Sinal fraco
STOÉ DINHEIRO - DINHEIRO EM AÇÃO - SÃO PAULO - 27/05/09 - Nº 607 - Pg. 92
Se 2008 foi o ano de ouro para as operadoras de telefonia celular, o cenário é mais incerto para 2009. No primeiro trimestre, as vendas de novos aparelhos foram 9,4% inferiores às do superaquecido princípio do ano passado. Em abril, a diminuição atingiu preocupantes 52%. A Vivo continua na liderança, com 29,6% de market share, mas é uma das mais penalizadas pelo mau humor dos investidores no setor. Na quintafeira 21, as preferenciais da empresa caíram 5,34%. Na semana, acumularam queda de 1,5%, enquanto o Ibovespa subiu 2,2%. O mercado já não é o que foi no ano passado, mas ainda acreditamos em um crescimento de mais de dois dígitos , avalia Roberto Lima, presidente da Vivo. Os analistas não estão tão confiantes. A expectativa para o ano é de redução no ritmo de crescimento, causada, em parte, pela rápida disseminação dos celulares pelo País. No Brasil, já são 80,98 celulares para cada 100 habitantes. Um ano atrás, havia 66,84 celulares por 100 habitantes. A penetração da telefonia móvel no Brasil já está muito alta e ainda há a piora no cenário econômico em 2009 , afirma Beatriz Batelli, analista do Banif. O acirramento da concorrência, com a portabilidade, também influi nas ações. A Vivo foi prejudicada pela expansão da Oi no território da Brasil Telecom e pelos planos de reestruturação da TIM. As duas empresas, apesar da queda nas vendas, apresentaram bons resultados na base de clientes , diz a analista. Em 2009, as ações das três companhias ainda acumulam alta.
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