22 outubro 2009

Inmetro cria unidade móvel para monitorar sinal de TV digital e redes 3G




TI INSIDE - WEB - 02/10/09

O Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro) criou o Laboratório Móvel de Telecomunicações e TV Digital que será usado para medir a qualidade do sinal de novas tecnologias como TV e rádio digitais e redes 3G e WiMAX em todo o Brasil.

Lançada no campus do Inmetro em Xerém, distrito de Duque de Caxias, no Rio de Janeiro, a unidade móvel iniciará seus trabalhos com testes para medir especificamente a qualidade da rádio digital, que está em fase experimental no Brasil.

Da Redação

Uma tecnologia nacional para o Rádio Digital




TELESINTESE - WEB - 02/10/09


Por Hilton Alexandre *

Após seis anos de testes e debates sobre o Rádio digital, apenas um consenso sobrevive: O Rádio tem que se digitalizar para sobreviver à convergência das mídias que se aproxima. As vantagens para o Rádio são mais visíveis nas emissoras de Amplitude Modulada, pois a qualidade de áudio tem uma melhora bem perceptível, mais do que nas de Freqüência Modulada. Para ambas o ingresso na tecnologia digital poderá trazer mais serviços agregados.

Como radiodifusor de AM e apaixonado pelo serviço que ela presta à comunidade, cultivo uma preocupação quanto ao seu futuro. Primeiro pelas crescentes perturbações e ruídos que se alastram nos grandes centros, tornando em algumas áreas o AM inaudível; segundo, pelas mudanças na geografia das cidades e nas características do solo em volta dos parques transmissores que prejudicam a propagação das Ondas Médias. Por fim, a péssima qualidade dos receptores colocados à disposição dos consumidores, na maioria chineses, via Paraguay, não conseguem sintonizar todas as emissoras AMs.

As Tecnologias apresentadas

Até hoje chegou ao país de forma mais concreta apenas duas tecnologias para o Rádio Digital: O DRM e o IBOC. Não pretendo me aprofundar tecnicamente neles, mas pondero que as duas tecnologias não servem para o radiodifusor brasileiro que opera na faixa das Ondas Médias. Elas têm sua irradiação baseadas na plataforma de AM, que pelos motivos comentados anteriormente, sofrem interferência, com ruídos e chiados no analógico e no digital ficariam mudos. O IBOC e o DRM também apresentam os problemas da transmissão simultânea, na mesma faixa, do analógico e do digital, um atrapalha o outro. Levando em consideração que seriam necessários pelo menos dez anos para que houvesse a transição completa pelo consumidor do analógico para o digital, teríamos uma década de transmissão ainda pior no Rádio AM analógico e um Rádio AM Digital cheio de problemas.

O analógico e o digital não conseguem conviver com qualidade na mesma banda. Acredito que a audiência acabaria por debandar para outro serviço. A solução seria uma transição para uma freqüência livre onde o digital operaria full, enquanto continuaria com a transmissão analógica até o momento da transição final. O AM poderia ir para os canais 5 e 6 da TV analógica (76 MHz à 88 MHz), e as FMs migrariam para onde? Parece que essas tecnologias estão condenadas pela transição.

Uma Tecnologia Nacional

A TV enfrentava também os mesmos problemas do Rádio, a atual faixa levava dificuldades para a migração, os dirigentes e engenheiros de televisão foram buscar o caminho mais apropriado tecnologicamente e politicamente para a migração. O Rádio começou a discutir o sistema digital bem antes da TV no Brasil e ainda não chegou a nenhuma conclusão.

Venho defendendo uma guinada no rumo das discussões do Rádio Digital. Cada vez mais me convenço que devemos seguir o exemplo bem sucedido (na migração) da TV Digital. O Rádio deve ocupar uma freqüência consignada, nova, livre, e aos poucos ir fazendo a sua migração, sem prejudicar o analógico, sem apressar o pequeno e distante radiodifusor.

Imaginemos se o Rádio utilizasse uma nova freqüência, com seu transmissor digital full, podendo fazer seus ajustes, testes e investimentos na velocidade da sua praça e nível de exigência dos seus consumidores, este é o ambiente ideal para a migração.

Continuando o exercício de criarmos em nossas mentes o ambiente ideal para o novo Rádio brasileiro, imaginemos que, além do Rádio ser digitalizado e se ele pudesse dar um passo simultâneo à convergência das mídias? Ou seja, estar numa freqüência que pudesse agregar outras formas de mídias. Existe um ambiente assim para o Rádio, uma tecnologia de menor custo e nacional, desenvolvida no Brasil.

O Rádio Digital brasileiro poderia ocupar o canal 14 da TV Digital (470 MHz à 476 MHz). Esses 6 MHz abrigariam com tranqüilidade as Rádios de toda uma Região metropolitana, como São Paulo, Rio de Janeiro ou Belo Horizonte, transmitindo em Digital, com todas as vantagens agregadas apresentadas pelo IBOC ou DRM. O custo seria bem menor que as adaptações na transmissão simultânea. Para se ter uma idéia, uma emissora que opera em 10 000 w de potência precisaria de algo em torno de 400 w para ter a mesma cobertura, e isso com um transmissor em VHF (470 MHz) que não custaria muito mais do que R$ 8.000,00. É evidente que ainda haveria o custo de antenas e software, mas com certeza bem mais baratos do que das outras tecnologias.

O Receptor

A transmissão pelo canal de TV Digital é viável e possível, entretanto, os mais críticos veriam dificuldades nos receptores, afinal é uma tecnologia nacional e não há disponíveis receptores de Rádio nessa freqüência. É verdade, ainda não existem, mas também até há bem pouco também não existiam receptores e setup box para a TV Digital brasileira -- hoje já disponíveis nas lojas de todo o país. O receptor viria naturalmente, pois o mercado nacional é significativo no consumo de eletroeletrônico. Os países do Mercosul (Argentina, Chile, Uruguai, Paraguai) e ainda Peru, Bolívia e Venezuela que adotaram o padrão brasileiro de TV Digital, iriam com certeza nos seguir no Rádio Digital também.

Convergência

No momento em que a TV e o Rádio estão em desvantagem na tendência de convergência de mídias, com perspectivas de perda de espaço para as Teles e a internet, a união dos dois meios de comunicação numa mesma freqüência, permitirá que o Rádio e a TV compartilhem as recepções em portáteis, celulares e televisores de última geração. Essa união fortaleceria a radiodifusão livre e gratuita do Brasil.

As Vantagens

A possibilidade de abrigar as Rádios Digitais num canal de TV Digital só traria vantagens ao país: teríamos resolvido a transição do Rádio Digital, permitiríamos que cada radiodifusor fizesse o investimento à seu tempo e necessidade, uniríamos a radiodifusão livre e gratuita e, ainda, estaríamos gerando emprego e exportando para o mundo a tecnologia.

Ainda é cedo para prevermos para onde caminhará a digitalização do mais popular e querido meio de comunicação, pois os lobbies estão se acotovelando para conquistar o segundo mercado mundial de radiodifusão, que é o Brasil, só perdemos para os EUA. O que me alegra é que as autoridades responsáveis pela decisão estão se portando de forma exemplar, cautelosos como a questão exige e interessadas na melhor solução e no menor tempo possível e responsável, aliás, agindo até mais interessadas do que muito radiodifusor brasileiro.

* Hilton Alexandre é radiodifusor de emissora AM no interior do Estado do Rio de Janeiro. Economista e advogado, atua há 30 anos no setor. É presidente da AERJ - Associação das Emissoras de Rádio e TV do Estado do Rio de Janeiro.

Jogos trarão aportes de R$ 5 bi em tecnologia



DCI - SERVIÇOS - SÃO PAULO - 05/10/09 - Pg. A11

Erika Sena / Fabíola Binas

Os setores de telecomunicações e de tecnologia da informação (TI) vibraram com a escolha, na sexta-feira, do Rio de Janeiro para ser a sede das Olimpíadas de 2016. A previsão das empresas desses setores é de que a realização dos Jogos trará investimentos de, no mínimo, R$ 5 bilhões, o que abre perspectivas de aquecimento dos negócios para companhias como Embratel, Oi, Intelig, GVT e CTBC, para o fornecimento de serviços.

A previsão entra na conta do giro geral previsto de R$ 102 bilhões com as Olimpíadas, a longo prazo. Os recursos vão abranger 55 setores econômicos, com R$ 30 bilhões em investimentos públicos e privados na infraestrutura olímpica. Incluem-se aí as áreas de turismo e a de transportes - só esta última consumirá aportes de R$ 9 bilhões em metrôs, trens e sistemas rápidos de ônibus.

Em relação às áreas de telecomunicações e TI, o projeto de candidatura - Rio 2016 - mostrou que até dezembro do ano passado 36 empresas de telefonia tinham licença para fornecer comunicação de dados ou serviços de telefonia nacional e internacional de longa distância. Dessas empresas, Embratel, Oi, Intelig, GVT e CTBC podem fornecer os serviços corporativos que o Comitê Organizador vai precisar para suas redes de comunicação de dados, assim como para suas redes de transmissão e distribuição.

A maior parte das instalações existentes [no Rio de Janeiro] já possui infraestrutura de comunicações para fornecer serviços de voz, dados e vídeo, incluindo redundância física com redes de fibra ótica, explica o documento, enfatizando que a rede local pode ser facilmente expandida para atender à demanda dos jogos .

Até 2016, todas as cidades com mais de 30 mil habitantes e pelo menos 50% das cidades com menos de 30 mil habitantes, segundo acordo das operadoras de telefonia móvel, firmado com a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), terão acesso a cobertura de terceira geração (3G). Ainda de acordo com o projeto, mais de US$ 2 bilhões foram investidos em infraestrutura e nas instalações dos Pan-americanos e Parapan-americanos Rio 2007, legado que deve contribuir para os Jogos Olímpicos.

Eduardo Tude, sócio diretor do portal Teleco, especializado em telecomunicações, explica que a infraestrutura do Rio é consistente, mas é preciso avaliar a velocidade e a qualidade dos acessos à banda larga. Os turistas da Europa e dos Estados Unidos estarão acostumados com conexões de alta velocidade. As operadoras terão realmente de se preparar, explica.

Turismo

O setor de turismo teve de se mexer para dar conta das exigências do Comitê Olímpico Internacional (COI), especialmente na área de hospedagem, que chegou a ser apontada como uma das fragilidades da candidatura brasileira. Mas o comitê organizador do Rio 2016, garantiu em seu projeto que serão disponibilizados quase 50 mil quartos em hotéis, duas vilas para a área de mídia, acomodação para árbitros e até os navios turísticos. Este número atende quase que exatamente o que foi solicitado pelo COI.

Por isso, um projeto apresentado pela Rede Windsor de Hotéis agradou os organizadores e deve encorpar a área hoteleira do Rio. A rede deve saltar de seus atuais 2,2 mil leitos para 4 mil acomodações até 2012.

Apresentamos cinco projetos, que incluem a reforma, ampliação e a construção de hotéis, comentou com o DCI Paulo Marcos Ribeiro, gerente de Marketing dos hotéis Windsor. As unidades da rede estarão distribuídas entre os bairros de Copacabana, Barra da Tijuca e Flamengo - todas regiões de forte turismo.

Ribeiro explicou que as unidades serão concluídas entre 2010 e 2012, quatro anos antes das Olimpíadas e a tempo de aproveitar a demanda que será trazida por um outro evento esportivo mundial, a Copa de 2014. A rede Windsor não divulgou quais são os montantes a serem investidos. Ela pertence a um grupo de vários sócios - brasileiros e europeus.

De acordo com dados divulgados pela Empresa Brasileira de Turismo (Embratur), a previsão é de que o número de visitantes estrangeiros durante os jogos olímpicos seja entre 10% e 15% superior ao que será registrado em 2015. Hoje, o Rio de Janeiro é o principal destino turístico procurado por visitantes de fora - 30% dos que chegam ao Brasil, vão o Rio.

Transportes

A área de transportes também está com um gordo orçamento: cerca de R$ 9 bilhões, que serão aplicados no Metrô, trens e ônibus. Conforme o Comitê Olímpico Brasileiro (COB) serão implantados três sistemas de Bus Rapid Transit (BRT) ou ônibus rápido, que consumirão mais de R$ 2,5 bilhões.

Além disso, mais de 40% da frota do metrô será renovada. Isso deve custar US$ 600 milhões e animar empresas com Alstom e Siemens. No sistema de trens metropolitanos, serão adquiridos mais 120 novos vagões.

Oi para todos



ISTOÉ DINHEIRO - MIDIA - SÃO PAULO - 07/10/09 - Nº 626 - Pg. 20

Os planos da Oi de conquistar o mercado das telecomunicações no País toma forma cada vez mais concreta. No Rio de Janeiro, a Oi TV já é uma realidade e foi lançada para concorrer com a NET. Um pacote com 26 canais pode ser adquirido por R$ 29,90 durante o período promocional. O objetivo da companhia é entrar na pesada briga com a NET pela distribuição de canais por assinatura. E, como ainda não pode fornecer todos os canais (Globosat é exclusividade da NET), a estratégia de preços mais enxutos foi a escolhida. Mas, ao que parece, os planos da companhia vão muito além da tevê a cabo. No mercado, especula-se que a Oi terá uma plataforma convergente de vídeo e internet pilotada pelo IG. Mantido em sigilo, o novo projeto deverá aliar tevê digital à tecnologia de internet IPTV, e está sendo estruturado por Caio Túlio Costa, ex-presidente do portal IG. Ainda não há previsão do lançamento da Oi TV em São Paulo. Mas, no caso do IG, diversos nomes do mercado de comunicação já foram contratados pelo portal. A Oi não quis comentar o assunto.

O que é RIC: a nova identidade do brasileiro, terá dois chips


CONVERGÊNCIA DIGITAL - WEB - 01/10/09

Luís Osvaldo Grossmann

O grupo que trabalha nas especificações técnicas do Registro de Identidade Civil (RIC) prevê que o cartão de policarbono que vai substituir as carteiras de identidade terá, ao menos no início, dois chips - um para operações que não exijam contato, como passar por uma catraca ao entrar em um estádio de futebol, e outro para interfaces relacionadas a identificações mais seguras, em trocas de informações com a Receita Federal, por exemplo.

Há principalmente dois motivos para essa opção, segundo o diretor de infraestrutura de chaves públicas do Instituto Nacional de Tecnologia da Informação (ITI), Maurício Coelho: o legado de leitoras instaladas e em operação, que não pode ser desprezado - uma vez que a troca de todos os equipamentos teria impacto sobre o custo global do projeto; e a percepção de que as tecnologias sem contato ainda não estão suficiente maduras na questão de segurança.

"Já um chip único com dupla interface é viável tecnicamente, mas não em custos e logística, porque as empresas instaladas no país ainda não têm condições de fazê-lo e teriam que importar", acredita Coelho. A expectativa, assim, é que o custo da opção por dois chips seja diluído pela escala, uma vez que se projeto a confecção de 150 milhões de RICs. "Num segundo momento, podemos evoluir para o chip único", completa.

Ao falar sobre o RIC no Congresso de Cidadania Digital, que começou nesta quinta-feira, 01/10, em Brasília, o diretor de infraestrutura de chaves públicas do ITI adiantou que as especificações técnicas prevêem, ainda, que o novo documento seguirá a padronização da ICAL, a Organização de Aviação Civil dos Estados Unidos.

A entidade sugere o padrão para passaportes, além da tecnologia OCR (reconhecimento óptico de caracteres, na sigla em inglês),tendo em vista a possibilidade de equipamentos em outros países serem capazes de ler as informações dos chips brasileiros. Até porque, entre os países do Mercosul a carteira de identidade já dispensa passaporte.

O RIC parece, depois de 14 anos de trabalho, prestes a se tornar realidade. O arcabouço legal já existe, restando nessa questão apenas o decreto presidencial com a regulamentação do novo registro.

Nele será definido um comitê gestor do RIC, que além de ser o responsável por aprovar as especificações técnicas como as mencionadas, vai atuar como coordenador da base de dados nacional, formada com a interligação dos registros dos 27 institutos de identificação do país.

Os estados é que vão alimentar esse banco de dados, a partir do recadastramento dos cidadãos. Mas embora alguns já estejam operando projetos-piloto a partir da captura das informações de forma digital, nem todos os sistemas estão prontos para conversar entre si. Além disso, na própria captura das impressões digitais há diferenças.

Enquanto o que se discute nas especificações técnicas é recolher digitais amplas dos 10 dedos (aquela em que é preciso rolar o dedo para a leitura de toda a superfície), alguns estados estão colhendo de forma plana, que pega somente o centro da digital. Nesse caso, ou os estados terão que refazer a coleta, ou utilizar a base que começa a ser construída pelo Tribunal Superior Eleitoral, que já incorporou a biometria na confecção dos títulos de eleitor nos moldes do projeto RIC.

A minuta do decreto que vai regulamentar o RIC já existe e está na Casa Civil da Presidência da República. A expectativa ventilada no Congresso de Cidadania Digital é de que seja editado ainda em outubro. A partir de então deve ser estruturado o comitê gestor do RIC para, em seguida, serem aprovadas as especificações técnicas a serem seguidas pelos institutos de identificação dos estados.

GSMA lança serviço de registro de portabilidade


TELESINTESE - WEB - 01/10/09

A GSMA anunciou hoje o lançamento de um serviço de descoberta da portabilidade, chamado de PathFinder. O serviço, gerenciado pela associação, será operado pela Neustar, e agregará dados de planos numéricos de praticamente todos os países, inclusive de países com uma penetração elevada de portabilidade de números. "O serviço ajudará a eliminar taxas incrementais, reduzir custos, otimizar tarifas nos acordos comerciais, melhorar a entrega de tráfego e preparar o caminho para novos serviços baseados na internet", afirmou Alex Sinclair, diretor executivo de Tecnologia e Estratégia da GSMA. (Da redação, com assessoria de imprensa)
   

Conversores populares para TV digital chegam ao mercado em fevereiro




TELESINTESE - WEB - 01/10/09

Por Lúcia Berbert

Devem chegar ao mercado em fevereiro os conversores populares para a TV digital, com custo avaliado em R$ 120. Quatro empresas serão responsáveis pelo fornecimento dos equipamentos, a NXP, a Intel, a Broadcom e a Encore. Segundo o assessor especial da Casa Civil, André Barbosa, os conversores virão equipados com browser, alta definição e MPEG4. "Estamos tentando incluir o Ginga no pacote, o que encarecerá entre US$ 3 a US$ 5, mas garantirá a interatividade", disse.

Caso os conversores não sejam fornecidos, o Brasil pode optar por importar do Chile, que já aderiu ao padrão nipo-brasileiro, e é país de livre comércio, podendo comprar os equipamentos mais baratos no mercado exterior.

Segundo Barbosa, também serão iniciados os testes de interatividade por meio da inclusão de um pequeno transmissor nos conversores, com capacidade pequena de upload, e usando a freqüência de 700 MHz, usada pela TV analógica. Ele disse que a opção por essa faixa se dá pela disponibilidade de utilização também pela Argentina e Chile. Mas admite que outras frequências poderão ser usadas, como a de 2,5 GHz.

Na opinião de Barbosa, esse é um argumento a mais para que essa faixa, que deve retornar à Anatel em 2016, quando o sistema analógico de televisão for desligado, fique com a TV digital. Outros serviços disputam a mesma freqüência. De acordo com testes iniciais, a interatividade necessitaria de 10 mega dessa faixa.

BNDES

André Barbosa confirmou a destinação da linha de crédito do BNDES, de R$ 1 bilhão, para implantação do sistema nipo-brasileiro nos países da América do Sul, mas somente em operações de pré e pós exportações de equipamentos por empresas brasileiras que queiram investir naqueles países. "Para emprestar direto, seria necessário mudar a legislação vigente", disse.

Barbosa afirma que o projeto do governo é alavancar a indústria nacional e dá empregos no país. Ele participou hoje do I Fórum Nacional de Cidades Digitais, que acontece até amanhã em Brasília.

O futuro está presente?




TELETIME - ESPECIAL MOBILIDADE/MERCADO - SÃO PAULO - SET/2009 - Nº 125 - Pg. 28 e 29

Claudio Ferreira

Entra ano e sai ano e a discussão sobre uma padronização para as práticas de m-payment não decola. Sabe-se que a Febraban (Federação Brasileira de Bancos) prepara uma plataforma de m-payment multibanco, e que esse projeto deve estar concluído nos próximos 18 meses. Será? Enquanto isso, os projetos existentes são específicos e isolados. Iniciativas que surgem tanto de parte das operadoras quanto de bancos, empresas de benefícios ou mesmo de desenvolvedores de sistemas.

Se o mobile banking se consolidou a partir das experiências de cada instituição financeira, o mobile payment cresce em ritmo forte, mesmo sendo uma prática incipiente. E isso pode ser dito globalmente. De acordo com recente pesquisa do Gartner, o número de usuários que utiliza o celular como meio de pagamentos vai saltar de R$ 43,1 milhões em 2008 para R$ 73,4 milhões este ano, ou algo como um aumento de 70,4%. A mesma pesquisa estima que serão 190 milhões usuários em 2012, o que representa algo como 3% do volume de usuários no mundo. Uma gota no oceano. Mesmo o mercado asiático, ávido por novidades, não vai ultrapassar a marca dos 4% de seus celulares fazendo m-payment. E a previsão para a América Latina (Brasil incluído) é ficar mesmo no patamar dos 3%.

"O m-payment engatinha no Brasil e no mundo, porém todo o mundo experimenta. O problema é que existem muitas iniciativas proprietárias e pré-determinadas, como a utilização de um modelo específico de aparelho celular, o que é um erro", critica José Roberto Arruda, diretor de marketing da Sodexo Cheques e Cartões de Serviço, que também colocou na rua um projeto de m-payment (ver box). Perguntado se o governo ou mesmo a Febraban deveriam estabelecer padrões, ele se mostrou totalmente contrário: "o mercado é que deve se autoregular".

Já para Carlos Zanvettor, diretor da área de cartões do Itaú Unibanco, o lançamento de um modelo próprio de pagamentos via celular pela instituição não entra em conflito com os esforços de padronização. "Endossamos e participamos do grupo de trabalho da Febraban que discute esse sistema único, porém também queremos aproveitar a oportunidade de juntar os dois maiores players de cada setor para colocar o modelo à prova. Além disso, o sucesso do nosso modelo pode auxiliar nos trabalhos", acrescenta.

Primeiros passos

A oportunidade à qual ele se refere é o projeto lançado em julho último que uniu a Itaucard e a Vivo em uma parceria para a comercialização de um cartão co-branded que também envolve m-payment. No primeiro momento, em fase-piloto, existem 60 estabelecimentos conveniados em São Paulo e Rio de Janeiro.

O usuário se cadastra na central de atendimento do Itaucard, e seu número de celular é associado ao número de cartão de crédito. No momento do pagamento é preciso apenas que ele digite o número de telefone no POS. O sistema então gera uma senha randômica, válida somente para aquela transação, e a envia, via SMS, ao celular do usuário. O comprador, então, digita essa senha no POS e a compra é finalizada e incluída na próxima fatura do cartão de crédito.

Em um primeiro momento, o novo serviço da Vivo/Itaucard está disponível somente para os usuários dos celulares 5200, 6125, 6070, 6101, da Nokia, e V3i, V3r, V3e, V360, k1 e z3, da Motorola. E o projeto-piloto só será aberto para as demais capitais e regiões do país mediante o sucesso das operações.

Veteranos no tema

Concorrente da Vivo, a Oi é pioneira no tema, tendo lançado há três anos o sistema Paggo, que traz diferenças como a não utilização do POS para efetuar a transação. Para utilizar o serviço, o aparelho Oi do lojista deve estar programado para iniciar a transação, informando o valor da compra e o número do telefone Oi do consumidor. A mensagem é processada pelo Paggo e o valor enviado ao cliente com os dados da compra para confirmação. Automaticamente, o lojista e o cliente receberão uma mensagem em seus handsets comprovando a realização da compra, que só é finalizada mediante digitação, por parte do usuário, de senha pré-cadastrada.

Respaldado pelo sucesso de seu projeto de m-banking lançado há mais de dois anos, o

Banco do Brasil lançou no ano passado o projeto Visa Mobile Pay, em parceria com a administradora de cartões, que permite compras com cartão de débito e crédito pelo celular. Sistema que foi disponibilizado para os milhões de portadores do cartão Ourocard Visa, do BB, para o pagamento de créditos até o valor de R$ 100 e restrito a algumas cadeias de lojas. Depois de se cadastrar, no momento de efetuar o pagamento o usuário informa o número do seu celular e recebe uma confirmação por SMS.
Mas o que define o formato de m-pay-ment? "A tecnologia existe e é algo fácil. Nós não temos nenhum amor sobre uma tecnologia específica ou determinado formato. Olhamos a gestão de despesas e trazemos um menor custo tanto para o lojista como para o usuário. Assim como não podemos esquecer que a utilização do celular no país está atrelado ao pré-pago", garante Arruda, da Sodexo, ao explicar o uso de voz no sistema Mobility Pass.

Blue chip?

Uma aplicação mobile que entra agora no mercado e traz novidades é a ValeBroker, um serviço de distribuição de dados da Bolsa de Valores para celulares e outros dispositivos móveis que pode ser integrado ao processo de compra e venda das ações, que podemos chamar de m-broker. Criado pela Valemobi, a solução é uma opção plug-and-play para bancos e corretoras que queiram oferecer serviços mobile para seus clientes com baixo custo de propriedade.

"O processo não foi simples, investimos muito. Precisamos tratar o sinal da Bovespa com performance e depois desenvolvemos o framework de comunicação para suportar diferentes dispositivos. O primeiro é o iPhone, e em breve chegaremos em todos os dispositivos, acredito que em outubro", garante Leonardo Rocha Magalhães, CTO da Valemobi. Um trabalho iniciado em julho do ano passado e que contou com a ajuda da tecnologia Push do Lightstreamer, um middleware de streaming para aplicativos Ajax, que faz a distribuição de dados em tempo real.

Magalhães aponta que o maior desafio era oferecer uma interface clean, e como não se achou nada interessante no mercado global, a empresa passou a desenvolver também esse componente. "Fugimos do celular normal e fomos para o 3G, que é voltado para o público desse mercado. E desenvolvemos um algoritmo que dribla qualquer possível gargalo na conexão do aparelho, diminuindo a taxa de atualização se necessário", explica.

Modos e segurança

Serão dois modelos possíveis de negócios: o primeiro é a instalação da infraestrutura dentro da corretora e a customização do sistema dentro dos parâmetros do agente. Já no segundo modelo, a solução é operada no datacenter da Valemobi, e garante investimento mais baixo com pagamento conforme o uso e de acordo com o número de clientes finais. "Em menos de um mês, a corretora já pode ter o seu home-broker mobile em operação junto aos seus clientes, com um baixo investimento", afirma Magalhães. Além do real-time, a empresa pretende comercializar uma versão com atualizações de 15 em 15 minutos, para que instituições financeiras e portais de web possam oferecer o serviço aos usuários.

Um fantasma recorrente a todos os projetos mobile é o da segurança, que gera críticas abundantes. Em junho, o HSBC integrou o seu canal de m-banking à plataforma Digipass, da Vasco, buscando responder ao problema. Assim, o cliente pode, entre outros serviços, realizar saques nos caixas automáticos (ATMs) utilizando o CPF e o telefone celular como um dispositivo de autenticação.

O cliente HSBC se conecta à aplicação com o seu número de CPF e um PIN de 6 dígitos criado por ele mesmo. A partir daí, o cliente tem em suas mãos um gerador de senha segura OTP (one-time password). Uma vez que essa senha é verificada pelo software de autenticação Vacman, o cliente acessa qualquer canal HSBC Direct e consegue acessar os caixas automáticos, o Internet Banking e realizar transações como pagamentos on-line e transferência de fundos. "Ao disponibilizarmos uma solução de autenticação baseada no número do CPF em combinação com o Digipass for Mobile, estamos aptos a proporcionar serviços seguros de m-banking de uma forma conveniente e com um excelente custo-benefício", explica Marcello Veronse, superintendente de canais diretos do HSBC Direct.
[CF]

Dinamismo na viagem

A gente emissor de benefícios e serviços ao trabalhador, a Sodexo concebeu o Mobility Pass com a ideia de permitir que empresas e usuários gerenciem suas despesas com táxi em viagens e visitas corporativas. O formato de pagamento é via voz (no celular), dispensando o uso de boletos, dinheiro e cartões. O modelo se inicia quando a corporação remete a lista de funcionários que vão usar o serviço com os respectivos celulares e a autorização de cada um a partir de regras de negócios ou de uso. Quando o usuário pede um táxi ele confirma o uso do Mobility e, ao chegar ao destino, o motorista confirma a viagem com a sua central. Esta passa então uma confirmação do valor para o celular do usuário, por voz e através de uma URA, que confirma a transação.

"Optamos pela voz porque o SLA (acordo de nível de serviços) é melhor que o de SMS. A mensagem no primeiro momento é mais barata, mas a voz compensa pela garantia e dinamismo que nos oferece e, a partir de um volume, ela não é tão mais cara assim. Por outro lado, se a voz tem um uso simples, o desenvolvimento do sistema acaba sendo mais complexo", admite Arruda. Além de agilizar a utilização do serviço de táxi, o executivo afirma que o Mobility Pass permite às empresas automatizar o controle das visitas de seus funcionários, terceiros ou visitantes, gerando economia de tempo e custo.

Entre os primeiros clientes estão empresas de varejo e prestadores de serviço, além da própria Sodexo. "Encontramos uma pequena resistência nas empresas de táxi, que acham que terão mais trabalho, porém elas acabam convencidas quando veem a garantia do recebimento e o maior controle que a solução oferece", conclui.

Pequena notável


TELETIME - TECNOLOGIA - SÃO PAULO - SET/2009 - Nº 125 - Pg. 40 a 44

Daniel Machado

Imagine uma tecnologia de rede residencial que também pode ser usada em redes de acesso e que atinja uma taxa de até 1 Gbps sobre um único cabo coaxial. Com baixa latência e reduzido índice de erro, oferece taxas simétricas (links iguais de upstream e downs-tream) e, ainda por cima, baixo custo de instalação e operação. Para as grandes operadoras, no âmbito do home-networking, ela viabiliza o triple-play em vários cômodos da residência. Para os pequenos provedores de TV a cabo, até então presos ao padrão DOCSIS, essa tecnologia representa, antes de mais nada, a sobrevivência e a oferta de um portfólio competitivo de múltiplos serviços com menores custos. Essa tecnologia existe e chama-se HPNA - Home Phone Networking Alliance. Apesar de ainda desconhecida do público em geral, ela já está em operação comercial em pequenos municípios e vem chamando a atenção de todas as grandes operadoras do país pelo sucesso que teve com a AT&T, nos EUA.

Nascimento

A HPNA nasceu em 1998 como uma tecnologia de rede residencial sobre par telefônico, que na época atingia taxas de 1 Mbps. Com o tempo evoluiu a 10 Mbps. Porém passou a se "tornar mundialmente conhecida somente em 2005, quando ganhou escala na operadora de telefonia AT&T. Na ocasião, a tele já ofertava o triple play via par trançado com HPNA aos seus clientes residenciais nos Estados Unidos, mas pretendia ir além e oferecer também serviços de vídeo distribuídos por IPTV. Era preciso, no entanto, um meio físico com boa largura de banda e capaz de distribuir múltiplos serviços para os outros cômodos dos domicílios. Para isso, a operadora testou o cabo metálico UTP cat. 5, que se mostrou inviável operacional e financeiramente. Fez pilotos com redes Wi-Fi e tentou "estender" o par trançado, porém ambas as opções apresentaram alta atenuação e link insuficiente. O cabo coaxial foi o próximo meio físico a ser analisado. Já instalado não só nas salas como também nos demais cômodos da grande maioria das famílias norte-americanas, onde a TV a cabo é onipresente, foi a via natural que se provou a mais eficiente, até por sua blindagem e menor nível de atenuação. Surgiu, então, uma parceria da AT&T com a israelense Coppergate, que na época desenvolveu um chip capaz de garantir velocidades de 128 Mbps, full duplex, em cima do cabo coaxial. O IPTV estava, enfim, garantido. "Isso representou um grande salto tecnológico e essa tecnologia passou a ser apelidada de HCNA, pois utilizava a rede coaxial e não mais o par telefônico", recorda Fabiano Carneiro, diretor de negócios da Abrangenet, representante da Coppergate no Brasil. Com a nova tecnologia, a AT&T alcançou uma base superior a 9 milhões de assinantes e, segundo dados da própria operadora, atualmente instala uma média de 500 mil modems HPNA (ou HCNA) por mês nos EUA.

Evolução

Um dos segredos do sucesso da tecnologia HPNA é o cronograma de evolução muito bem definido da plataforma. Quatro gerações da família de chipsets HPNA 3.1 se sucederam de 2005 a 2009, com respectivas taxas de transmissão de 128, 160, 256 e 320 Mbps. Para 2010, um salto ainda maior é esperado. "Já está no laboratório o G.HN, padrão HPNA que integrará as infraestruturas coaxial, telefônica e elétrica em uma só rede interna, com taxas de 1 Gbps na coaxial e 200 Mbps na rede elétrica", revela Carneiro. "Será algo totalmente revolucionário, o padrão globlal de redes internas para residências", prevê.

Mas, como rodar taxas de 256 Mbps, 320 Mbps e futuramente até 1 Gbps em cima de um único cabo coaxial sem investir em uma infraestrutura DOCSIS 3.0, capaz de combinar a operação em múltiplos canais? O "pulo do gato" do HPNA, segundo especialistas, é a pequena faixa de frequência usada, que apresenta atenuação reduzida, além do protocolo de transmissão simétrica e a forma de modulação. "A HPNA foi desenvolvida por PhDs em radiofreqüência e experts em protocolos de transmissão e em TI, por isso é tão impressionante", diz o representante da Coppergate no Brasil, sem revelar mais detalhes.

Desenvolvimento

De acordo com a Aliança Home PNA (www.homepna.org), associação que agrega operadoras, fabricantes e demais desenvolvedores da tecnologia, a cada cinco segundos um modem HPNA é instalado no mundo. Além da AT&T e Coppergate, há outros gigantes fomentando esse mercado, como a Cisco, Motorola, Alcatel-Lucent, D-Link, Samsung, Siemens, Scientific Atlanta e UT Starcom, além de grandes operadoras como Verizon, Orange, Telecom Italia, Telefônica da Espanha, Portugal Telecom e Telmex. No Brasil, a tecnologia está sendo analisada pelas operadoras em laboratórios e, em alguns casos, testada em campo. Entre as teles nacionais, Telefônica, Embratel, TVA, Net e Neovia já testaram. "Não é para menos. No país, 90% da classe A tem cabo coaxial instalado, e em diversos cômodos. A classe B chega muito perto disso e não demora para que a classe C chegue lá também", prevê Carneiro. Isso porque os cabos coaxiais estão presentes quando o usuário tem ou teve TV a cabo ou antena coletiva.

Giovani Pacífico, gerente de produtos para service providers da D-Link, outro entusiasta da HPNA, vai ainda mais longe. "Cerca de 90% dos domicílios das grandes cidades têm infraestrutura coaxial", diz. "Essa é a tecnologia ideal para uma situação em que você precisa transmitir dados pesados dentro de uma casa, pois tem grande penetração e capilaridade. Por isso acreditamos muito no potencial da HPNA", acrescenta.

Para João Marcelo, da Cianet, a HPNA também é uma solução perfeita para condomínios residenciais. "Um único equipamento master pode controlar mais de 60 modems, com ferramentas de monitoramento e gerenciamento de QoS e outros serviços para cada assinante", diz. A Cianet é uma das raras empresas que fabricam equipamentos HPNA no país, com linha de produção em Florianópolis, Santa Catarina. Para isso, recebeu investimentos de R$ 600 mil da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), do Ministério da Ciência e Tecnologia.

Testes

A D-Link produz em Taiwan modems HPNA com interfaces ADSL2, Wi-Fi, Ethernet e VoIP e está fornecendo esses equipamentos para testes da Telefônica no Brasil, Chile e Colômbia. Já a Motorola produz set-top boxes com o chipset HPNA embarcado para aplicações de HDTV e SDTV. A mais conhecida operação comercial com esses equipamentos é a da AT&T, nos Estados Unidos. A Telefônica do Brasil e da Espanha também utilizam os terminais, porém ainda para testes em campo e em laboratório. A Neovia (operadora de WiMAX) também admite que está realizando testes com HPNA. A assessoria de imprensa da operadora informou que a empresa prefere não se pronunciar pois os testes ainda estão na fase inicial. A TVA Sul experimenta a tecnologia em redes residenciais e também para aplicações de redes externas em Curitiba. Segundo Emerson Chagas, responsável pelos testes, há quatro assinantes testando a solução, com links de apenas 1 Mbps cada. "Só não aumentamos a banda por falta de liberação da Telefônica. O pessoal de São Paulo ficou de vir avaliar, mas não parecem muito empolgados", diz. Na Net, Bruno Ferreira Baldin coordenava um projeto-piloto com a tecnologia HPNA em condomínios residenciais. Coincidência ou não, foi parar na concorrência. Ele garante, no entanto, que sua saída nada tem a ver com sua vivência e experiência na tecnologia HPNA. A Embratel realizou testes com HPNA em 2004 e, segundo Ivan Campagnolli, diretor de tecnologia e qualidade de redes da operadora, não se interessou mais pelo padrão. Além do mais, ele alega, os testes teriam obrigatoriamente de envolver a Net, detentora da infraestrutura coaxial e com grandes investimentos feitos em DOCSIS, o que tornaria a operação complexa.

Na Telefônica, Renato Pinto de Souza, engenheiro responsável pelos testes da HPNA nos laboratórios, revela que foram realizados experimentos com IPTV em alguns cenários. O mais "exigente" contempla dois pontos de HDTV e quatro de SDTV em uma residência. "Um link que suporte HDTV consome aproximadamente 15 Mbps, e um de SDTV, 4 Mbps. Conseguimos taxas de aproximadamente 53 Mbps, ou seja, mais do que suficiente para essa configuração", comemora. Além da Motorola e D-Link, Pirelli Broadband, Trendnet e a asiática Send Tek forneceram equipamentos para a Telefônica. Por conta dos dois meses de interrupção das vendas do Speedy, os testes desaceleraram, mas espera-se que ainda em setembro sejam retomados. O próximo passo, segundo Souza, é a aquisição de 200 modems HPNA para um projeto-piloto abrangendo de 45 a 50 clientes. Isso deve ocorrer até o final do ano.

Contras

Apesar do sucesso dos testes, Renato Souza revela que o uso da HPNA na rede da Telefônica se justifica somente onde a operadora não consegue atender com UTP (cabo para redes Ethernet). "Um modem HPNA tem custo médio de R$ 220 e precisaríamos de um mínimo de dois por assinante. Já o custo do metro do cabo UTP é da ordem de centavos", compara. E em um cenário futuro, a HPNA cairia para o terceiro lugar na lista de preferências. "O Power Line Communications (PLC) ainda não é realidade, mas quando vingar deve ser nossa primeira opção", antecipa.

José Geraldo de Almeida, gerente de novos negócios da Motorola, tem opinião bem parecida. Apesar de a Motorola produzir equipamentos HPNA e ser membro ativo da Aliança HomeHPNA, para ele essa tecnologia é pontual e complementar. Ele vê vantagens na utilização da HPNA nos últimos "dez metros" da rede residencial, exalta o grande sucesso do caso AT&T, mas não crê que esse padrão ganhará escala significativa no Brasil. "Não acho que a HPNA pode dar certo aqui. O mercado de TV a cabo vive um movimento de consolidação e a infraes-trutura DOCSIS será aproveitada, não haverá mudança radical. Além do mais, o DOCSIS já não é mais tão caro e está com custo decrescente", explica. A Motorola é um dos maiores fornecedores globais da tecnologia de cable modems.

Já Fabiano Carneiro prefere acreditar que é tudo uma questão de tempo. "Trata-se de uma tecnologia muito nova se comparada com suas concorrentes. Ainda está no berço, não tem mercado ainda, mas vai ganhar escala e em breve alcançará cifras milionárias", diz.

No entanto, outro obstáculo para a evolução da HPNA no Brasil, segundo Almeida, é a ínfima oferta de links de ultra banda larga. "Não faz sentido uma tecnologia de 128 Mbps ou 256 Mbps se chegam no máximo 30 Mbps nas residências. Quando a banda larga estiver mais disponível, ubíqua e veloz, aí sim a HPNA poderá ser uma tecnologia promissora". Mas isso, de acordo com ele, não deve ocorrer tão cedo. "A NCTA, associação de TVs a cabo dos Estados Unidos, prevê que conexões da ordem de 100 Mbps serão comuns por lá a partir de 2016. Talvez esse seja um bom termômetro para nós", finaliza.

Made in Brazil

O responsável pela ideia de adaptar a HPNA, uma tecnologia essencialmente de home networking, para um sistema de redes externas é Ary Braga, um especialista em eletrônica com mais de 20 anos de experiência em empresas de TV a cabo. Ele é sócio-diretor da Net Angra, uma pequena operadora de TV a cabo de Angra dos Reis, no litoral fluminense, e conheceu a HPNA procurando na Internet um meio de oferecer serviços triple play aos seus 15 mil clientes. "Já havia testado fiber-to-the-home e WiMax, mas precisava de algo mais versátil e barato, que aproveitasse nossa infraestrutura existente de cabo com uma banda satisfatória para a oferta de telefonia IP, Internet e TV", lembra. A operadora dispõe de um backbone HFC de 450 quilômetros, com uma distância máxima de 350 metros da fibra até a casa do assinante. "Compramos dez equipamentos HPNA para fazer um teste. Experimentamos e verificamos que era fantástico! Obviamente que não estavam adaptados para aplicações em rede externa de TV a cabo." Segundo ele, os equipamentos não dispunham de filtros para separar a banda de dados da banda de televisão e o nível de radiofreqüência era de 10 dB para que ficasse compatível com uma rede de TV a cabo. "Tínhamos alguns obstáculos a superar, mas percebemos que com alguma ajuda poderíamos dar um jeito nisso", recorda. Para tropicalizar os equipamentos, Braga buscou o apoio técnico da Send Tek, um fabricante taiwanês de HPNA. "Eles fizeram os ajustes em uma velocidade impressionante e compramos mais 3,5 mil modems". Para instalação nos postes, os equipamentos também tiveram de ganhar dissipadores para fonte de alimentação e invólucros blindados. A partir daí, foi necessário apenas posicionar os housings - como são chamados - em uma topologia super distribution, arquitetura de rede em estrela que distribui os equipamentos em células. A rede da Net Angra foi desenhada de tal forma que cada braço da rede conta com dois modems mestre, cada um controlando 40 modems-escravo. Dessa forma, cada grupo de 40 assinantes pode dividir uma banda de até 128 Mbps. Hoje, além dos 15 mil assinantes de TV a cabo, a Net Angra também tem 3,5 mil assinantes de Internet e 500 de telefonia IP, serviço mais recente, lançado há 6 meses. Para o segmento residencial, a empresa oferece links de 300 kbps a 1 Mbps e para o corporativo, até 10 Mbps. "Até o final de 2010, a previsão é de 7,5 mil clientes de Internet e telefonia", prevê Braga. Para o diretor geral da Net Angra, Glauco Reis, com a tecnologia HPNA, o céu é o limite. "Hoje não ocupamos nem 10% da nossa capacidade de rede e já planejamos lançar canais digitais high definition no início de outubro. E no começo do ano que vem, nossos clientes terão video on demand", revela. Com tamanho sucesso, ele sonha com vôos ainda mais altos. "Quando a HPNA evoluir para 1 Gbps, serão 256 Mbps por célula, ou seja, mais do que 12 Mbps por usuário. Será a era dos múltiplos serviços, como HDTV, SDTV, telefonia, IPTV, video-on-demand, games, telemetria", comemora.

Os resultados colhidos pela Net Angra chamaram a atenção de uma série de outras pequenas operadoras de TV a cabo, como a Cabovisão, de Rio do Sul (SC). Segundo João Coelho, presidente da operadora, a concorrência com a Sky e a Oi fez com que a empresa adotasse uma estratégia de negócios mais agressiva. Em outras palavras, era preciso mais do que uma programação de TV para reter a base de 3 mil clientes. "Para nos mantermos no mercado, tínhamos de oferecer também Internet", lembra. "Com o sistema DOCSIS, o investimento seria de uns R$ 2 milhões, pois teríamos de construir novas redes, adquirir centrais, instalar amplificadores. A tecnologia HPNA caiu feito uma luva, pois é bem mais econômica e flexível", diz. Coelho exalta também o caráter modular da solução. "Podemos instalar os equipamentos por etapas, pois a topologia da rede é em estrela. Assim não é preciso fazer o investimento todo de uma vez", diz. Em menos de um ano, a Cabovisão conquistou 500 clientes de Internet, oferecendo links de até 4 Mbps com preços competitivos. Um link de 1 Mbps, oferecido a 85% dos assinantes, custa R$ 49,90. A próxima etapa é o triple play. "Vamos nos associar a uma operadora STFC para oferecer também telefonia", revela.

Redes externas

Mesmo com o sucesso de pequenas operadoras de TV a cabo, o uso da HPNA nas redes externas, aplicação tipicamente brasileira, ainda divide opiniões. Para João Marcelo, da Cianet, essa solução pode ser uma eficiente ferramenta para a universalização da banda larga. Seria uma boa solução para que operadores de SCM, por exemplo, ofereçam seus serviços de banda larga a condomínios sem precisarem investir em cabeamento de rede. "É simples, apresenta boa relação custo/benefício, baixo custo operacional e alto desempenho. Estamos mostrando para o governo que vale a pena investir nisso" diz. Não é o que pensa José Geraldo de Almeida, da Motorola. "A HPNA para redes externas uma avaliação mais criteriosa. E isso só acontecerá com uma economia de escala que virá com o tempo", diz.

Operadoras não chegam a acordo sobre VU-M e juiz vai ouvir Anatel


TELESINTESE - WEB - 01/10/09


Por Lúcia Berbert

A decisão do Conselho Diretor da Anatel, de aprovar um reajuste de 4,5% no valor da VU-M (tarifa de interconexão) entre a Vivo e a GVT, dificultou o acordo entre a autorizada e as operadoras móveis, na segunda audiência de conciliação, realizada na tarde de ontem na Justiça de Brasília. No entendimento de uma fonte da GVT, o aumento determinado pela agência foi uma tentativa de descontinuar a ação, movida desde 2007.

A expectativa da GVT é de que o juiz da 4ª Vara, Náiber Pontes de Almeida, decida pela realização de uma perícia independente, que avaliará os custos das operadoras para determinar o valor da VU-M. Se decidir assim, o perito será contratado pelas próprias operadoras e o resultado somente deverá sair no próximo ano. A ação deve continuar, avalia a fonte.

O juiz, entretanto, ainda não bateu o martelo. Em vez disso, determinou a intimação da Anatel para que explique o que motivou a sua decisão, aprovada na semana passada. Quer saber, sobretudo, por que o Conselho Diretor desprezou o parecer da conselheira Emília Ribeiro, que pedia justamente a contratação de uma perícia independente, baseada nos dados da área técnica, que reconheceu o alto valor das tarifas de interconexão cobrado pelas operadoras móveis, em torno de R$ 0,40 o minuto.

O parecer de Emília Ribeiro foi elogiado pelo ministro das Comunicações, Hélio Costa, que há tempos reclama do valor elevado da VU-M. Ele disse que a redução da tarifa beneficiará as próprias empresas e até se comprometeu em conversar com os estados para redução do ICMS incidente sobre o setor para compensar eventuais perdas.

Enquanto não sai a decisão final, a GVT continuará recolhendo em juízo parte do 2007.

Compartilhamento ativo de redes de acesso é resposta das operadoras que querem melhorar a lucratividade




TELECOM - WEB - 01/10/09

Luís Minoru Shibata é diretor de consultoria da PromonLogicalis

Em vários mercados, as operadoras têm estabelecido acordos com seus concorrentes para buscar soluções conjuntas de redução de custos. No Brasil, essas parcerias geralmente resultam em utilização de parte da estrutura já existente de uma ou outra operadora por duas empresas. Porém, no Brasil, as parcerias são feitos caso-a-caso na implantação das redes, também conhecido como compartilhamento passivo. O processo traz alguns benefícios de escala e financeiros, mas as empresas podem potencializar os ganhos com uma abordagem mais profunda de compartilhamento de redes.

O chamado compartilhamento ativo prevê que as operadoras planejem em conjunto sua infraestrutura visando principalmente a redução do custo operacional (Opex), ou seja, melhorando a lucratividade. Com acionistas cada vez mais exigentes, obrigações maiores de cobertura e aumento dos custos de aluguéis (dos sites onde se encontram os equipamentos de rede), o compartilhamento ativo deveria ser tratado com mais seriedade e prioridade nas operadoras.

Apesar do discurso não ser novo, a realidade é que pouco aconteceu até agora. As operadoras ainda estão competindo por cobertura. Mas é importante lembrar que a competição também evolui com o tempo e em breve as coberturas das redes celulares serão muito parecidas e as operadoras passarão a competir mais na camada de serviços (atendimento, planos, aplicações e conteúdo).

Outro ponto a ser observado é que o lucro das operadoras vem de áreas com maior densidade populacional e uso da rede - o que corresponde a um percentual limitado da extensão geográfica (regiões metropolitanas e redores). Nas demais regiões, as empresas de telefonia registram lucros limitados, mas devem estabelecer atendimento por causa de compromissos regulatórios. O compartilhamento ativo é especialmente eficaz para reduzir gastos também nessas áreas periféricas, onde podem melhorar o retorno financeiro. No Brasil, pode-se considerar que pelo menos 50% do território geográfico que as operadoras de telefona celular abrangem se enquadra nesse perfil.

É importante lembrar que existem outros ganhos que podem ser considerados na derivação do modelo. Por exemplo, se há algum problema em uma torre ou antena, atualmente cada operadora mobiliza uma equipe para solucionar a questão. No compartilhamento ativo, o direcionamento da equipe de manutenção também poderia ser compartilhado, dando ganhos de produtividade e financeiro.

O modelo de compartilhamento ativo já foi colocado em prática nos EUA e na Europa. No Reino Unido, Vodafone e O2 fizeram um projeto nesses moldes no início deste ano com o objetivo de consolidar sites já existentes de telefonia móvel e construir, em conjunto, novos sites. As empresas estão compartilhando sua infraestrutura no Reino Unido, Alemanha, Espanha e Irlanda. Outros exemplos são as parcerias entre Telstra e Vodafone/Optus, T-Mobile e 3, e Tele2, Telia e Telenor.

Nos mercados emergentes, o compartilhamento ativo ainda é novidade. Mas há oportunidades, principalmente por conta do crescimento do 3G. Por aqui, a prática poderia ser adotada por duas, três ou várias operadoras. No entanto, muita gente ainda se arrepia de pensar em sentar-se com seus concorrentes. Por isso, é essencial que as operadoras interessadas elejam um mediador. De preferência uma instituição neutra que seja familiar com engenharia de comunicações e também conheça modelos de negócios já realizados no mundo.

19 outubro 2009

Serviços de valor adicionado representam 12% da receita das celulares


TELESINTESE - WEB - 30/09/09
Por Fatima Fonseca

A receita de Serviços de Valor Adicionado (VAS, na sigla em inglês) das operadoras brasileiras passou de R$ 1,2 bilhão no primeiro trimestre de 2008 para R$ 1,7 bilhão no primeiro trimestre de 2009 e atingiu R$ 1,8 bilhão no segundo trimestre deste ano. Este volume representou 12% na receita bruta de serviços das celulares, conforme levantamento do Teleco para a primeira edição do Monitor Acision de VAS Móvel (Mavam), indicador trimestral que será produzido no país pela Acision para medir o tráfego de serviços das operadoras celulares.

Segundo Eduardo Tude, presidente do Teleco (agência parceira da Acision no Mavam), o serviço de mensagens (SMS/MMS) é o que tem a maior participação nos 12% de receita com VAS verificados no segundo trimestre deste ano. O envio de mensagens representou 51% do total dos servisços de valor adicionado; o acesso a internet respondeu por 34% e os 15% restantes são outros serviços, como música, jogos e entretenimento. Esta distribuição de receitas está de acordo com o que acontece no mundo, destacou.

Edital para cidades digitais é debatido em audiência pública



TELESINTESE - WEB - 30/09/09
Empresas das áreas de tecnologia e de telecomunicações participaram hoje, no Ministério das Comunicações, da audiência pública que discutiu o edital de implementação do projeto Cidades Digitais. As 17 companhias terão até 13 de outubro para enviar pela internet as sugestões e contribuições relacionadas ao edital, que será elaborado pelo Ministério das Comunicações. A partir dessa data, o ministério tem cinco dias para responder às empresas se as contribuições serão acatadas.


O projeto Cidades Digitais prevê dotar os municípios brasileiros com internet de alta velocidade em todos os estabelecimentos públicos - escolas, postos de saúde, hospitais, delegacias, prefeituras, bibliotecas - além de oferecer acesso gratuito à rede mundial de computadores em espaços abertos à população, as chamadas praças digitais. O orçamento estimado para o projeto é de R$ 100 milhões.


Segundo informações do Minicom, a primeira etapa do projeto, que deve ser iniciada ainda em 2009, prevê a implantação de banda larga nas repartições públicas de 160 cidades. O Ministério possui experiências em projetos-piloto de Cidades Digitais em Belo Horizonte (MG), Barbacena (MG), Piraí (RJ), Tauá (CE) e Tiradentes (MG).(Da redação,com assessoria de imprensa)

18 outubro 2009

Coreia do Sul tem melhor banda larga do mundo; Brasil é 45o






REUTERS - WEB - 30/09/09
Por Tarmo Virki

A Coreia do Sul ultrapassou o Japão e a Suécia e assumiu a liderança em ranking anual que mede a qualidade da banda larga dos países, ajudada por incentivos do governo para tornar a nação como líder no mundo de tecnologia da informação, mostrou um estudo.

A pesquisa, conduzida pelas universidades de Oxford e Oviedo e patrocinada pela Cisco, mostrou que 62 de 66 países analisados melhoraram a qualidade dos serviços de Internet rápida voltada do ano passado para cá.

A relevância da banda larga com qualidade está aumentando, já que novos aplicativos de Internet --como TV de alta definição-- precisam de conexões mais rápidas e melhores, segundo o levantamento.
Os nove países melhores colocados --Coreia do Sul, Japão, Suécia, Lituânia, Bulgária, Letônia, Holanda, Dinamarca e Romênia-- já possuem banda larga com qualidade para tais aplicações.
O Brasil aparece na 45a posição no estudo, atrás de dois dos outros três países que compõem o grupo dos Bric: Rússia está em 18o lugar e China na 43a colocação, enquanto a Índia ocupa a 63a posição.
Na classificação por cidades, os municípios japoneses Yokohama e Nagoya aparecem no alto da lista, à frente de Kaunas, na Lituânia.

Tentativa de conciliação entre GVT e celulares chega ao fim sem acordo para a VU-M


TELECOM - WEB - 30/09/09

Marineide Marques

Juiz quer analisar a decisão da Anatel no caso envolvendo a Vivo para decidir se o processo terá continuidade

A segunda audiência de conciliação entre as operadoras móveis e a GVT em torno do valor da VU-M (tarifa de interconexão) foi encerrada sem acordo entre as partes, pondo um fim à tentativa de que o impasse pudesse ser resolvido no diálogo. "As tentativas de acordo se esgotaram", informa o juiz da 4ª Vara Federal de Brasília, Náiber Pontes de Almeida. Na audiência dessa quarta-feira, 30, as celulares sustentaram que a decisão da Anatel, que na semana passada aprovou reajuste de 4,5% para a VU-M entre a GVT e a Vivo, põe um fim ao impasse. As operadoras móveis entendem que a GVT pedia a intermediação da Justiça e o depósito dos valores em juízo até que a agência concluísse o processo de arbitragem. Como isso aconteceu na semana passada, a ação perde a razão de existir, na interpretação das celulares. A GVT, por sua vez, não aceita a decisão da Anatel como o fim do processo pelo fato dela não ter se baseado no modelo de custo, como pedia a operadora.

Agora, caberá ao juiz decidir se a ação prossegue ou não. Para tal, ele quer primeiro analisar a decisão da Anatel no processo entre a GVT e a Vivo. Foi dado prazo de dez dias para a agência apresentar a documentação referente à aprovação do reajuste de 4,5%, sugerido pela comissão de arbitragem.

Se a decisão do juiz for pela continuidade da ação, é bem possível que seja determinada a realização de uma perícia. Segundo o magistrado, pode ser necessária uma análise detalhada da contabilidade das empresas, de forma a verificar se o valor da tarifa de interconexão é aderente aos custos. "Aí, o processo pode demorar", reconhece Almeida.


A GVT entrou na Justiça Federal em 2007 pedindo a revisão dos valores da VU-M e o ressarcimento de valores pagos. A operadora conseguiu o direito de depositar em juízo parte da tarifa devida, até que o caso tivesse um desfecho. Na tentativa de acordo, até a Anatel chegou a mediar as reuniões. Para superar o impasse entre a GVT e a Vivo, a conselheira Emília Ribeiro sugeriu a indicação de um perito para uma avaliação isenta do valor. O conselho diretor não acatou a sugestão. Na briga, a Vivo pedia reajuste de 7% para o valor do minuto da VU-M, enquanto a GVT queria reduzir a tarifa. Arbitrou-se por um aumento de 4,5%.

Altair lança chip para aparelhos sem fio LTE






YAHOO - WEB - 30/09/09
Por Tova Cohen
A Altair Semiconductor, uma empresa israelense que desenvolve chips para celulares de quarta geração (4G), lançou nesta quarta-feira um chip para a tecnologia de próxima geração Long Term Evolution.

As operadoras de telecomunicações estão selecionando fornecedores de infraestrutura, enquanto se preparam para lançar a tecnologia LTE, que permitirá transferências de filmes, música e outros dados com muito mais rapidez em aparelhos móveis.
Embora fabricantes de equipamentos como a Nokia Siemens já estejam vendendo estações rádio-base preparadas para a LTE que poderão ser atualizadas com novo software, os celulares precisam de chips especiais, disse Eran Eshed, co-fundador da Altair e vice-presidente de marketing e desenvolvimento de negócios.
Se você analisar os lançamentos de celulares, os terminais vêm sendo os fatores de limitação, disse Eshed à Reuters.
Os terminais em uso nos testes da LTE são caixas do tamanho de uma cafeteira caseira que não podem ser utilizadas para testes de mobilidade porque precisam estar conectadas a uma tomada.
Fornecedores como Qualcomm e ST-Ericsson já anunciaram que estão trabalhando em novos chipsets, alguns dos quais já em estágio de testes, mas os produtos ainda não chegaram ao mercado, disse Eshed.
Estamos oferecendo o primeiro ou um dos primeiros projetos de referência comercial para um PC card. Basta usar o nosso chipset que cobre todas as variantes da LTE, conectá-lo a um computador e iniciar o teste, disse Eshed.
Os primeiros PC cards com chips da Altair estarão no mercado no primeiro trimestre de 2010, enquanto celulares com os mesmos chips estarão disponíveis no segundo trimestre.
Já temos clientes desenvolvendo aparelhos com base nesses chips, disse Eshed.
Os PC cards permitirão acesso à Internet em qualquer lugar e a velocidades de até 100 megabits por segundo, para downloads, e de 50 megabits por segundo, para uploads. Isso se compara a velocidades inferiores a 10 megabits para os atuais PC cards de terceira geração, afirmou.

Telefónica inicia testes com LTE no Brasil e em mais cinco países



TELECOM - WEB - 30/09/09
Da redação

Alcatel-Lucent, Ericsson, Huawei, NEC, Nokia Siemens e ZTE foram selecionados para o piloto

A Telefônica decidiu testar a tecnologia LTE (long term evolution) em seis diferentes países, incluindo o Brasil, com diferentes fornecedores. A operadora anunciou nesta quarta-feira, 30, que selecionou, por enquanto, Alcatel-Lucent, Ericsson, Huawei, NEC, Nokia Siemens e ZTE para iniciarem nos próximos meses testes com a tecnologia de quarta geração. Os testes piloto, aos quais se podem incorporar novos provedores, se estenderão por um período em torno de seis meses e consistirão em provas de campo e na instalação de estações radiobase, informa a nota distribuída pela holding.

Na América Latina, os países escolhidos foram Brasil e Argentina. Na Europa, os testes acontecerão na Espanha, Reino Unido, Alemanha e República Tcheca. Segundo a companhia, a coordenação global do projeto favorece os ganhos de escala para quando for feita a seleção dos parceiros tecnológicos.

Este plano ajudará a Telefónica a traçar sua estratégia para a implementação das redes de quarta geração, definir suas necessidades e antecipar os prazos de execução e posterior comercialização, mantendo assim os padrões de liderança tecnológica e inovação na oferta internacional de produtos e serviços para seus mais de 264 milhões de clientes, informa a holding.

Padrão de rádio digital será debatido na CCT do Senado


TELESINTESE - WEB - 30/09/09


A Comissão de ciência e Tecnologia do Senado aprovou hoje a realização de audiência pública para debater sobre o modelo de digitalização de rádio no Brasil. O requerimento, de autoria do senador Roberto Cavalcanti (PRB-PB), destaca a intenção do governo em decidir ainda este ano, o padrão a ser adotado.

Serão convidados para a audiência o ministro das Comunicações, Hélio Costa; o presidente da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), Ronaldo Sardenberg; e o presidente da Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert), Daniel Pimentel Slavieiro. A data ainda não foi marcada. (Da redação)




Telefonia Móvel custou R$ 39,7 milhões ao governo até agosto


CONVERGÊNCIA DIGITAL - WEB - 29/09/09 - Luiz Queiroz
A Vivo segue dominando o mercado de telefonia móvel governamental, embora, aparentemente, esteja cedendo espaços para a presença da Oi. De janeiro a agosto deste ano, o governo gastou em torno de R$ 39,7 milhões com serviços celulares. Deste total, a Vivo levou R$ 17,3 milhões. Já a Oi ficou com R$ 12,3 milhões.

Os gastos com telefonia móvel são bem menores do que os efetivados com a telefonia fixa - nesse mesmo período, o governo chegou a pagar R$ 203,4 milhões para as concessionárias. Porém, há casos em que órgãos do governo aparentemente apresentaram contas elevadas, a partir do uso de celulares.
O Ministério da Ciência e Tecnologia, por exemplo, por meio da sua Coordenação de Recursos Logísticos, registrou um gasto entre fevereiro e agosto da ordem de R$ 2,8 milhões.

O Portal da Transparência não informa a quantidade de celulares utilizados pelo MCT e não é possível fazer uma divisão desse total pelo número de terminais em operação, de forma a conferir se houve ou não um gasto excessivo por cada funcionário que disponha dessa regalia.

Esse custo foi registrado pelo Ministério da Ciência e Tecnologia como Gestão da Política de Educação na forma de Serviços de Comunicação da Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP). O montante teria sido repassado para a Oi (TNL PCS).

13 outubro 2009

CPFL Energia estuda o smart grid, mas vê uso limitado da tecnologia

ÚLTIMO SEGUNDO - IG - WEB - 25/09/09
O smart grid deve revolucionar a forma de gerar e distribuir energia para os consumidores, e a CPFL Energia já participa do desenvolvimento de estudos visando a adoção da tecnologia em suas redes de distribuição. Mas o diretor de Engenharia da empresa, Rubens Bruncek, avalia que é limitado o potencial de curto prazo para o uso dessa tecnologia no País, sendo factível sua aplicação, no momento, para a redução das perdas comerciais e para a melhoria da qualidade do fornecimento de energia.

"Estamos acompanhando as experiências internacionais sobre o tema, porque essa área evolui constantemente," afirmou o executivo.

A CPFL Energia foi a primeira empresa da América Latina a aderir na Global Intelligent Utility Network Coalition, criada pela IBM em 2007. Esse grupo conta com empresas de várias partes do mundo, como Estados Unidos, Dinamarca, Índia e Austrália, com o objetivo de desenvolver estudos que permitam a aplicação do smart grid nas redes. "O grande estímulo ao uso dessa tecnologia nesses países é a necessidade de redução da emissão dos gases de efeito estufa", explica o executivo, lembrando que, na União Europeia, há uma regra, a 20/20/20, que prevê a diminuição das emissões de gás carbônico (CO2) em 20%, a redução do consumo de energia de 20% e a participação das energias renováveis em 20% até 2020.

Segundo Bruncek, é justamente esse apelo inicial que limite o potencial de uso, no curto prazo, do smart grid no Brasil. O executivo lembra que o País já possui uma matriz elétrica altamente limpa e renovável por conta da geração de energia a partir das hidrelétricas. "Nesse contexto, o uso da tecnologia no País tem como principal argumento agregar ganhos de produtividades às concessionárias", explica o diretor da CPFL Energia. É sob este aspecto que a companhia, a maior holding privada do setor elétrico brasileiro, acompanha os estudos feitos no grupo.

O executivo aponta dois usos em que o smart grid pode prover ganhos às concessionárias: combate às perdas comerciais e automação das redes elétricas. Mas mesmos nesses casos os benefícios variam para cada distribuidora. Bruncek diz que a instalação de medidos eletrônicos para a redução dos furtos e fraudes de energia só é vantajosa para as concessionárias com elevados índices de perdas comerciais - como na Light, na Ampla e Celpa. "Em empresas com taxas elevadas, vale a pena. Mas em casos com índices baixos, como o nosso, a redução obtida não compensa o investimento na substituição dos medidores", justifica.

A substituição dos medidores, inclusive, é um dos entraves para tornar viável a aplicação de tarifas de energia diferenciadas por horário, como almeja a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). "O Brasil possui 65 milhões de medidores. A troca em massa poderia encarecer as tarifas. Até porque muitos equipamentos não foram nem amortizados", justifica. Além disso, o custo de um novo medidor eletrônico é muito superior aos modelos atuais, que são analógicos. O diretor da CPFL afirma que a empresa vem acompanhando as discussões em curso na Aneel, mas considera inviável a adoção de tarifas diferenciadas no curto prazo.

No caso da automação das redes, o executivo avalia que as tecnologias smart grid permitirão as concessionárias otimizar a operação de suas malhas de distribuição. Hoje, uma parcela dos equipamentos já é operada remotamente pelas empresas em seus centros de operação. Mas Bruncek conta que muitos itens da rede, como as chaves, poderão ser automatizados.

Além de ampliar a produtividade das distribuidoras, os consumidores também terão ganhos porque as empresas terão condições de atender mais rapidamente os problemas na rede. Isso porque muitos procedimentos feitos manualmente pelas equipes de manutenção poderão ser feitos pelos centros de operação remotamente. "Se tudo estivesse automatizado, o centro de operações teria condições de reconfigurar a rede em questão de segundos, reduzindo os prejuízos aos clientes", disse. Bruncek pondera que o grande desafio para a automação das redes elétricas está na confiabilidade dos equipamentos, dado que os investimentos são extremamente elevados.

O executivo, porém, não se mostra otimista com outras aplicações do smart grid, como a fatura remota da conta de luz dos consumidores. Bruncek explica que o procedimento atual, no qual os leituristas efetuam a medição do consumo nas casas dos clientes e enviam os dados para as concessionárias, é extremamente econômico. "O custo disso fica abaixo de R$ 0,50 por consumidor", justifica. Para que o faturamento remoto seja viável, o sistema de comunicação entre os medidores e as distribuidoras deve ser barato, o que ainda não é. "Não queremos aumentar os nossos custos. Precisamos, sim, obter ganhos de performance", justifica.

Nem a transmissão de dados via rede elétrica, a chamada Power Line Communication (PLC), desperta muito interesse da CPFL Energia. O executivo afirma que essa tecnologia demanda uma série de adaptações na rede elétrica para que o sinal seja transmitido pelos fios, e que as empresas de telecomunicação já possuem sua própria infraestrutura de cabos para chegar aos clientes. "As operadoras já possuem infraestrutura para fornecer o acesso à internet aos clientes. Por que deixarão isso de lado para usar as nossas redes?", questiona Bruncek.

O diretor da CPFL explica que o PLC pode ser atrativo para alguns nichos de mercado. Como exemplo, cita prédios residenciais antigos em que os cabos de telecomunicação não puderam ser instalados. "Em uma situação como essa, pode compensar. Mas é algo secundário. As tecnologias emergentes são fibra óptica e as redes sem fio", conclui.


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Portabilidade numérica atinge apenas 1,2% da base de celulares

TELESINTESE - WEB - 28/09/09

Um ano após o início da implantação da portabilidade numérica, os pedidos de troca de operadoras por assinantes da telefonia móvel ultrapassa a barreira de 2 milhões, ou 1,2% do número de celulares habilitados no país (164,5 milhões). A informação é da ABR Telecom, entidade administradora do serviço, que registrou, no último fim de semana a marca de 2.024.512 pedidos.

Até o momento, a portabilidade atingiu 3.105.537 usuários de telefonia fixa e móvel, que decidiram trocar de operadora mantendo o mesmo número do telefone. Do total de migrações solicitadas, 65% (2.024.512) foram originadas por usuários de telefonia móvel e 35% (1.081.025) por assinantes de serviço fixo.

O número de pedidos efetivados porém é de 2.353.736. Desses, 68% (1.596.078) foram feitos por usuários de telefones móveis e 32% (757,658) de fixos. (Da redação)



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CPqD desenvolve rede sem fio de baixa potência para a Petrobras

TELECOM - WEB - 28/09/09
Marineide Marques

Projeto envolve a WxBR e está avaliado em R$ 3,5 milhões, a maior parte bancada pelo Funtel.

O CPqD começa a trabalhar no desenvolvimento de uma rede sem fio de baixa potência para monitoramento dos sistemas críticos da Petrobras. O projeto deve consumir três anos e está avaliado em R$ 3,5 milhões, sendo a maior parte dos recursos bancada pelo Fundo para o Desenvolvimento Tecnológico das Telecomunicações (Funtel). A Petrobras entra com R$ 300 mil e a WxBR, empresa a qual será transferida a tecnologia ao final dos trabalhos, contribuirá com R$ 100 mil.

A rede será baseada no padrão conhecido como ZigBee, de baixo alcance, baixa taxa de transmissão de dados e baixo custo de implantação. A ideia é substituir o sistema cabeado utilizado hoje pela Petrobras por um sistema sem fio, capaz de monitorar os parâmetros de segurança - como temperatura e pressão - dos sistemas críticos da Petrobras, sem uso da energia elétrica. Na média, o alcance dos módulos é de 10 metros, mas já há desenvolvimento de soluções que alcançam até 70 metros quando não há interferência de edificações ou máquinas. A proposta do CPqD é integrar o sistema à uma rede WiMAX de forma a ter monitoramento também por imagens.

A comercialização dos sistemas ZigBee ficará a cargo da WxBR, joint venture entre Asga, Icatel, Padtec e Trópico. Além da Petrobras, outros clientes potenciais são refinarias e siderúrgicas, assim como qualquer indústria que trabalha sob condições severas de operação.


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Até o fim do ano, 20% dos lares no mundo terão banda larga

TI INSIDE - WEB - 28/09/09

Até o fim deste ano, 20% de todos os lares do mundo terão conexões fixas de internet em banda larga. De acordo com estudo do Gartner, 2009 registrará 422 milhões de residências com conexões fixas de banda larga, contra 388 milhões registrados no ano passado. Até 2013, o mercado terá taxas de crescimento relativamente estáveis, atingindo a marca de 580 milhões de casas conectadas à internet via banda larga fixa.

No fim de 2008, 21 países possuíam conexões fixas de internet em banda larga em ao menos 50% dos lares. Porém, no período de cinco anos analisado pela consultoria, enquanto os países desenvolvidos experimentarão certa desaceleração no número de novos usuários de banda larga fixa, devido a saturação do mercado, as economias emergentes apresentarão taxas de crescimento duas vezes maiores que as registradas em 2008. Brasil, Rússia, China e Índia representarão 68% de todo o mercado, somando 92 milhões de residências com internet fixa em banda larga.

Para Amanda Sabia, analista de pesquisas do Gartner, mesmo com a crise e com a maioria das pessoas reduzindo seus gastos, as conexões de internet não estão nos planos de corte de custos das pessoas. Ela acredita que as operadoras continuarão podendo contar com suas receitas com assinaturas de conexões, já que o acesso à rede mundial já se tornou a principal forma de comunicação na maioria das residências no mundo.

Da Redação


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TV Digital: Inatel quer levar seu Competence Center ao Paraguai

CONVERGÊNCIA DIGITAL - WEB - 28/09/09 - Cristina De Luca

O Instituto Nacional de Telecomunicações - Inatel - de Santa Rita do Sapucaí, e a Conatel, órgão responsável pelo fomento, controle e regulamentação das telecomunicações no Paraguai, finalizam a elaboração de um documento oficializando um acordo de cooperação entre as partes. O objetivo é iniciar as conversações para realização de um trabalho comum não somente com o governo, mas com as instituições educacionais paraguaias interessadas no sistema de TV Digital Brasileiro.

Na útima semana, Leonardo Luciano de Almeida Maia, especialista em desenvolvimento de negócios do Inatel Competence Center (ICC), esteve reunido com o presidente da Comisión Nacional de Telecomunicaciones (Comissão Nacional de Telecomunicações) - Conatel, Dr. Jorge Seall, além de dois gerentes técnicos da mesma entidade.

Durante o encontro, realizado na capital Assunción, Maia o quanto o Inatel está preparado para ajudar o Paraguai nesse assunto, mesmo que o país não opte pelo uso do padrão nipo-brasileiro.

"Destaquei que mesmo sem uma decisão quanto ao padrão escolhido, podemos começar a capacitação dos profissionais paraguaios nessa nova tecnologia. Estamos prontos para assessorá-los nesse processo estratégico, para eleger um padrão adequado ao país", ressaltou Maia.

O Inatel já estabeleceu parcerias semelhantes com entidades peruanas e mantém contato com entidades da Colômbia. O próximo passo será dar continuidade a contatos já iniciados com o Chile e Argentina.

Segundo o engemheiro, o governo paraguaio manifestou interesse em ter assessoria do Inatel em cursos de graduação e pós-graduação, de forma a preparar os profissionais para o cenário de TV Digital.

NA ARGENTINA - Cristina Kirchner acaba de criar o Conselho Consultivo do Sistema de Televisão Digital Terrestre argentino, através da resolução 1.785, publicada dia 24/09 no Diário Oficial. A entidade será presidida pelo ministro do Planejamento, e a exe´mplo do no Fórum SBTVD terá um fórum consultivo que abrigará representantes dos setores público e privado comprometidos com a implantação da TV Digital lá.


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Portabilidade registra 2 milhões de pedidos da telefonia celular

DCI - SERVIÇOS - SÃO PAULO - 29/09/09 - Pg. A9

Agência Estado

O mercado de telefonia continua com uma forte concorrência, pois, desde setembro do ano passado, mais de 3,1 milhões de clientes da telefonia fixa e celular pediram a portabilidade numérica - permite ao assinante manter o número de telefone ao mudar de operadora. Dois terços dos pedidos são de usuários de celulares, segundo balanço divulgado ontem pela ABR Telecom, entidade que administra a portabilidade no Brasil.

Até a meia-noite de anteontem, foi atendido o pedido de 2,35 milhões de pessoas, com a migração de sua linha a outra operadora. Desse total, 68% são linhas de telefones móveis, e 32%, de fixos. Segundo dados da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), existem no Brasil cerca de 40 milhões de telefones fixos e 164,5 milhões de celulares. Vale lembrar que a migração só pode ocorrer dentro da mesma modalidade de serviço: de celular para celular e de fixo para fixo. Pelas regras, o pedido tem de ser atendido em até cinco dias úteis.

Ainda na área de telefonia, a operadora de telefonia fixa e banda larga GVT anuncia o início das operações nas cidades do Recife e de Jaboatão dos Guararapes, em Pernambuco. O lançamento comercial está previsto para o início de novembro, quando a cobertura inicial da rede da empresa estiver concluída, diz o vice-presidente de Marketing e Vendas da GVT, Alcides Troller Pinto.


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A Telebrás e a Austrália

TELESINTESE - WEB - 28/09/09
Recentemente, o assessor especial da Presidência da República, Cezar Alvarez, em evento do setor de telecomunicação, afirmava que aqueles que eram contrários à reativação de uma empresa estatal de comunicação de dados o faziam apenas por questões ideológicas, e não por razões objetivas.Como não tenho problemas ideológicos em relação a empresas estatais, vou apresentar algumas preocupações sobre essa proposta.

Acho que precisa ser melhor definida a missão desta nova empresa. A explicação de que ela irá fazer o transporte de comunicação de dados do governo, porque são informações estratégicas, não convence. Afinal, o que há de estratégico nas informações do INSS, do SUS e de outras instituições do governo que migrarão para esta rede? Se forem estratégicas, não poderão ficar nesta rede e terão que ter uma rede privativa, como os militares têm a banda X, dos satélites, de sua exclusiva utilização.

Se o governo quisesse uma rede própria para levar o Estado aonde ele não existe, aí, sim, seria uma medida fantástica. Quem mais precisa de atenção ou tem que pagar pela internet nas lans houses espalhadas pelo país, ou, o pior, tem que se deslocar para a capital do estado para poder tirar um documento.

A questão, contudo, é que esta rede, conforme as notícias veiculadas, irá começar nas grandes cidades - São Paulo, Brasília, Rio de Janeiro e Belo Horizonte - exatamente onde funcionam as sedes das instituições que "tiram documento"; e justamente nas cidades onde existe uma grande quantidade de cabos de redes privadas, que poderiam ser alugados numa mega-licitação unificada e, consequentemente, o preço cair muito.

Austrália

Vira e mexe, algum representante do Poder Executivo brasileiro cita a iniciativa do governo australiano, que decidiu criar uma empresa estatal para universalizar a banda larga, para justificar a intenção de usar a Telebrás como a nova empresa estatal de comunicação de dados.

Mas a única coincidência entre o modelo australiano e a vontade brasileira está no fato de se querer contar com uma empresa estatal. Fora isto, não há nada parecido entre os dois modelos.

Na Austrália, duas são as premissas para justificar os investimentos de US$ 48 bilhões: o Estado definiu que vai levar banda larga para todo o seu vasto país (quase do tamanho territorial do Brasil, mas com muito menor densidade populacional) a 100 Mbps e estabeleceu que esta rede estatal só poderá vender no atacado. Ou seja, a infraestrutura será estatal, mas a oferta do serviço ao cliente final será feita por empresas privadas.

No Brasil, a Telebrás começa a prestar serviço para o próprio governo, proposta completamente diferente do modelo australiano. No futuro, o que se imagina é que a Telebrás começará a prestar serviços, de governo, também para a população, sabe-se lá a que velocidades. A nossa estatal vai estar ausente dos rincões e locais mais afastados, onde não há mercado, mas há Brasil.

Na Austrália, já foi decidido também que, após cinco anos de pleno funcionamento como empresa estatal, essa "vendedora de capacidade de rede" será privatizada.

Há quem diga no governo brasileiro que a intenção, no futuro, é fazer com que essa Telebrás também venda capacidade para novos entrantes, proposta que será preciso ver para crer. Em todo o mundo é bem complexa a operação para fazer com que uma mesma empresa que vende o serviço de telecom venda também a sua capacidade de rede para competidores.
E por aqui, uma estatal nunca foi recriada com a intenção de ser privatizada depois, o que remete a uma grande quantidade de perguntas:

-Esta estatal irá se submeter à lei de licitações, a 8666, e colocar a sua eficiência em risco?

-A Telebrás e as suas subsidárias foram vendidas com mais de 100 mil funcionários.A estatal vai terceirizar a sua mão-de-obra? Vai contratar quantos profissionais?

-No orçamento de 2010 não há ainda um tostão sequer para essa nova rede, que não se constrói com os R$ 250 milhões alocados este ano para a Telebrás. Haverá força política para injetar mais recursos? Qual será a fonte do financiamento? O dinheiro do Fust, que é recolhido pelas operadoras privadas de telecomunicações, poderá ser usado para isto?

-A Telebrás, que nunca morreu, tem até hoje ações em bolsa. O governo vai recriar uma estatal estratégica cujo capital estrangeiro pode deter até 49% das ações?

Essas são algumas das inúmeras questões que precisam estar no debate.

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GVT investe R$ 60 milhões para atuar em Pernambuco

CONVERGÊNCIA DIGITAL - WEB - 28/09/09

Da redação

A GVT oficializa o início das operações nas cidades do Recife e de Jaboatão dos Guararapes, em Pernambuco, para o início de novembro, acirrando a disputa com a Oi.

"Selecionamos Recife e Jaboatão pela importância das cidades, porque há grande interesse por serviços avançados de telefonia fixa e Internet banda larga, mas pouco acesso a opções de alta qualidade a preços acessíveis", observa o vice-presidente de Marketing e Vendas da GVT, Alcides Troller Pinto.

As obras de implantação seguem em ritmo intenso até que a disponibilidade do serviço chegue a 30% de cobertura nas duas cidades em novembro. "Estamos ainda em fase de construção e conclusão da nossa rede e até novembro teremos uma ótima cobertura", explica o executivo.

A cobertura inicial da empresa será uma das maiores já registradas em uma nova cidade da GVT e envolve investimentos superiores a R$ 60 milhões. A partir do lançamento comercial, haverá ampliações graduais de cobertura para aumentar as áreas com ofertas dos serviços GVT.

No período que antecede o lançamento comercial, a empresa abriu um canal de comunicação exclusivo com Recife e Jaboatão por meio do blog: http://www.gvtnorecife.com.br que está no ar a partir desta segunda-feira (28/9). O blog esclarecerá dúvidas e informará a população local sobre os avanços da implantação dos serviços da empresa na região.

Também a partir da mesma data começam os esforços de vendas envolvendo ações "porta-a-porta" e de telemarketing ativo em poucos endereços nas duas cidades onde a rede da empresa já está pronta.

"A partir de novembro as pessoas interessadas poderão entrar em contato com a nossa central de televendas, pois já estaremos com toda nossa rede inicial pronta e poderemos atender às solicitações dos clientes", afirma o vice-presidente da empresa.

A entrada da GVT em Pernambuco movimentou o mercado de trabalho com a geração de aproximadamente mil empregos diretos e indiretos para a construção da rede, ações de vendas e instalações na região.

Pernambuco é o segundo Estado do Nordeste atendido pela GVT e foi selecionado em função da alta demanda registrada na região por serviços de telefonia fixa e banda larga com melhor qualidade e preço. A operadora está presente em 83 cidades nas regiões Nordeste, Sul e Centro-Oeste, totalizando 14 Estados, Distrito Federal além de São Paulo e Rio de Janeiro onde atende exclusivamente o mercado corporativo.

Numa disputa direta com a Oi pelo serviço de banda larga, a GVT vai comercializar a linha completa de produtos e soluções para clientes residenciais, comerciais e empresariais.

O carro-chefe da empresa é a família de banda larga POWER que inclui modem grátis na velocidade de 10 Mbps e superiores, além de provedor de Internet grátis em todas as velocidades. A família POWER tem opções de 3 Mbps, 10 Mbps, 15 Mbps, 35 Mbps, 50 Mbps e 100 Mbps a R$ 49,90, R$ 69,90, R$ 99,90, 199,90, R$ 299,90 e R$ 499,90, respectivamente.

Os preços são válidos para a aquisição de banda larga dentro dos pacotes residenciais de telefonia Unique, que envolvem franquias de telefonia fixa em minutos de ligações locais (300 ou 600 minutos), e Smart Maxx, que envolvem franquias monetárias em ligações locais, para celular e interurbanos.

As ultravelocidades não têm limitação para download e upload de arquivos e a taxa de upload é a mais alta do mercado. Os clientes que usam a banda larga para fins profissionais podem contratar IP fixo.

No segmento empresarial está disponível a linha de serviços Economix Flex, com planos de 800 minutos a 25 mil minutos em ligações locais compartilhados por até 15 linhas telefônicas na mesma conta, e banda larga também de até 100 Mbps.

Nesta modalidade, o empresário pode optar por interligar endereços de filiais ou da sua residência e empresa de forma que as ligações entre esses dois pontos passam a ser gratuitas, independente da contratação de serviços de PABX.

Para grandes corporações, as opções são serviços convergentes que reúnem todas as facilidades da telefonia convencional com os avanços das tecnologias IP (baseadas no Protocolo Internet).

"Nosso foco é garantir para a população de Recife e Jaboatão dos Guararapes alto nível de serviço, atendimento que resolve, qualidade superior em produtos avançados e a contínua inovação das ofertas", acrescenta Troller. Atualmente, a GVT tem 2,3 milhões de linhas em serviço em todo o país.


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