços comerciais em 4G LTE com destaque para TeliaSonera (na Suécia) e Telenor (na Noruega). Hoje 64 (sic!) cellcos têm commitements para implantação de redes 4G LTE. No Brasil, a Vivo – líder de mercado – saiu na frente de todas as outras operadoras móveis.
 
A Clearwire – a única que assinou um "grande cheque" de WiMAX Móvel com o apoio da Intel, Time Warner, Comcast e Google – está pensando em "mandar às favas" o WiMAX Móvel e implantar, também, o 4G LTE (ver Clearwire Preps For The Possibility Of Moving From WiMax To LTE, MoCo News, 05.may.2010). Meu Deus, será que a nossa completa viuvez do WiMAX já chegou?. Parabéns WiMAX Forum  pela sua bela estratégia!!! Você venceu juntamente com os Órgãos Reguladores e os Vendors de 3G/4G (e mais uns outros/as).

14 abril 2010

Vivo fecha contrato de ampliação de rede com Huawei e Ericsson


TELETIME ONLINE - WEB - 09/04/10

A Vivo fechou um contrato de ampliação de cobertura e capacidade da sua rede com Huawei e Ericsson. Depois de um processo de seleção de fornecedores por meio de uma RFP, a operadora optou por manter os atuais fornecedores. Trata-se de um contrato guarda-chuva, através do qual estão previstas a ampliação de capacidade e cobertura na rede 3G e de capacidade, mas também alguma ampliação de cobertura na rede 2G, em função do cumprimento das metas da Anatel. O contrato tem duração de 2 anos.

A divisão geográfica entre os fonecedores também foi mantida. A grosso modo, a Huawei ficou com estados nas região Sul, Nordeste e mais Rio de Janeiro e Espírito Santo. Minas Gerais, São Paulo e a região Norte ficaram com a Ericsson.

Helton Posseti

11 abril 2010

WiMAX Forum lança iniciativas para acelerar 4G


IP NEWS - WEB - 09/04/10

Instituições irá acelerar o lançamento do WiMAX 4G no mundo e aprimorar a performance do Release 1.

O WiMAX Forum anunciou o lançamento de uma iniciativa para acelerar os recursos adicionais mais avançados do Release 1 do certificado no segundo semestre de 2010. Além disso, a fundação está fazendo um rastreamento rápido de perfil e de planos de certificação para a próxima geração dessa tecnologia móvel no mundo, o WiMAX Release 2, baseado no IEEE 802.16m, para preparar o produto para certificação no final de 2011. Conforme aponta, um dos motivos para essa melhoria está relacionada ao aumento da demanda por esses serviços e um consumo de dados mensais médio entre 7-10 GB de algumas operadoras.

Em resposta à intensificação da demanda pelas redes e serviços WiMAX 4G, o WiMAX Forum lançou, também, uma iniciativa global para acelerar os recursos avançados do WiMAX que aprimora a performance médica da tecnologia do seu atual Release 1 em mais de 50 porcento, e ao mesmo tempo permanecendo em conformidade com o padrao IEEE 802.16e. Baseado neste cronograma acelerado, os produtos certificados com estes aprimoramentos devem estar disponíveis no final de 2010.

De acordo com a instituição, essa iniciativa não irá atrasar o desenvolvimento do WiMAX Release 2 (WiMAX 2). Em suporte à finalização esperada do padrao IEEE 802.16m no segundo semestre de 2010, o WiMAX Forum está acelerando as atividades de perfil e certificação, preparando-se para certificar o produto WiMAX 2 no final de 2011. "Com a demanda global pelos serviços de banda larga sem fio em 4G experimentando um crescimento explosivo, os provedores de serviço WiMAX precisam de redes mais rápidas com maior capacidade e eficiência, e a comunidade WiMAX responde a essa demanda", disse Ron Resnick, presidente e chairman do WiMAX Forum.

Segundo o executivo, nenhum outro país apresenta este tipo de demanda como a India onde a penetração da banda larga é de menos de três porcento. “O WiMAX pode responder a essa demanda e as crescentes necessidades em todo o mundo e ainda nos dedicamos em levar essa performance para o próximo nível em um prazo ímpar", afirma.

No processo de melhorias inclui o apoio à adicional antena MIMO nas estações base (4 antenas transmissoras ao invés de 2), modulação de ordem mais alta (64 QAM) no uplink, downlink beamforming, e melhoria na reutilização da frequência fracionária (FFR) para aumentar a performance nos acionamentos de 1 reutilização, garantindo a interoperabilidade de vários fornecedores. Para a instituição, esses novos recursos têm o potencial de duplicar as taxas de picos de dados e aumentar a performance média e do celular do usuário final em 50 porcento.

O WiMAX Forum está lançando novos níveis de interoperabilidade e performance de rede aberta em 2010 com o avanço da tecnologia Release 1 para atender as necessidades das operadoras preocupadas com as futuras restriçoes causadas pelo seu própria demanda. Com a conclusão do padrão IEEE 802.16m ainda este ano, a instituição também deve agilizar a tecnologia WiMAX 2 nas mãos das operadoras e consumidores. Pelo fato do mercado já estar vendo produtos 802.16m em desenvolvimento, o Forum está se preparando para a certificação dos produtos Release 2 no final de 2011.

O WiMAX 2 é baseado no padrão IEEE 802.16m, que é documentado para atender os requisitos "IMT-Advanced" do International Telecommunications Union, apresentando melhorias significativas de cobertura e capacidade que servirão de alicerce para a próxima década da tecnologia 4G. O padrão prevê um enorme pico (zero path loss) nas taxas de transmissao - por exemplo, até 300 Mbps em um canal de downlink de 20 MHz - e latência ainda menor. A agregação de múltiplas operadoras de RF é possível ter larguras de banda de canal de até 100 MHz. Conforme indica, os canais mais amplos e a configuração da antena MIMO de ordem mais alta viabilizam o escalonamento da capacidade muitas vezes mais do que os sistemas sem fio mais avançados de hoje em dia.

O WiMAX Forum atualmente rastreia 559 acionamentos WiMAX em 147 países que devem cobrir mais de 620 milhões de pessoas em todo o mundo. Mais de 130 e 60 estações base foram certificadas pelo WiMAX Forum para as bandas 2,3 GHz, 2,5 GHz e 3,5 GHz.

10 abril 2010

Oi apresenta ao governo plano para universalizar a banda larga


O ESTADO DE S. PAULO - NEGÓCIOS - SÃO PAULO - 10/04/10 - Pg. B-14

A Oi apresentou ontem ao governo um plano de expansão da banda larga no País, em que a empresa ofereceria serviços de internet rápida a preços que podem variar de R$ 15 a R$ 35 para o consumidor. Esses valores são os mesmos que vêm sendo trabalhados pelo governo nos cenários elaborados para o Plano Nacional de Banda Larga e que seriam viáveis, segundo os estudos, para garantir o acesso das classes C e D aos serviços.


A proposta da Oi foi apresentada em reunião, que durou toda a manhã, com o presidente da empresa, Luiz Eduardo Falco, a ministra da Casa Civil, Erenice Guerra, e o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo. A proposta vem sendo avaliada com um novo passo para facilitar uma parceria entre governo e iniciativa privada.

Os valores dos serviços previstos no projeto foram informados pelo secretário de Logística e Tecnologia da Informação do Ministério do Planejamento, Rogério Santanna, que também participou da reunião. Santanna não revelou os investimentos estimados pela Oi, mas disse que a proposta passa por "possíveis desonerações fiscais" e segue um modelo parecido com o programa Luz para Todos, em que o governo subsidia diretamente o usuário por meio de recursos de fundos setoriais.

"Eu senti que a empresa já não tem uma abordagem que possa colidir diretamente com o plano do governo", disse Santanna, admitindo a possibilidade de a proposta da Oi integrar uma "operação mais ampla", também incluindo outras operadoras. "Acho que é um passo importante, espero que outras companhias façam um movimento similar", acrescentou.

Falco disse que a Oi é a operadora adequada para fazer a universalização, mas não deu detalhes da proposta. "Nós somos quem faz a universalização no Brasil de uma maneira geral. Como esse é um assunto de universalização, em parte, a gente deve estar presente", disse Falco. Depois de ter adquirido a Brasil Telecom, em 2008, a Oi passou a atuar com telefonia fixa e banda larga em quase todo o Brasil, à exceção de São Paulo.

Estatal. Santanna, que sempre defendeu uma participação maior do Estado no projeto de banda larga, mostrou um discurso mais ameno ontem. "Acho que é um plano que merece ser estudado. Evidentemente terá que se entrar na seara de custos e premissas, mas acho que a empresa tenta responder àquilo que nós apresentamos para eles", afirmou.

O secretário, entretanto, não quis fazer avaliações sobre a possibilidade de a proposta da Oi reverter a ideia do governo de criar uma estatal para a banda larga. Disse que ainda não foi tomada nenhuma decisão sobre quem será a operadora do plano. A hipótese que vinha sendo mais cogitada é a de a Telebrás assumir essas funções. De acordo com ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, Franklin Martins, o plano deverá estar concluído em aproximadamente 15 dias.

O pedido para que a Oi fosse ouvida partiu do presidente do BNDES, Luciano Coutinho, em reunião ocorrida na quinta-feira. Junto com fundos de pensão de estatais, o BNDES controla 49% da Oi. Apesar da participação do governo na empresa, Santanna disse que a Oi é uma operadora privada. "Acho que os bancos estatais emprestaram algum dinheiro, os fundos de pensão investiram, mas ela é uma empresa privada. Agora, certamente, é relevante o fato de ela ser uma empresa de capital brasileiro. Naturalmente temos que considerar esse aspecto", afirmou.

PROPOSTAS NA MESA

Estatal

O governo diz que sua meta é garantir que os serviços de banda larga cheguem a toda a população brasileira a preços mais baixos, e para isso estuda a criação de uma estatal para oferecer os serviços

Atuação

Ainda não está certo se o governo atuará apenas no atacado, fazendo a transmissão de dados, ou se chegará ao usuário final, oferecendo a conexão à internet rápida no varejo. Para isso, o governo quer utilizar as redes de fibras ópticas das empresas estatais como, a Eletrobrás e a Petrobrás

Plano privado

As empresas privadas apresentaram um plano, em novembro, elaborado em conjunto com o Ministério das Comunicações, que prevê chegar a 2014 com 90 milhões de acessos em banda larga

Investimentos

Neste projeto estão previstos investimentos de R$ 75 bilhões, sendo R$ 49 bilhões das teles e R$ 26 bilhões do governo, na forma de desoneração tributária e utilização de fundos setoriais

Nova proposta

Ontem, a Oi apresentou uma nova proposta, desta vez individual, para tentar viabilizar a parceria com o governo

LTE na América Latina


E-THESIS - WEB - 10/04/10

Telesemana
Chile, Brasil, Argentina e México - nesta ordem - serão os primeiros mercados a lançar redes LTE na América Latina, segundo pesquisa realizada pela Telesemana. O surgimento da sucessora das tecnologias de 3G (GSM, GPRS e WCDMA.), porém, não acontecerá sem a superação de alguns obstáculos, dos quais se destacam os entraves e a morosidade do ambiente regulatório e a indisponibilidade de algumas faixas de espectro - como os 700 MHz.

O Chile foi apontado como o mercado mais apto a lançar LTE, na pesquisa, por duas razões. A primeira é sua posição de primeiro mercado regional a lançar GSM, GPRS e WCDMA. Além disso, as operadoras Claro e Entel PCS já realizaram os primeiros testes públicos de LTE, em conjunto com os provedores Nokia Siemens Network (NSN) e Ericsson. A importância histórica de pioneiro no lançamento de novas tecnologias, sua situação econômica, a posição de Claro e Entel PCS e as iniciativas da agência reguladora dão ao Chile ferramentas eficazes para a outorga de novo espectro e faz com se encare o país como o de melhores condições para iniciar a comercialização da LTE.

Enquanto o mercado chileno já conta com a licitação de espectro em 2,5 GHz e, talvez, em 700 MHz -, o Brasil surge como outro possível candidato a lançar a tecnologia. A Telefónica informou, no ano passado, a intenção de realizar testes com a tecnologia em seis de suas filiais, das quais duas em suas subsidiarias latino-americanas: Brasil e Argentina. A carrier espanhola não incluiu sua subsidiária do Chile, porque quer marcar no Brasil posição de líder de mercado, comprometida como a primeira a lançar novas tecnologias - como fez no passado com o EV-DO.

Já a opção pela Argentina baseou-se no fato de este ser o mercado onde a banda larga móvel pessoal cresce à maior velocidade. Além disso, a Argentina conta com penetração do serviço móvel que supera os 100%, sendo o primeiro país a superar esta barreira, na região. Mas, os entrevistados da pesquisa da Telesemana não levaram em conta estas circunstâncias nas suas respostas, talvez devido à falta de espectro ou de anúncios relacionados a uma possível licitação na Argentina. Além disso, o governo argentino não deu qualquer sinal de que pretenda outorgar espectro para LTE.

O México, por sua vez, não recebeu muitas apostas dos entrevistados, o que pode levar a várias leituras. A primeira é o nível de competição no país. O domínio da Telcel não convida a que se faça muito esforço em inovação. Além disso, o regulador mexicano, Cofetel, se tem mostrado um tanto ineficiente na hora de outorgar novo espectro, como no de WiMAX ou na recente paralisação no processo de licitação de espectro nas bandas de 1700 MHz e 2100 MHz para a expansão dos serviços 3G no país.

A Venezuela também está no páreo, pois a Movistar já anunciou o possível lançamento de LTE em 2011.

Desafios

A pesquisa salienta que, como qualquer nova tecnologia emergente, a LTE enfrenta uma série de desafios tecnológicos, regulatórios e de mercado, que devem ser superados antes que a tecnologia seja adotada de maneira massiva. Sem a superação destes desafios, a tecnologia, como já ocorreu em outras ocasiões, pode não chegar a decolar na região.

Sob o ponto de vista de regulamentação, trata-se de dispor de espectro de onde se possa lançar uma tecnologia que, para ser diferente do HSPA+, necessita de canais mais amplos (possivelmente 10 MHz por 5 MHz, utilizados em WCDMA/HSPA). Como nas evoluções tecnológicas anteriores, há a discussão sobre em que faixa deve implantar-se a tecnologia, para que se obtenham os melhores benefícios.

O mercado parece ter se decidido pelas pela banda em 2,5 GHz, proposta para o mercado europeu, e a dos 700 MHz, apoiada pelas operadoras dos Estados Unidos. O problema com esta segunda banda de radiofrequência é que em alguns mercados ela não foi liberada e não estará disponível até que haja a migração completa para a TV digital terrestre.

Na pesquisa, fica evidente que o problema de espectro é o principal obstáculo a ser superado pela LTE. Embora surja como um problema temporal - pois as principais agências reguladoras já trabalham na confecção de licitações para o lançamento da LTE, o espectro não deixa de ser elemento fundamental para sua plena adoção. O WiMAX, por exemplo, sofreu bastante pela ineficiência regulatória na hora de se outorgar as bandas de 2,5 GHz ou 3,5 GHz. Os casos de Brasil e México são notórios na América Latina.

Outros mercados emergentes, como China ou Índia, também se mostraram ineficientes na entrega de espectro para 3G (China) ou WiMAX (Índia). Ao não ver o processo de outorga de espectro na maioria dos mercados, a pesquisa da Telesemana reflete esta incertez, que resulta no principal obstáculo que a LTE deve superar.

Curiosamente, a indústria leva meses debatendo sobre qual é a melhor solução para oferecer serviços de legado, voz e SMS. E embora estes serviços não sejam considerados prioritários nos primórdios de uma tecnologia, devem ser definidos de uma forma padronizada e única. Mas, a pesquisa não define a fragmentação das soluções como um problema, pois os dispositivos com capacidade de voz e SMS podem demorar 12 meses para aparecer no mercado.

Há dois fatores preocupantes nos lançamentos de LTE da América Latina que impactam as operadoras desde o início. O primeiro é o backhaul, já insuficiente para a 3G, em muitos casos. O outro é não só sobre se há demanda, mas se o usuário estará disposto a pagar mais pelos serviços de LTE, superiores aos do HSPA.

Autor: Rafael A. Junquera, diretor editorial da Telesemana

A supertele e a Telebrás


O ESTADO DE S. PAULO - NEGÓCIOS - SÃO PAULO - 10/04/10 - Pg. B-14

O presidente da Oi, Luiz Eduardo Falco, disse em entrevista a este jornal, no mês passado: “Somos uma companhia que pode estar perto do governo para fazer políticas públicas – 49% do controle é do governo, direta ou indiretamente.” Foi a primeira vez em que a operadora assumiu tão explicitamente sua condição de empresa paraestatal e, ontem, seu presidente foi a Brasília colocar em prática essa visão, ao se oferecer como a principal ferramenta de universalização da banda larga no País.

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômica e Social (BNDES), que promoveu o encontro de Falco com ministros ontem em Brasília, tem 31,4% do controle da companhia. Outros 18,5% estão nas mãos de fundos de pensão de estatais. Com a compra da Brasil Telecom (BrT) no fim de 2008, a Oi se tornou a operadora dominante em todos os Estados brasileiros, com exceção de São Paulo, e a maior empresa de banda larga do País, com 37% do mercado.

A compra da BrT foi cercada de polêmica. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva teve de assinar um decreto presidencial, mudando as regras do setor, para permitir a aquisição, mesmo com a possibilidade de ser acusado de beneficiar a empresa que comprou a Gamecorp, empresa que tem como sócio seu filho Fábio Luis da Silva. O apoio do BNDES e do Banco do Brasil para a aquisição chegou a R$ 6,9 bilhões.

Depois de todo o esforço para criar uma “supertele” nacional, essa empresa passou a ser tratada por técnicos do governo como uma operadora monopolista incapaz de atender o consumidor, sendo ameaçada com a volta da Telebrás, uma estatal que levaria a banda larga a preços módicos a todos os rincões do País. A visita de Falco à Brasília pode ser vista como um movimento para alinhar esses discursos, e para garantir que o apoio governamental obtido na época da compra da BrT continue com o plano de banda larga.

Da mesma forma que a volta da Telebrás incomoda as empresas privadas, a iniciativa da Oi de pleitear um tratamento especial do governo não é vista com bons olhos pelos concorrentes. Os competidores argumentam que seria ilegal a Oi receber um tratamento privilegiado.

30 março 2010

SDE sugere condenação de Vivo, Claro e TIM por interconexão

25/03/2010 - 17h53

A Secretaria de Direito Econômico (SDE) sugeriu nesta quinta-feira que as operadoras celulares Vivo, Claro e TIM sejam condenadas por prática de preços abusivos de concorrentes em tarifas de interconexão.

A queixa foi apresentada pela GVT em 2007 em conjunto com outras operadoras de telefonia fixa. Se condenadas por infração à ordem econômica, as operadoras celulares podem pagar multa de 1% a 30% do valor do seu faturamento bruto em 2007.

Segundo a SDE, Vivo, Claro e TIM praticaram "conduta excludente por meio dos valores cobrados para o VU-M, com vistas a elevar os custos dos rivais". O processo foi encaminhado ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).

A tarifa de interconexão é cobrada entre operadoras quando um cliente de uma rede faz uma chamada para o usuário de rede de uma empresa rival. Para completar a chamada, a empresa do usuário que recebe a chamada cobra uma taxa da operadora que originou a ligação.

Segundo a assessoria de imprensa do escritório que representa a GVT, Sampaio Ferraz, para se conectarem às redes celulares as operadoras fixas pagam em média R$ 0,42, enquanto para se conectarem às redes fixas, as operadoras móveis pagam uma Tarifa de Uso de Rede Local de R$ 0,03.

Procurada, a assessoria de imprensa da Vivo informou que a companhia aguarda um posicionamento definitivo do assunto pelo Cade. A TIM informou que "está analisando a recomendação técnica" da SDE e a Claro não se pronunciou imediatamente.

A SDE recomendou o arquivamento do processo em relação à Oi, também investigada no caso, por não ter sido comprovada conduta anticompetitiva por parte da empresa.

Segundo a assessoria de imprensa do Cade, não existe um prazo para que o assunto seja julgado.

As ações preferenciais da Vivo operavam em baixa de 1,67% às 16h53, enquanto as da TIM recuavam 0,4%. O Ibovespa apresentava perda de 0,1%

 

07 março 2010

MVNO e seus Conceitos Básicos



Eduardo Prado

Imagine você que gosta de usar telefone celular e ter a sua disposição uma Operadora de Telefonia Móvel com a sua marca de varejo predileta tipo um supermercado (como o Carrefour ou o Pão de Açúcar) ou um Banco (como Banco do Brasil). Imaginou? Sim isto poderá ser possível no Brasil sim, se a ANATEL puder evoluir com sua Consulta Pública (CP no. 50) de MVNO (ver Regulamento sobre Exploração de Serviço Móvel Pessoal (SMP) por Meio de Rede Virtual (RRV-SMP), ANATEL)  publicada pela  ANATEL em 22.dez.2009 com prazo de contribuições encerrando-se em 22.mar.2010 (ver Celular com chip de banco e supermercado, O Globo, 17.jan.2009).

Este serviço inovador é chamado Operadora Móvel Virtual ou MVNO (Mobile Virtual Network Operator) e existe em vários países avançados do mundo através de marcas de varejo muito fortes.

Para destacar alguns exemplos de MVNO, veja uma “pitada” do caso do Carrefour Mobile na Polônia (Effortel MVNO Retail Services, Brussels, January 2010) e o caso do Banco Rabobank na Holanda (Rabo Mobiel Introduction, Mobile Financial Services and NFC Innovation, June 2008).

Para começar a se familiarizar com a terminologia e conceitos deste novo negócio, veja esta matéria especial e inédita aqui no Convergência Digital:


Outras matérias do mesmo autor aqui no Convergência Digital:

E no Teleco:

01 março 2010

Celular com chip de banco e supermercado - MVNO


Celular com chip de banco e supermercado


BRASÍLIA - A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) está preparando uma nova regulamentação para o setor de telefonia móvel que promete revolucionar o mercado. Será criada a figura do operador virtual, que, na prática, transformará bancos e redes varejistas em empresas que também oferecem o serviço celular, mostra reportagem de Mônica Tavares e Patrícia Duarte publicada na edição deste domingo do jornal O GLOBO. Entre os interessados na novidade há pesos pesados como o Banco do Brasil (BB) e o grupo Pão de Açúcar, líderes em seus segmentos. Além de abrir espaço para novos serviços, a medida deve aumentar a concorrência.

O operador virtual poderá alugar a rede das grandes empresas de celular e trabalhar na ponta, junto ao consumidor, vendendo as linhas e/ou oferecendo serviços diferenciados por meio dos aparelhos. Por exemplo: uma grande loja de varejo ou uma empresa que vende ingressos para espetáculos poderá permitir que o cliente adquira produtos e informações pelo celular. Também poderá usar como chamariz descontos nos minutos conversados.

Para entrar em campo, a empresa interessada compra das operadoras tradicionais os minutos no atacado (mais baratos), revendendo-os para seus clientes. Na avaliação da Anatel, no Brasil, pequenas empresas que atuam em nichos de mercado, bancos e grandes redes que queiram fidelizar os clientes são os mais cotados para aderir ao novo segmento. Para o gerente de Regulamentação de Serviços Privados da agência, Bruno Ramos, o operador virtual acomoda qualquer tipo de interesse:

- O Brasil está começando a ter uma regulamentação flexível.

O novo negócio, cuja regulação está em consulta pública até março no site da agência (www.anatel.gov.br), já existe em vários países há cerca de dez anos. Lá fora, foi batizado de Mobile Virtual Network Operator (MVNO).

No Brasil, os interessados começam a aparecer. O vice-presidente de Tecnologia do BB, José Luís Salinas, adiantou que estuda a criação desse novo serviço e a possibilidade de fechar acordo com operadoras. A ideia é fornecer alternativas de serviços aos seus clientes por meio do celular.

No Pão de Açúcar, o interesse também é claro. O maior grupo varejista do Brasil - também dono das redes Ponto Frio e Casas Bahia - acompanha de perto as discussões para decidir sobre sua adesão. Concorrente direto, o Carrefour informou que está esperando a regulamentação da Anatel para definir sua estratégia.

Para analistas, o operador virtual poderá ser uma alternativa interessante de negócio, sobretudo em áreas que tenham pouca cobertura ou não atraiam tanto as operadoras de celular, como as regiões Norte e Nordeste.

- Há um lugar no paraíso para todas as empresas se beneficiarem (com o operador virtual). Pode ser uma oportunidade para os operadores celulares tradicionais trabalharem com nichos bem específicos - afirmou o analista-chefe de telecomunicações do Itaú Securities, Valder Nogueira.

É o caso da TIM. Para o diretor de Assuntos Regulatórios da empresa, Mário Girasole, o mercado se amplia com os novos parceiros:

- As operadoras virtuais podem ser uma ótima oportunidade para as operadoras de rede móvel contarem com um parceiro que atue em nichos onde elas não estão presentes.

Teles não querem obrigatoriedade
Para o diretor de Planejamento Estratégico da Vivo, Daniel Cardoso, pode ser um modelo de negócio que ataque as despesas comerciais, uma vez que alguns gastos poderiam ser divididos, como atendimento ao cliente e programas de fidelidade:

- Há uma oportunidade de negócio, desde que com parceiros corretos e regras razoáveis. É uma possibilidade de ganha/ganha. O desafio é achar um ponto de equilíbrio em que os dois ganham, sem impor condições.

Apesar de concordarem que todos podem ganhar com o negócio, as empresas de telefonia móvel ainda têm desconfiança com respeito à proposta. Isso porque ainda há frequências disponíveis a serem licitadas (como a banda H), ao contrário da realidade de outros países onde o serviço já está disponível. Ou seja, nestas localidades havia a necessidade de alugar a rede das empresas existentes. Procurada, a Oi não quis comentar o assunto.

- Quero negociar, não ser obrigado a ceder a minha rede - afirma um importante executivo da Claro.
Fonte: O Globo, 16 de janeiro de 2010.

27 fevereiro 2010

Anatel decide valor único para tarifa de interconexão por região

TELESINTESE - WEB - 02/02/10
Finalmente acabou as diferentes tarifas de interconexão que eram cobradas pelas operadoras de telefonia celular e que variavam entre as distintas unidades da federação. Desde que vendeu as licenças de 3G, a Anatel já havia mandado as empresas unificarem seus termos de autorização, medida que deveria ter sido providenciada até 31 de outubro de 2009 (quando se passaram os 18 meses regulamentares). Ao fazerem isso, as operadoras teriam, então, que cobrar uma única VU-M por região do PGA (que é igual às três regiões da telefonia fixa).

Aí começou uma disputa entre a Oi (que não tinha o que unificar, pois como quarta entrante, já nasceu "unificada") e as demais operadoras sobre qual deveria ser o valor da VU-M ideal. A briga foi parar em uma comissão de arbitragem da Anatel, que tomou uma medida cautelar hoje. Ponto para a comissão, pois agiu rápido antes que o passivo entre as empresas ficasse muito grande.

Assim, a Anatel estabeleceu que a Vivo deve cobrar R$ 0,43 por minuto na região Norte/Nordeste; R$ 0,41 na região Centro-Sul; e R$ 0,39 no estado de São Paulo. A VU-M da Tim, por sua vez ficou em R$ 0,42 na região Norte/Nordeste e São Paulo e R$ 0,41 na região Centro/Sul. A Claro ficou com R$ 0,41 para as duas grandes regiões e R$ 0,43 para São Paulo. Estes valores poderão ser mudados somente se as empresas pactuarem entre si, sem interferência da agência. Para os usuários, não há impacto, haverá apenas um encontro de contas entre as empresas. (Da redação),

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17 fevereiro 2010

Hélio Costa: Vazou uma proposta de decreto

  
DIÁRIO DO COMÉRCIO - POLÍTICA - SÃO PAULO - 28/01/10 - Pg. 05

Telebrás pode ser reativada para serviços de banda larga. Ministro das Comunicações nega que decisão já esteja tomada. Ações da empresa sobem mais de 5%.

Ministro das Comunicações se irrita com vazamento e diz que a reativação da Telebrás está em estudo.O ministro das Comunicações, Hélio Costa, ficou incomodado com o vazamento de informações sobre a participação da Telebrás no Plano Nacional de Banda Larga que está sendo elaborado pelo governo.

Após a divulgação, ontem, pela imprensa, de detalhes sobre o decreto presidencial que faria da companhia peça-chave do plano de democratização do acesso à internet de banda larga no Brasil, as ações da empresa fecharam com expressiva alta, de 5,56%, cotados a R$ 1,90 – já, as ações ordinárias registraram ganho de 8,57%, atingindo R$ 1,90.

Sobre o plano, o ministro disse que vai tratar do assunto na próxima reunião que terá com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no dia 10.

"Vazou uma proposta de texto de um decreto. Eu acho que isso é grave. Infelizmente passa um monte de informações que ainda não estão completas, que não foram tomadas pelo presidente da República e que certamente não podem ser discutidas agora", disse Costa, irritado, ao chegar para a posse do novo conselheiro da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), Jarbas Valente.

Pelas informações que vazaram, o decreto prevê a reativação da Telebrás para fornecer a capacidade de transmissão de dados para as empresas que prestam os serviços de banda larga e atuar com o consumidor final, concorrendo com essas empresas.

"É um assunto que está sendo tratado ainda internamente. Não posso adiantar uma coisa que não tenho confiança que seja a decisão do presidente", afirmou Costa.

Os empresários do setor esperavam que o governo oferecesse sua infraestrutura para que as empresas privadas que atuam no mercado pudessem levar o serviço às regiões onde hoje a banda larga não é economicamente viável.

Ontem, o Tribunal de Contas da União (TCU) determinou que a companhia está proibida de realizar uma nova licitação para contratar profissionais de nível superior, caso o plano se concretize, uma vez que ela já possui servidores especializados, atualmente cedidos a outras estatais.

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AES Telecom se propõe a atuar como gestora de compartilhamento de rede móvel

  
CONVERGÊNCIA DIGITAL - WEB - 02/02/10

Com uma infraestrutura de rede baseada em SDH e Metro Ethernet em São Paulo e Rio de Janeiro e com a firme disposição de permanecer como carrier das carriers - ou seja atuando como parceira das teles - a AES Telecom está disposta a sentar à mesa e negociar para atuar como operadora da possível nova companhia das móveis, voltadas para o compartilhamento de infraestrutura.

"Temos o conhecimento e é nosso foco de atuação a oferta de infraestrutura. Acreditamos que, neste momento, em que há uma forte demanda por banda larga e há uma mudança de conceito, com o compartilhamento de rede ficando mais próximo do mundo dos negócios das operadoras que possamos, sim, vir a atuar como parceira e gestora da iniciativa. Nós não estamos no negócio de prover serviço", sinalizou em entrevista ao Convergência Digital, o diretor de Desenvolvimento de Negócios da AES Telecom, Rogerio Carvalho Antunes.

Antunes reiterou que não faz parte dos planos da companhia prover serviços de banda larga - via PLC - para o usuário final. "Nosso projeto é oferecer infraestrutura para as operadoras e provedores de serviços. E vamos continuar assim. PCL é mais um meio de oferta como o é o FTTH, que estamos testando em piloto, e como o é, hoje, o SDH e a rede MetroEthernet", diz.

Nesse caminho, um dos alvos da AES Telecom em 2010 - caso de fato a regulamentação seja fechada pela Anatel - são as MVNOs, as operadoras virtuais. Segundo Antunes, elas podem abrir novas frentes de consumo de links de alta velocidade.

"Já começamos a ter uma grande demanda por links acima de 1Gb. Com essas empresas, teremos ainda mais procura. Temos serviços novos que vão exigir capacidade de transmissão como o IPTV e a TV Digital 3D", completa Antunes.

Eletronet e leilão 3, 5Ghz

Indagado se a AES Telecom terá interesse em participar da licitação de frequências - como forma de ampliar a sua capilaridade de rede - Antunes diz que todas as oportunidades são avaliadas. O leilão de 3,5GHz, dependendo das condições, pode despertar interesse, principalmente, para reforçar a rede da empresa nos estados de São Paulo e Rio de Janeiro.

Para Antunes, o Brasil vive um momento particular - e isso já foi detectado pela matriz e haverá investimentos no país, mas o executivo, no entanto, não pode revelar montante. Dois megaeventos despertam grande interesse - Copa do Mundo de 2014 e Olimpiadas 2016.

"Esses eventos trazem mudança e vão, de fato, alterar o modelo de redes no Brasil. Queremos estar prontos para atuarmos como provedoras para as operadoras de todos os portes", preconizou o diretor de Desenvolvimento de Novos Negócios da AES Telecom.

Com relação à retomada da Eletronet - que seria a base da rede nacional de Banda Larga do Governo - Antunes diz que não há qualquer preocupação por parte da AES Telecom. "Eles podem vir a ser competidores, mas também pode atuar como parceiros", observa Antunes.

Também questionado sobre o piloto com FTTH - Fiber-to-The-Home, o executivo da AES Telecom informa que não há, pelo menos, nesse momento, planos para ter redes comerciais. "Essa é uma tecnologia ainda muito cara", reconhece Antunes.

"A proposta é testar e adotar onde de fato vir a ocorrer necessidade. Nossa aposta permanecer no MetroEthernet. O país passa pela migração do Mbps para o Gigabyte. Estamos nos preparando para facilitar essa transição", finalizou o executivo.

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