07 abril 2008

Tributos sobre celular já chegam a quase 50%

O ESTADO DE S. PAULO - ETHEVALDO SIQUEIRA - SÃO PAULO - 06/04/08
Os brasileiros, em geral, não têm idéia do quanto pagam de impostos sobre nenhum produto ou serviço, especialmente em três áreas essenciais: energia elétrica, combustíveis e telecomunicações. Examinemos apenas o caso da telefonia celular. Nenhum país no mundo tributa em nível tão elevado esses serviços quanto o Brasil. Nós, usuários, pagamos impostos, taxas e fundos no total de 46,4% do valor dos serviços.
Em conseqüência, as tarifas brasileiras são caras e o tempo médio de comunicação por usuário do celular no País é um dos menores entre os países emergentes. E pior: no governo Lula, esse nível de tributação vem crescendo. Em 2003, era de 38,4%. Em 2004, passou a 40,7%. Em 2005, subiu para 44,4%, para chegar a 46,4% em 2006.
A fórmula perversa do cálculo do imposto "por dentro" torna cumulativa a incidência dos tributos e esconde do usuário a verdadeira alíquota cobrada. É um critério imoral e sem transparência.O Senado faz hoje um dos mais completos diagnósticos do Sistema Tributário Nacional e mostra alguns absurdos da voracidade fiscal que atinge diversos setores da economia brasileira, em especial, o de telecomunicações, como denuncia o relatório da Subcomissão Temporária da Reforma Tributária (Caert), órgão da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE). Essa subcomissão tem como presidente o senador Tasso Jereissati e como relator o senador Francisco Dornelles.
Ninguém duvidaria da afirmativa de que a tributação excessiva leva ao encarecimento dos serviços (quase US$ 0,50 por minuto nos celulares pré-pagos) e força o usuário a falar menos tempo.
Compare a situação dos países do grupo Bric, formado por Brasil, Rússia, Índia e China. O campeão disparado em tempo de uso do celular é a Índia, com a média de 472 minutos por mês (quase oito horas). Em segundo lugar, vem a China, com 395 minutos (quase sete horas). Em terceiro, a Rússia com 107 minutos (menos de duas horas). Em quarto, o Brasil, com 79 minutos (pouco mais de uma hora).
Esses números constam de um dos mais completos estudos sobre o tema, denominado Matriz Global dos Serviços Wireless (Global Wireless Matrix), elaborado pela Merril Lynch. Na lista de mais de 50 países emergentes, o Brasil é o penúltimo, só ganhando do Marrocos, que tem o tempo médio de 50 minutos por mês.
CONTRADIÇÃO
Para o usuário, a situação do mercado celular brasileiro é contraditória. Do lado das operadoras, o acesso ao telefone celular é fácil e rápido. Quanto à tributação, ao contrário, o País tem a estrutura mais distorcida do mundo, inviabilizando boa parte das vantagens da competição.
Assim, o próprio governo torpedeia os programas de inclusão digital, encarecendo produtos e serviços e castigando da forma mais dura e injusta os usuários mais pobres do celular, integrantes das classes C, D e E, que constituem 80% dos assinantes de celular.Comparemos a situação do Brasil com a dos países desenvolvidos. O cidadão americano fala em média 834 minutos por mês e paga, em média, US$ 0,05 por minuto. O europeu fala 153 minutos e paga US$ 0,19 por minuto. Ou seja: em relação ao usuário americano, o brasileiro fala apenas um décimo do tempo mensal médio e paga dez vezes mais. Em relação ao europeu, paga o dobro da tarifa média européia por minuto e fala a metade do tempo.
Mesmo diante de todos esses problemas, a telefonia celular se expande em ritmo acelerado no Brasil e nos demais países do grupo Bric. Nesse quarteto, o Brasil, com 67 celulares por 100 habitantes, só tem menor penetração do celular do que a Rússia, que tem 119. A China ocupa o terceiro lugar, com 42, e a Índia, o quarto, com 22.Uma curiosidade: o Bric é responsável por mais de 50% da demanda mundial de celulares.
FUNDOS ABSURDOS
Um dos tributos mais absurdos na telefonia celular é a Taxa de Fiscalização de Funcionamento (TFF), conhecida como Fistel. No fim de março, as empresas de celular depositaram R$ 1,6 bilhão na conta do Fistel. E, ao longo do ano, pagarão mais R$ 600 milhões pelos novos usuários que ingressarão no serviço.
O Fistel foi criado basicamente para financiar o orçamento da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), ou seja, para cobrir despesas de fiscalização e regulação do setor. Com a expansão de quase 400% da base instalada de telefones fixos e móveis nos últimos oito anos, o Fistel passou a arrecadar o equivalente a quatro orçamentos da Anatel. Eis os números: sob a rubrica do Fistel, foram arrecadados, de 2000 até hoje, R$ 8,5 bilhões, enquanto o orçamento da Anatel total nesse período foi de R$ 1,6 bilhão. Os R$ 6,9 bilhões excedentes foram tragados pelo Tesouro Nacional, ou, na linguagem burocrática, "contingenciados", para engordar o superávit primário. O mesmo acontece com o Fundo de Universalização das Telecomunicações (Fust), que acumula mais de R$ 6 bilhões, sem qualquer aplicação. Daqui a dois anos, o Fust completará R$ 10 bilhões de puro confisco.É por isso que o ministro Franklin Martins já está de olho nesses fundos.

ClearTech integra sistemas que permitirão portabilidade

GAZETA MERCANTIL - TI & TELECOM - SÃO PAULO - 07/04/08 - Pg. C2
Em agosto, os mais de cem milhões de usuários de celular vão começar a mudar de uma operadora telefônica à outra sem que o número do telefone seja alterado. Será a estréia da portabilidade, um direito reservado ao consumidor já existente nos mercados mais desenvolvidos como Estados Unidos, Japão e Europa, e prestes a ser adotado no Brasil.
Em agosto será dado o primeiro passo, os grandes centros como São Paulo e demais capitais aderirão em março do ano que vem, ao fim de um cronograma gradual de cobertura nacional. Bem-aceito pelos consumidores, o conceito exige uma preparação do sistema de telefonia muito elaborada e onerosa, pois quando o José da Silva estiver ligando para a Maria de Souza, é possível que a chamada não esteja mais saindo da central da operadora A, que tinha o José da Silva como cliente até ontem, e da mesma forma, a Maria de Souza pode ter mudado sua operadora e mantido o número, deslocando o endereçamento da chamada para outra central de telefonia.
A complexidade das mudanças acabou exigindo a contratação de uma câmara de compensação como a que existe no sistema financeiro para distribuir os valores no fim de cada dia útil. Unidas, a operadoras celulares contrataram a ClearTech, que é a maior clearing house brasileira e uma das maiores do mundo em volume de processamento.
Controlada pelo CPqD, EDS e DBA, a empresa atua na prestação de serviços de gerenciamento do ciclo de receitas das operadoras celulares e fixas nas áreas de interconexão, bilhetagem e conciliação. Trata-se de um trabalho de alta sensibilidade para as telefônicas, que podem perder milhões se a compensação não estiver ocorrendo de forma eficiente. A interconexão, por exemplo, é a segunda receita das celulares e a maior fonte de despesas das fixas.
A ClearTech processa 5 bilhões de registros de chamada por mês, atrás somente da Neustar, americana que atende a sete operadoras dos Estados Unidos.
Segundo afirmou o diretor de assuntos regulatórios da ClearTech, Marcos Belotti, a portabilidade já poderia ser executada no Brasil hoje, porque a infra-estrutura de hardware, software e serviços está integrada e já foi entregue às teles. "O hardware foi produzido pela EDS, o software pela Neustar e os serviços são da ClearTech", disse Belotti. No entanto, existe um cronograma a ser seguido, estabelecido pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). "
A fase de implantação nas teles começou em 20 de fevereiro e vai até 30 de abril. De maio a agosto os testes vão ser realizados entre as teles e depois disso passarão à realidade, quando a adoção propriamente dita se prolonga a março do ano que vem.
A ClearTech vai funcionar como uma estrela neutra, evitando complexidade exagerada na comunicação entre as operadoras, que dessa forma não terão de trocar informações diretamente.
BrT contrata ClearTech
A Brasil Telecom contratou a ClearTech, a SixBell e o CPqD para fornecimento de, respectivamente, base de dados operacional, gateway e integração da solução e gerenciamento do projeto

30 janeiro 2008

Telemig Celular terá que fazer o co-billing no pré-pago

A Telemig Celular e a Amazônia Celular, embora não mais pertencentes ao mesmo grupo controlador (a operadora mineira foi adquirida pela Vivo e a da amazônia, pela Oi), terão que faturar as ligações de longa distância de seus clientes pré-pagos que usam o código das demais operadoras de telecomunicações.

Em despacho publicado hoje, a Anatel determina que as duas operadoras de celular cobrem por esse serviço o valor de R$ 0,16, preço de referência para o co-billing. A decisão é retroativa a junho de 2007.

Embora as celulares reclamem do valor estabelecido pela agência, a maioria já praticava esse preço, e somente a Telemig e Amazônia Celular é que contestaram da decisão, mas acabaram perdendo.
Telesintese Online – 28/01/2008

34 milhões de celulares farão transações financeiras

Até 2012, 34 milhões de celulares farão transações financeiras, diz estudo. Pesquisa da In-Stat aponta que os Estados Unidos poderão ter cerca de 30 milhões de consumidores fazendo compras e confirmando transações financeiras pelo telefone móvel.

À medida que os concorrentes alinham suas tecnologias e objetivos, usuários norte-americanos passam a utilizar com mais freqüência os telefones celulares para fazer compras e concluir transações financeiras. A constatação é da empresa especializada em pesquisas de tecnologia In-Stat.

Segundo ela, ainda que 2008 não seja “o ano dos pagamentos móveis” nos Estados Unidos, é muito provável que vejamos um progresso considerável este ano. A pesquisa da In-Stat afirma que entre 9 milhões e 30 milhões de consumidores na América do Norte utilizarão pagamentos baseados na tecnologia near field communication (NFC) até 2012 – o número dependerá de diversos fatores tecnológicos, de marketing e comerciais.

Além disso, diz o levantamento, também em 2012, mais de 34 milhões de telefones celulares poderão ser utilizados para aplicações financeiras, como online banking. “Há sinais claros que o mercado nos EUA irá superar a questão crucial da incompatibilidade tecnológica para o progresso desta modalidade de pagamento em 2008”, disse David Chamberlain, analista da In-Stat.
“Muitas companhias de diferentes setores estão interessadas em levar o padrão NFC, tecnologia-chave para o funcionamento do pagamento móvel, para dentro dos celulares, bem como para terminais de pagamento”, reiterou.

Também há, de acordo com Chamberlain, um consenso sobre a importância dos atuais serviços bancários móveis para o desenvolvimento do uso de aparelhos celulares para compras e transações financeiras.

Intitulada "Mobile Payments Making Progress in North America", a pesquisa sugere que muitas das empresas envolvidas com o desenvolvimento das práticas de pagamentos móveis nos Estados Unidos têm objetivos e entendimento semelhantes, e isso é talvez o que faltava para o desenvolvimento desse mercado.
ComputerWorld Online – 29/01/2008

25 janeiro 2008

México já conta com portabilidade numérica

O México já tem sua regulamentação para portabilidade numérica de telefone. A Cofetel, agência reguladora do país, divulgou a versão final das regras que permitirão aos consumidores manterem o número de telefone ao trocar de operadora. A iniciativa do governo objetiva estimular a competição no serviço, mas a regulamentação só entrará em vigor no meio do ano.


A Teléfonos de México é a operadora dominante nas telecomunicações mexicanas com o serviço de telefonia fixa. Na área móvel a liderança é da Telcel, controlada pela América Móvil. Nos dois segmentos, Carlos Slim é o investidor que está por trás dos negócios, o mesmo bilionário que controla no Brasil a Embratel, a Claro e a Net.

A Telcel detém 74% dos 64,6 milhões de usuários móveis, enquanto a Telmex fica com mais de 90% das linhas fixas, ou 18,2 milhões de terminais. Por ser dominante, a empresa vem enfrentando a competição que começa a crescer com as empresas de TV a cabo oferecendo triple play, como é chamado o pacote de telefone, TV e acesso em banda larga. Mas a regulamentação mexicana só permitirá que a Telmex explore o serviço de TV quando a operadora oferecer a portabilidade e serviços de interconexão aos concorrentes, o que está planejado para este ano. Pay TV News Online – 22/01/2008

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