10 maio 2009

TIM tem perda, mas quer mais 1 milhão de linhas pós-pagas

SÃO PAULO - Depois de passar pelo último trimestre de 2008 com resultados positivos e de iniciar este ano a reestruturação de sua marca no País, a TIM Brasil, que acabou de comprar a empresa de telefonia de longa distância Intelig, volta a amargar novo prejuízo: R$ 144 milhões no primeiro trimestre do ano, em razão do aumento das linhas de depreciação e do pagamento de imposto de renda deste ano. O prejuízo foi 14,8% maior do que o apresentado no mesmo período do ano passado e, apesar do impacto negativo, Luca Luciani, presidente da TIM, afirma que espera apresentar resultados mais animadores no próximo trimestre, com a incorporação da Intelig, além de conquistar mais de 1 milhão de clientes pós-pagos para a sua base.
O executivo, que chegou à companhia este ano com a missão de mudar o conceito da marca e atrair mais clientes de alto valor agregado, explica que sua prioridade a partir deste trimestre será elevar a receita, reformulando o canal de vendas e novo portfólio de produtos, com foco na conquista de mais usuários pós-pagos. "Encerramos o trimestre que foi caracterizado por uma importante reorganização e por um trabalho intenso voltado para ampliar nossa competitividade e à preparação do plano de relançamento da empresa, que mostrarão resultados de forma mais explícita nos próximos meses", argumentou o executivo.
Em março deste ano, o presidente alimentava um discurso diferente, afirmando que "a maturidade do mercado se traduz em uma desaceleração do crescimento de receita". Luciani assumiu a mudança de posicionamento da empresa e admitiu que "a campanha de Natal foi de baixa competitividade", destruindo a base de clientes pós-pagos.
Para melhorar a produtividade da base, Luciani explica que excluiu cerca de 1 milhão de linhas inativas da base da operadora, em sua maioria de pré-pagos, além de firmar um acordo com a Embratel, controlada pela mexicana America Móvil, para facilitar os acordos de interconexão pelas áreas que não serão cobertas pela Intelig. "O acordo permite estabelecer um melhor relacionamento com a operadora, mesmo considerando os importantes contratos já em andamento", explicou. Ainda assim, o acordo com a Embratel levou a um impacto negativo na Ebitda de R$ 64 milhões.
Intelig
Apesar de a incorporação da Intelig ainda não ter surtido efeitos sobre as operações da TIM, a expectativa da companhia de origem italiana é de que seus custos com aluguel de infraestrutura e interconexão amenizem, anualmente, cerca de R$ 4 bilhões.
Os custos de rede e de interconexão, neste trimestre, totalizaram R$ 985 milhões e aumentaram em 36,6% em relação à rede, principalmente em função das despesas de manutenção e dos custos relacionados ao aluguel de meios para suportar o lançamento da tecnologia de terceira geração (3G).
Luciani espera que os órgãos reguladores como a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) liberem a fusão apenas no terceiro trimestre. "Vamos reduzir o número de linhas alugadas, além de aumentarmos nossa capacidade de ofertar produtos para o público corporativo", explicou o executivo, argumentando que o mercado de longa distância no Brasil é estimado em R$ 14 bilhões. "O cliente da TIM é ¼ do mercado total, vamos aumentar a possibilidade de oferecer longa distância", finalizou o presidente da companhia.
Investimentos
Nos primeiros três meses do ano, os investimentos da TIM no Brasil somaram cerca de R$ 194 milhões, total de que 55%, ou R$ 106 milhões, foram investidos em rede e tecnologia da informação (TI), seguindo o lançamento da rede 3G e a expansão da nossa cobertura GSM.
Os planos de investimentos da operadora para todo o ano devem alcançar R$ 2,3 bilhões, pouco abaixo dos R$ 2,8 bilhões projetados pela Telecom Italia, por ocasião do anúncio das metas para o triênio 2009-2011. Segundo o presidente da empresa, Luca Luciani, o montante segue em linha com o aporte de 2008, que alcançou R$ 3,3 bilhões, mas incluiu R$ 1,3 bilhão para pagamento das licenças de terceira geração.
Do total, 60% dos investimentos serão para a rede; 20% para tecnologia da informação; e 20% para compra de aparelhos. De acordo com Luciani, a TIM quer acelerar a construção da rede de terceira geração: 80% da base de clientes deve estar coberta com a oferta de 3G até o final do ano.
Depois de amargar R$ 144 milhões de prejuízo no primeiro trimestre deste ano, a TIM quer 1 milhão de clientes pós-pagos e aproveitar a infraestrutura da Intelig, adquirida este ano.

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