27 janeiro 2006

Plano de minutos

Com a "pressao" do governo de criar um opcao de baixo custo dos servicos de telefonia para as classes C e D da populacao, as operadoras ja sairam em busca de alternativas que visem alcancar este cenario. O que ocorre é que todas as investidas apresentadas ao mercado ainda não chegaram perto deste objetivo. Mas jé é um comeco...
26/01/2006, 16h39
O lançamento do primeiro plano alternativo de pacotes de minutos da Telefônica não deve ter um impacto financeiro negativo para a tele de acordo com o diretor geral da Telefônica São Paulo, Stael Prata Silva Filho. "A perspectiva é de que a receita se mantenha estável ou cresça. Uma parcela relevante da nossa base deve migrar para planos de tráfego específico e isso vem ao encontro dos nossos interesses na medida em que nos traz previsibilidade de receita e fideliza o cliente", avalia Prata.
O vice-presidente de negócios residenciais da operadora, Odmar Almeida Filho, estima que o número de pacotes de minutos vendidos pode chegar a um milhão no período de três a seis meses a contar do lançamento. Para ele, essa adesão é um cenário possível: "Apenas nas duas horas após o primeiro anúncio de televisão ter ido ao ar na noite da última quarta-feira, em duas horas o volume de chamadas em nosso call center foi dez vezes superior ao normal".
A verba de marketing para divulgação dos novos planos de minutos é de R$ 15 milhões neste primeiro trimestre e, segundo Almeida, inclui campanha massiva em rádio, outdoors, painéis eletrônicos, jornal, revista, internet e marketing direto.PacotesOs novos planos oferecem desconto por volume de minutos contratados, assim, quanto maior a franquia, menor o custo do minuto. Nos pacotes de chamadas locais fixo-fixo há pacotes de 250 minutos por R$ 41,90 (R$ 0,168 o minuto) até 1,2 mil minutos por R$ 124,90 (R$ 0,104 o minuto). A essa modalidade pode ser combinado um pacote de chamadas locais fixo-móvel a R$ 0,67 o minuto, com pacotes de 30 minutos por R$ 20,10 a 250 minutos por R$ 167,50 ; e um outro de chamadas de longa distância intra-estadual que variam de 30 minutos por R$ 9,90 (R$ 0,33 o minuto) a 800 minutos por R$ 222,90 (R$ 0,2786 o minuto). A operadora oferece ainda planos com descontos nos horários reduzidos (dás 18h00 às 8h00 e fins de semana) para ligações locais fixo-fixo e longa distância para dentro do Estado de São Paulo.
O vice-presidente de negócios residenciais explica que Telefônica não conseguiu aplicar descontos por volume de minutos fixo-móvel contratados por conta das tarifas de interconexão. À parte da discussão sobre as tarifas de interconexão com as redes móveis, Stael Prata afirma que a operadora pretende buscar um maior volume de trafego dentro de sua própria rede. "Podemos oferecer pacotes de ligações fixo-móvel em conjunto com operadoras celulares. Já existem discussões com algumas e trabalharemos mais isso a partir do segundo semestre", revela Prata. Letícia Cordeiro - TELETIME News

09 janeiro 2006

Modelo de MVNO na América Latina

09/12/2005

A falta de experiências de operadoras virtuais de redes móveis (MVNO) na América Latina, onde a Bolívia é a única exceção, e as diferenças de condições regulatórias, comerciais e sociais do Continente, são os principais obstáculos na difusão desse modelo de operação na região.Há muita resistência das teles locais, principalmente devido a condições regulatórias pouco claras e à falta de informação sobre o valor das licenças. As empresas vêem riscos na introdução de serviços que podem canibalizar seu mercado e não há modelos estratégicos que sinalizem lucros para as operadoras móveis tradicionais.
A experiência da implantação de uma MVNO na Bolívia foi tema do congresso GSM Americas 2005, patrocinado pela Associação GSM, em Miami (Flórida). Em 2002 a operadora móvel Viva uniu-se à fixa PSTN criando a Cotas para o lançamento do serviço de MVNO, em Santa Cruz. Hoje, a Cotas detém apenas 4% do mercado móvel, concorrendo com mais três operadoras: Entel, Telecel e a própria Viva.Entre os desafios enfrentados pela operação, conforme explica Freddy Maldonado Valcik, vice-presidente de regulamentação da PCS, da Bolívia, estão o baixo tráfego de interconexão e de custo das tarifas (bastante aquém da média latino-americana), especialmente no pós-pago, comprimindo as margens.Vencer obstáculosPara superar obstáculos, a estratégia na Bolívia foi focar nichos oferecendo um regime tarifário melhor para não concorrer com outros serviços móveis mais baratos. Outro obstáculo da operação, segundo Valcik, é não existir uma regulamentação espeíifica para as operadoras virtuais. "Para quem se aventurar em oferecer o serviço na região é necessário conhecimento profundo dos assinantes e uma forte posição da marca por meio da integração desta com outros serviços para criar lealdade", explica.Também é necessário captar segmentos mais difíceis para as operadoras tradicionais. "Se não existir uma forte diferenciação de serviços não há como concorrer nesse mercado", diz o executivo. Ele também destaca que o grau de independência da MVNO da operadora tradicional deve ser gradual e controlado: "A operadora móvel tradicional deve garantir o direito de controle e proteção do mercado contra práticas predatórias ou a interrupção do serviço."Valcik destaca que só é viável uma operação MVNO se o mercado entre as duas operadoras tiver sinergias claras a explorar, como diminuição do custo de aquisição dos assinantes, incremento do uso da rede e atração de novas bases de usuários antes não atendidas. Ana Luiza Mahlmeister, de Miami - TELETIME News

Aumento das ligações em até 114%

Mudança no sistema de cobrança da telefonia fixa de pulsos para minutos encarecerá ligações em até 114%, alertam especialistas

Cristiane Crelier
A conversão do sistema de cobrança de pulsos para minutos nos telefones fixos embute um reajuste disfarçado. É o que alertam especialistas em direito do consumidor, que calculam uma elevação em até 114% no valor médio de uma chamada quando as novas regras entrarem em vigor. Além disso, afirmam, o recém-criado plano sem assinatura, uma das bandeiras defendidas pelo ministro das Comunicações, Hélio Costa, pode ser uma armadilha para quem busca pagar menos.
Os novos contratos para a telefonia fixa acabam de entrar em vigor. As mudanças mais significativas, no entanto, que se referem à tarifação, só serão implantadas entre março e agosto deste ano. As empresas solicitaram um prazo maior para se adaptar às novas regras.
- É certo que nas conversas telefônicas de apenas um minuto os consumidores pagarão menos do que pagam atualmente. Entre dois e três minutos é uma incógnita, porque o cálculo na tarifação dos pulsos é complicado. Porém, a partir de quatro minutos, é certo de que as pessoas pagarão mais - afirma a advogada Daniela Trettel, do Instituto de Defesa do Consumidor (IDEC).
Segundo a Associação Proteste, uma ligação com duração de 10 minutos, no Estado do Rio de Janeiro, ficará 114% mais caro que o preço que se paga atualmente no sistema de cobrança por pulsos. Pelos cálculos da Proteste, em horário normal, o valor cobrado atualmente nessa chamada é de R$ 0,47 e o previsto na tabela de minutos ficará em R$ 1,01.
- A Anatel alega que fez um estudo para essa conversão de tarifas, de modo que as empresas de telefonia não tivessem lucro nem prejuízo. Porém, observamos que houve um reajuste disfarçado, embutido na conversão, o que é totalmente ilegal. Os reajustes são anuais e acontecem no mês de julho - diz a advogada do IDEC, que entrou na Justiça para ter acesso ao estudo da Anatel.
A professora Kátia Regina Lobo Fraga teme que o valor de sua conta dobre com as novas regras.
- Minha filha de 15 anos fala várias vezes por dia com o namorado, e as conversas nunca levam menos de 10 minutos - comenta.
Vivian El-Costa, de 25 anos, e sua família estão preocupados com as mudanças porque têm um consumo elevado.
- Aqui em casa, são três mulheres que não sabem o que é ligação curta. Se forem nos cobrar 100% a mais por ligação de mais de 10 minutos, precisaremos mudar nossos hábitos.
Segundo o gerente de acompanhamento e preços da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), Vaderlei Campos, as concessionárias terão de informar a programação para a migração dos sistemas até julho. Após esse prazo, se a operadora não tiver modificado a cobrança, o consumidor só será cobrado pelas ligações excedentes à franquia quando o sistema de minutos entrar em funcionamento.
Para as associações de defesa do consumidor, a extensão do prazo para entrada em vigor das novas regras é um alívio, por permitir tempo hábil para que sejam tomadas providências contra as novas regras. Algumas ações já correm na Justiça pedindo a anulação dos contratos.
Já o plano criado com a proposta de aliviar o consumidor no pagamento da assinatura básica - batizado de Acesso Individual Classe Especial (Aice) - também não está sendo visto com bons olhos. Além de possuir mensalidade, que a Anatel chama de ''taxa de manutenção'', os clientes desse plano, que vem sendo considerado o pré-pago da telefonia fixa, pagarão uma taxa equivalente ao preço de dois minutos de ligação a cada vez que utilizarem o telefone - ainda que seja ligação a cobrar ou para número 0800.
Materia publicada no Jornal do Brasil do dia 08/01/2006.

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